
A segunda missiva de Nurit ao morcego dá enfoque às interfaces entre estes e nós, seres humanos. Desde o espaço que ocupam no imaginário popular até um efetivo lugar na cadeia alimentar, como é o caso de populações que se alimentam da carne ou até mesmo do sangue de morcego. A resposta a esta carta chegou por intermédio de Maria Luiza Gastal, na voz de um morcego que vive na Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra e aprendeu a ler enquanto devorava as traças que, como ele, vivem na biblioteca. O morcego compartilha conosco sua visão sobre a obsessão classificatória humana e aposta nos laços entre as espécies como uma possível saída deste impasse que enfrentamos.