Chegamos ao quinto e último episódio da 2ª temporada trazendo a ayhuasca, uma bebida de povos indígenas doocidente da Amazônia muito poderosa. É uma mistura de duas plantas, um cipó e ma folha, e que realmente é muito eficaz para lidar com transtornos de humor, para lidar com a ansiedade, depressão, uso problemático de substâncias, com efeitos que são fisiológicos e que são psicológicos, e também efeitos espirituais.
Neste 4º Episódio, vamos falar sobre uma planta nativa das regiões tropicais das América, locais subúmidos e sombreados.
A Guiné também é conhecida como Tipi, Pipi, Timbó, Caá, entre outros nomes. Os povos indígenas e as casas de religiões de matriz africana utilizam a Guiné para aliviar a ansiedade, remover fraquezas e más energias e promover a paz espiritual.
Este projeto está sendo realizado com apoio do Instituto Serrapilheira.
Neste episódio vamos falar de uma planta que é utilizada pela humanidade há milhares de anos, mas que desde o século 20 vem sendo criminalizada. E ela tem muitos nomes: maconha, cannabis, ganja, liamba…
Atualmente, a maconha é utilizada no tratamento de doenças como epilepsia, mal de Parkinson, Alzheimer, dor crônica, autismo e transtornos de ansiedade.
A maconha já faz parte da vida de milhões de brasileiros. Mesmo que a lei finja que não. A gente precisa parar de tratar isso como tabu e começar a discutir com seriedade, com base na ciência e na justiça social.
Neste 2º episódio vamos falar da Mulungu, planta nativa da caatinga do Nordeste brasileiro e do Vale do São Francisco, que está ameaçada de extinção. Existem duas espécies conhecidas de Mulungu aqui na Bahia.
Suas cascas têm sido comercializadas em casas de produtos naturais do Brasil, geralmente indicada para tratamento de ansiedade e insônia. Ensaios clínicos randomizados e controlados demonstraram o efeito ansiolítico.
O nome mulungu vem do tupi mussungú ou muzungú, e, também pode ter origem africana, que significa “pandeiro”, talvez pela semelhança do som produzido ao bater no seu tronco oco.
A estrela de nosso 1º episódio e a Água de Alevante Graúda, também conhecida como colônia, bradamundo, água-de–elevante, bastão-do-imperador, entre outros nomes.
A planta apresentou efeito antihiperlipidêmico o que poderia ajudar contra o colesterol alto. Outro estudo, demonstrou que um óleo essencial das folhas da Alevante Graúda, rico em cymene, cineol e terpineneol ao serinalado por camundongos, induziu efeito ansiolítico.
Quer saber mais? Escute o episódio e deixe seus comentários.
Boa Viagem pelo mundo das plantas!
A segunda temporada do podcast Axé das Plantas - Cura do Corpo e da Alma vai falar sobre plantas usadas para o cuidado com a saúde mental, como o tratamento da ansiedade e depressão, os dois principais transtornos mentais da população brasileira.Com cinco episódios, a temporada tratará das plantas conhecidas pelos nomes populares: Cipó mariri e Chacrona (Ayahuasca), Água de alevante graúda, Cannabis, Mulungu e Guiné.
Com apoio do Instituto Serrapilheira e parceria com o podcast Viagem Gastronômica com Dr. Dendê, o Axé das Plantas entrelaça ciências da saúde e ciências humanas com as epistemologias dos povos de terreiro, povos indígenas e saberes afro diaspóricos.
Nascida em Minas Gerais, mas com origens na Bahia, Mãe Rosana dedica sua vida ao sacerdócio na Umbanda no Templo Tular, centro de Umbanda esotérica, localizado na Aldeia Pena Verde, e tem a orientação espiritual do Caboclo Pena Verde. Além de seu papel na religião, ela também é fisioterapeuta e pesquisadora.
Professora Associada (D.E.) lotada no Departamento de Biomorfologia e cedida ao Departamento de Biotecnologia do ICS-UFBA. Possui Bacharelado em Odontologia pela FO-UFBA com bolsa PET (SESu/MEC, 1998 a 2002). Possui Mestrado em Ciências Morfológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Doutorado em Imunologia pela UFBA. Em caráter de estágios de Doutorado Sanduíche e de Pós-Doutorado, desenvolveu projetos de Oncologia Molecular em câncer de cabeça e pescoço no AC Camargo Cancer Center.É membra da "Rede Brasileira de Mulheres Cientistas" (RBMC). Atua como liderança assessorando agências de fomento, Pró-reitorias e outras instâncias de apoio à produção acadêmica no acolhimento, letramento e construções políticas envolvendo implantação de Ações Afirmativas e clausulas de equidade de Gênero para reparação de editais de pesquisa e outros contextos de competitividade científica. Possui habilitação formativa para compor Bancas de Heteroidentificação. É mulher cis negra parda de ancestralidade Quilombola. Mãe de Valentina sob licença maternidade em 2014.
Natural do Rio de Janeiro, Vovó Cici é egbomi do Terreiro Ilê Axé Opô Aganjú. Ela foi iniciada para Oxalá em 1972, na capital baiana, mas já vivia dentro dos terreiros candomblé desde os 18 anos.
Em 2022, a contadora de histórias afro-brasileiras ganhou o título de cidadã de Salvador.
Mestra e sábia da cultura afrodiaspórica, mulher letrada, culta e amante da leitura, Vovó Cici de Oxalá é reconhecida por ser uma grande herbolária – conhecedora das propriedades medicinais das plantas e da magia dos cantos que despertam as propriedades das folhas.
Antônio, pai pequeno do Terreiro Guarani de Oxóssi, em Cachoeira, fala sobre a umburana de cheiro (Amburana cearensis), amplamente usada na medicina popular, incluindo em casos relacionados ao Acidente Vascular Cerebral, sendo foco de diversas pesquisas acadêmicas.
Dona Judite e seu neto Getúlio são do Jarê e vivem em Remanso, quilombola situado na Chapada Diamantina.
“Fazer o bem sem escolher a quem” esta frase dita por Getúlio para explicar a filosofia do Jarê diz muito sobre a troca de experiências, o forte senso de comunidade e identidade cultural presente nesta tradição religiosa. O processo de cura que se busca através dos remédios vindos do mato, são também parte de uma força coletiva.
Ygor Jesse ,quilombola, prof. da UFBA, na Faculdade de Farmácia, integrante do Laboratório Farmácia da Terra, discute sobre os impactos ambientais e o desenvolvimento das plantas
As mudanças climáticas estão moldando o futuro das nossas plantas! À medida que o clima se transforma, o metabolismo das plantas também mudam, buscando novas formas de sobreviver.
"A água é a fonte da vida e um elemento sagrado no Candomblé. Em diferentes práticas, este elemento acalma, limpa, inicia e além disso é uma das bases da vida das plantas, que é tão importante para esta religião. Pai Valmir, neste novo ep do Interprograma, fala dessa ligação íntima entre a água, o verde e o culto religioso. Isso levanta a discussão sobre a importância de preservar as matas e como os terreiros são importantes para a proteção dessas áreas que promovem a cura do corpo de da alma.
Muitos de nós temos a memória dos nossos avós de trazer cuidados para a cura de doenças através das plantas, seja um banho, um chá, o sumo, um óleo ou uma garrafada para nos recuperar.
Essas tradições ainda estão presentes na nossa sociedade, mas vem se perdendo devido ao nosso modelo social que desvaloriza os conhecimentos populares. Sueli, em mais um episódio do nosso interprograma, vem trazer em sua fala como é valioso esse legado e a importância dessas práticas deixados pelos nossos antepassados.
Muitas festa populares afro-brasileiras tem origem religiosa, além do culto à entidades e orixás, nestas tradições há a afirmação da identidade negra e a resistência cultural. Pai Pote, Babalorixá, formado em história e gestão cultural, mantém viva uma das tradições mais antigas da cidade de Santo Amaro, o Bembé do Mercado.
Professor Eudes tem uma produção científica muito preciosa na área de fitoquímica. Durante sua trajetória profissional, entendeu que unir os conhecimentos tradicionais de comunidades ao saber acadêmico poderia potencializar sua pesquisa. Neste trecho, podemos escutar um pouco de como foi importante para ele conhecer uma prática do candomblé para encontrar pistas sobre as substâncias presentes no Obi (Cola acuminata).
Que alegria podermos iniciar nossa intertemporada com Dona Dalva!
Nascida em Cachoeira no ano de 1927 é compositora, rezadeira, integrante da Irmandade da Boa Morte, fundadora do Grupo de Samba de Roda Suerdick e Doutora Honoris Causa pela UFRB. Sua trajetória de luta e resistência nos dá um exemplo de como as mulheres negras contribuíram para a preservação da cultura e tradições afro-brasileiras, sendo uma referência quando falamos no poder das plantas, os usos das folhas e relação com a espiritualidade.
Otto Payayá exerce um papel de grande importância em sua comunidade ao transmitir seus conhecimentos sobre os poderes das plantas e respeito à natureza. Ouça mais um pouco deste mestre.
A partir de 13 de março de 2025, vamos lançar os interprogramas, com falas inéditas dos entrevistados e entrevistadas da 1a. temporada. Serão 12 episódios, lançados quinzenalmente em tríade.
Odundun ou Folha da Costa é uma erva amplamente empregada no cotidiano das casas de axé, seja por seus efeitos no equilíbrio psicofísico ou na saúde global. Na cultura popular, é conhecida como: folha da costa; coerama; coerana; coirama; erva da costa; folha-grossa; orelha-de-monge; oirama branca; e Saião.
Nesse episódio, firmamos compromisso de reconhecer as contribuições e saberes das mulheres na sabedoria sobre as folhas, nas práticas curativas e restaurativas, na pesquisa, sistematização e produção de conhecimento.
Não são tantos os estudos que realizaram experimentos de atividade farmacológica com a Folha da Costa, um deles sugere que a planta possa ser usada para tratamento de infecções intestinais, visto que extrato de suas folhas demonstrou ação antibacteriana in vitro contra salmonela e também ação antioxidante. Em outro estudo, a sua ação antioxidante foi demonstrada juntamente com a ação anti-inflamatória e ambas atribuídas a ação dos flavonoides presentes em suas folhas, que através destas ações conseguiram proteger o estômago de ratos de laboratório contra gastrite induzida por etanol.