
Se você buscar pela palavra “feminismo” no Google, entre as notícias em língua portuguesa somente do último mês, encontrará centenas de referências: desde a cantora pop brasileira Luísa Sonsa contando como se descobriu feminista até a militante feminista negra Angela Davis ocupando a capa da famosa revista Vanity Fair.
Ao contrário das imagens correntes do feminismo como um movimento sectário, você também encontrará diversidade e pluralidade nessa busca. A fotógrafa mexicana Maya Goded declara que aprendeu outro feminismo com as mulheres indígenas. Em São Paulo, o feminismo asiático começa a ser introduzido na cena pública por brasileiras descentes de povos orientais. E são variadas as citações a feminismos negros na África e na diáspora, que já construíram importantes intelectuais no Brasil, como Sueli Carneiro, Lélia Gonzales e Djamila Ribeiro.
Enquanto isso, o Brasil perdeu 5 posições no ranking mundial da igualdade de gênero, além de ocupar o vergonhoso quinto lugar em número de feminicídios. Estudos sobre o impacto da pandemia de COVID19 também revelam que o desemprego atingiu 7 milhões de brasileiras, 2 milhões a mais do que o número de homens demitidos, e a violência doméstica contra mulheres aumentou em 5% desde o mês de março.
Com tudo isso a gente pergunta: Feminismo é coisa do passado?
Nesse episódio conversamos com a professora Mônica Karawejczyk da Pontifícia Universidade Católica do RS e tivemos a participação especial da professora Maiara Gonçalves da Silva.