
Hoje venho reclamar. Reclamar com gosto, com alma e com sotaque estrangeiro. Porque mal comecei a sentir que estou a construir o meu espaço em Itália — puff! — lá vem Portugal a puxar-me de volta pelos tornozelos. Dois meses! Dois! Isto não é uma pausa, é um reboot não autorizado.
Entre cafés não tomados, rotinas interrompidas e laços recém-formados, falo da frustração de sair quando finalmente se começa a chegar. Mas não se preocupem: há drama, sim, mas também há ironia, reflexão e uma ou outra frase poética que nem eu sei bem de onde saiu.
Vem reclamar comigo — ou pelo menos rir da tragédia alheia. Porque às vezes, parar um começo custa mais do que enfrentar um fim.