“O conto provoca um sequestro do leitor, que fica preso ao que poderia ser a tal terceira margem, uma vez que sua memória discursiva o remete ao rio e às suas duas margens únicas. Em qual tempo e espaço estaria a terceira margem apresentada pelo autor? Como não encontra elementos linguísticos, nem extralinguísticos no momento da leitura do título, permanece prisioneiro de suas próprias indagações, ou seja, como se se transportasse para a tal terceira margem, incapaz de reconhecer aquele lugar. O convite à leitura desse conto parte de seu título que, mediante o numeral ordinal “terceira”, tira o leitor de uma zona de conforto e o remete para o desejo de indagar, inquirir e interpelar o sentido que poderá estar por trás desta outra margem.” - extraído de “Um mergulho discursivo sobre A terceira margem do rio, de Guimarães” (2015) de Carlos Augusto Baptista de Andrade e Diogo Souza Cardoso
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