Bancos centrais de mais de 130 países já estão estudando como criar suas próprias moedas digitais, conhecidas como CBDCs (Central Bank Digital Currency ou moeda digital do banco central).
Diferentemente das criptomoedas, como o Bitcoin, as CBDCs são moedas oficiais, regulamentadas e mais estáveis. No Brasil, o real digital, batizado pelo Banco Central de Drex, já está em fase de testes. Na contramão desse movimento, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu o uso de moedas digitais oficiais.
De Conti foi o convidado do programa Analisa. Ele é autor de artigo científico que discute o papel das moedas digitais dos bancos centrais e como essas moedas podem mudar o sistema de pagamentos internacionais (Leia aqui: https://www.eco.unicamp.br/artigos-academicos/central-bank-digital-currencies-and-the-evolving-international-payment-system).
Ficha técnica
Produção: Silvio Anunciação e Fábio Gallaci
Apresentação: Silvio Anunciação
Edição: Kleber Casabllanca e Aguinaldo Matos e Rafaella Oliveira
Coordenação: Patrícia Lauretti
Um retrocesso sem precedentes para as atuais e as futuras formas de licenciamento ambiental estará em curso, caso a câmara dos deputados aprove o Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental aprovado pelo senado no mês de maio. A crítica é reforçada pela análise do professor Rafael Costa Freiria, coordenador do Laboratório de Políticas Públicas Ambientais da Faculdade de Tecnologia (FT) da Unicamp. Segundo o professor, o projeto de lei tem poucos pontos positivos e não faz o aperfeiçoamento necessário da legislação, promovendo o desmonte de normas e procedimentos necessários para o fortalecimento da proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável. Para Freiria, o projeto de lei descontenta desde indígenas e quilombolas a setores econômicos relevantes e foi aprovado sem o devido debate com a sociedade. Acompanhe!
Ficha técnica
Produção - Patrícia Lauretti
Apresentação - Hebe Rios
Edição - Diohny Correa Andrade
Versão podcast: Rafaella Oliveira
Os convidados deste episódio do podcast Analisa são a professora Andréa Harada Sousa e o professor Lalo Watanabe Minto, da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp. Andrea é integrante e pesquisadora do NETSS (Núcleo de Estudos Trabalho Saúde e Subjetividade/FE) do qual faz parte desde o mestrado. Atualmente não exerce a função de professora na FE.
Eles analisam a nova política de educação a distância do governo federal, que determina, entre outras medidas, o formato presencial de ensino para as graduações em medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia, e o semipresencial em conjunto com o presencial para a formação de professores e demais áreas da saúde.
O relatório elaborado em 2023 pelo Centro de Estudos Sou Ciência já apontava que grupos privados concentravam a maior parte das matrículas no ensino superior, usando a educação a distância para obter lucro em detrimento da qualidade de ensino. Para os convidados, a nova regulamentação permite a continuidade da visão de educação baseada em tecnicismo, custos baixos e lucros altos e apagamento da centralidade do professor nos processos educativos.
Ficha técnica
Produção - Silvio Anunciação
Apresentação - Hebe Rios
Edição de vídeo: Kleber Casabllanca
Versão ṕodcast: Rafaella Moreira
Nova regra da bariátrica pode promover excesso de cirurgias em adolescentes
O avanço das estratégias médicas no combate à obesidade e os limites éticos, sociais e de saúde que vêm com essas mudanças são o tema deste episódio do Analisa.
A recente atualização das diretrizes do Conselho Federal de Medicina no Brasil, que permite a realização de cirurgia bariátrica em adolescentes a partir dos 14 anos — mesmo sem atingir o IMC de 30 —, acendeu um alerta na comunidade médica e na sociedade em geral. O que está por trás dessa decisão? Estamos tratando uma doença grave com a urgência necessária ou cedendo a cirurgias de maneira precoce?
O médico endocrinologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp Bruno Geloneze fala ainda sobre as inovações que estão revolucionando o tratamento da obesidade com menos riscos e sem a necessidade de cirurgia.
Medicamentos como o Ozempic e as versões que prometem menos efeitos colaterais, como Wegovy e Mounjaro, vêm ganhando espaço como alternativas eficazes para a perda de peso e o controle de doenças metabólicas, mas seu uso tem gerado polêmica. Será que estamos criando uma nova dependência ‘mágica’?
Até que ponto os sintomas causados por esses medicamentos valem a pena? Levando em conta que a obesidade é uma doença, o tratamento com remédios emagrecedores deve ser contínuo?
O especialista aborda os impactos físicos, emocionais e sociais dessas práticas, e este episódio convida você a repensar o futuro do tratamento da obesidade, especialmente quando envolve adolescentes.
Afinal, qual é o limite entre o cuidado e o excesso? Entre a solução e o sintoma? Confira em mais um episódio do podcast Analisa.
FICHA TÉCNICA:
Direção de imagens: Bruno Piato
Imagens: Marcos Botelho Jr
Apresentação: Thaís Pimenta
Edição: Kleber Casabllanca
Fotografia: Lúcio Camargo
Capa: Alex Calixto
Produção e coordenação: Patrícia Lauretti
Desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária no Brasil, registrado em uma granja no município de Montenegro (RS), muitas dúvidas surgiram sobre o consumo de alimentos e os riscos da doença para os humanos. Afinal, é seguro comer frango, milho e ovo mesmo com gema mole?
“A infecção em humanos seria possível apenas pelo contato direto com animais afetados por esse vírus. Até o momento, não foi detectada transmissão entre humanos, ou seja, de uma pessoa infectada para outra”, explica a professora Clarice Arns, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp.
A preocupação aumentou após a confirmação da presença do vírus em leões-marinhos no litoral de Santa Catarina — situação que acendeu o alerta entre pesquisadores.
No podcast Analisa, especialistas da Unicamp comentam esse fato preocupante e reforçam a importância do monitoramento contínuo e de mais pesquisas para entender como se deu a contaminação e como o vírus está evoluindo em mamíferos.
Arns também esclarece os principais pontos sobre a doença, destaca a relevância da vigilância sanitária no Brasil e orienta sobre o que é seguro consumir, incluindo frango, ovos e até milho — principal base alimentar das aves de granja.
Mas, se o consumo é seguro, por que o Brasil enfrenta restrições para exportar?
O economista Antônio Márcio Buainain, do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, analisa os impactos produtivos e comerciais da gripe aviária. Ele destaca que o agronegócio ligado à avicultura representa cerca de 1,5% do PIB brasileiro e que uma crise sanitária pode gerar prejuízos milionários.
Quanto tempo o Brasil pode ficar impedido de mandar aves para outros países?
Confira este bate-papo sobre saúde, economia e segurança alimentar no Brasil.
Ficha técnica
Produção - Silvio Anunciação
Apresentação - Thaís Pimenta
Áudio: Rafaela Oliveira
Fotos - Lúcio Camargo
Edição - Kleber Casabllanca
Coordenação - Patrícia Lauretti
O Analisa convida a professora Rosana Teresa Onocko Campos, que coordena a residência multiprofissional de saúde mental e coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Campos explica porque a Luta Antimanicomial, celebrada em 18 de maio, tendo começado na década de 1970, ainda é atual e necessária.
Instituições hoje classificadas como comunidades terapêuticas impõem tratamentos em desacordo com as diretrizes do modelo nacional de saúde mental implementado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Estes oferecem atendimento público, sem internação compulsória, e, apesar das dificuldades constantes, devidas à redução intermitente dos investimentos públicos, ainda são a “garantia do respeito aos direitos humanos”, afirma a professora.
O Laboratório Interfaces, coordenado por Campos, realiza pesquisas sobre os serviços substitutivos em saúde mental há 21 anos. Um exemplo é o Treinamento de Suporte de Pares, em fase piloto, que oferece atendimento para pacientes da rede pública por meio de parcerias com pessoas em diferentes fases do tratamento.
Produção - Patrícia Lauretti
Apresentação - Hebe Rios
Versão Podcast: Rafaella Oliveira
Edição - Kleber Casabllanca, Diohny Andrade
Edição de capa - Alex Calixto
A segurança pública é a maior preocupação dos brasileiros de acordo com uma pesquisa realizada recentemente pelo instituto Genial/Quaest. A criminalidade fez com que 29% dos entrevistados apontassem o problema como o maior do Brasil.
O levantamento mostrou também que, para 70% dos entrevistados, a violência e a segurança pública são problemas nacionais. Uma proposta de emenda à Constituição sobre o tema (a PEC 18/2025) está em discussão no Congresso Nacional atualmente.
O objetivo é alterar a estrutura organizacional das forças de segurança pública do país a fim de promover uma maior integração entre o governo federal e os Estados no combate ao crime organizado.
O programa Analisa discutiu o tema com o pesquisador Gustavo Blum, que atua no Laboratório de Geografia Regional e Geografia das Relações Internacionais do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. Blum estuda as políticas de combate ao crime.
#unicamp #violenciaurbana #segurança
Ficha técnica
Produção: Hebe Rios
Apresentação: Silvio Anunciação
Edição: Kleber Casabllanca
Versão podcast: Rafaella Oliveira
Coordenação: Patrícia Lauretti
A crise dos organismos internacionais foi o tema deste programa Analisa. A Organização Mundial do Comércio (OMC) está com o órgão de apelação paralisado desde 2019, quando os Estados Unidos bloquearam a nomeação de novos juízes.
Já a Organização das Nações Unidas (ONU) vem sendo criticada pela ineficiência na resolução de conflitos internacionais, como o da Ucrânia e o da Palestina.
A entrevistada do programa foi a pesquisadora e professora colaboradora Neusa Maria Pereira Bojikian, do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
“A ONU não deu conta de solucionar os conflitos internacionais. Por exemplo, o conflito em Ruanda na década de 1990, foi um genocídio. Em 100 dias, 800 mil pessoas foram mortas numa guerra civil. Na questão de Gaza, a ONU nunca conseguiu resolver”, criticou Bojikian.
Ficha técnica
Produção e apresentação: Silvio Anunciação
Edição: Kleber Casabllanca
Capa: Alex Calixto
Versão podcast: Rafaella Oliveira
Coordenação: Patrícia Lauretti
Neste programa, o teólogo e historiador Gerson Leite de Moraes, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, doutor em filosofia e pós doutorando do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, fala sobre os legados do papa Francisco e da forma corajosa e amorosa com que empenhou a agenda de reformas da Igreja Católica, propostas no Concílio Vaticano II. Moraes destaca as marcas do papado de 12 anos: de um lado, a visibilidade às injustiças e desigualdades sociais no mundo, e, de outro, o combate aos abusos cometidos pela Igreja Católica ao longo da história. A sucessão de Francisco, apesar de incógnita, pode considerar a lógica histórica de alternância entre papas de diferentes perfis. O novo pontífice herdará a difícil tarefa de enfrentamento das polarizações políticas, sem abandonar as conquistas de Francisco.
Ficha técnica
Produção - Patrícia Lauretti
Apresentação - Hebe Rios
Edição - Kleber Casabllanca e Diohny Andrade
Edição de áudio: Rafaella Oliveira
Capa - Alex Calixto
Coordenação - Patrícia Lauretti
A adolescência e as complexas questões de identidade, sexualidade e convivência, retratadas na série “Adolescência” (Netflix), foram tema do programa Analisa. A produção da Netflix narra um episódio de extrema violência envolvendo um adolescente de 13 anos. Temas como bullying e os efeitos que a violência pode ter sobre os jovens são retratados na série.
Para o psiquiatra e psicanalista Mário Eduardo Costa Pereira, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), da Unicamp, “Adolescência” faz um debate relevante sobre as contradições da sociedade contemporânea. “A série coloca muito em pauta o que acontece com os meninos. Como, por exemplo, esse menino se situa no mundo em transformação, com uma liberdade maior, mas, ao mesmo tempo, com uma angústia de não encontrar nenhum lugar de reconhecimento.”
Produção e apresentação: Patrícia Lauretti
Edição: Kleber Casabllanca
Foto de capa: Lúcio Camargo
Versão Podcast: Rafaella Moreira
Arte de capa: Alex Calixto
O novo empréstimo consignado do governo, voltado para trabalhadores CLT, promete movimentar até R$ 120 bilhões.
Segundo o economista Fernando Nogueira da Costa, essa modalidade pode facilitar o acesso ao crédito, principalmente de quem está com dívidas por cartão de crédito, pois oferece condições vantajosas, como taxas de juros mais baixas e o pagamento debitado diretamente do salário.
“Você tem uma dívida de R$7 mil, por exemplo. Você pega R$10 mil e quita. A partir daí, você terá uma dívida que é 1/5 do que te cobrariam renegociando o valor do cartão”, explica.
Para solicitar o empréstimo, o trabalhador deve acessar a Carteira de Trabalho Digital e autorizar o compartilhamento de dados do e-Social. Após essa autorização, as propostas de crédito podem ser recebidas em até 24 horas.
FICHA TÉCNICA:
Apresentação - Thaís Pimenta
Produção - Sílvio Anunciação
Apoio técnico e versão podcast - Rafaela Oliveira
Edição - Kleber Casabllanca
Coordenação - Patrícia Lauretti
O dia 15 de março de 2025 marca os 40 anos da redemocratização do Brasil. A data remete à posse do presidente José Sarney, em 1985, que encerrou duas décadas de regime militar. Sarney assumiu a Presidência de forma interina por conta do adoecimento de Tancredo Neves, que faleceu no dia 21 de abril de 1985.
As principais lições dos 40 anos de redemocratização, as ameaças recentes à democracia brasileira e o período histórico recente foram alguns dos temas abordados no programa Analisa.
“A principal lição destes 40 anos de redemocratização é que a nossa transição da última ditadura para a nossa democracia deixou muita coisa para trás. E isso teve efeitos no que vimos recentemente. Há também uma série de práticas mais cotidianas da violência de agentes de Estado que já faz parte dessa transição inacabada, como a violência policial e a falta de controle sobre as polícias”, apontou o cientista político Frederico de Almeida, professor do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp.
Ficha técnica
Produção e apresentação: Silvio Anunciação
Imagens e edição: Kleber Casabllanca
Áudio: Rafaella Oliveira
Coordenação: Patrícia Lauretti
Uma pesquisa global realizada em 68 países, incluindo o Brasil, apontou que a população confia na ciência e no trabalho dos cientistas. O levantamento revelou ainda que a maioria das pessoas concorda que os cientistas devem se envolver mais na sociedade e na formulação de políticas públicas. Em relação ao Brasil, o estudo mostrou que a confiança da população na ciência é maior do que a média global.
A pesquisa ouviu 71.922 pessoas e foi publicada em janeiro de 2025, na revista científica Nature Human Behavior. A íntegra está disponível no link: https://www.nature.com/articles/s41562-024-02090-5. Por outro lado, tem aumentado o número de retratações em pesquisas científicas.
As retratações ocorrem quando um artigo com o resultado de uma pesquisa é retirado de circulação ou corrigido por conta de fraudes, plágio ou falhas metodológicas graves. Em 2023, houve mais de 10 mil retratações de artigos científicos, um recorde, segundo publicação da revista Nature, disponível no link: https://www.nature.com/articles/d41586-023-03974-8?fbclid=IwAR23UcZTzYMmOvbNduS0sr_nWrsXPoR3SFzXBGd4D8tCUXu_gHBJZ4ozmkU
A importância da confiança pública na ciência, os aspectos éticos relacionados à produção científica e o papel dos cientistas na sociedade foram alguns dos temas abordados no Analisa. Participaram do programa Ronaldo Aloise Pilli, professor do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, e José Mário Martínez, professor emérito do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) da Unicamp. Pilli e Martínez são membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Neste programa, o professor da Unicamp e teórico do cinema Fernão Vitor Pessoa Ramos, analisa as indicações de "Ainda Estou Aqui" ao Oscar 2025. Para ele, a existência do filme e de suas premiações só foram possíveis graças à resiliência do cinema nacional. Ramos fala sobre as produções que já fizeram carreira internacional e sobre movimentos como o Cinema Novo, que inovaram a produção cinematográfica nacional. O professor também comenta a performance da atriz Fernanda Torres que, em sua opinião, está carregando um peso histórico "nas costas".
Produção e apresentação: Patrícia Lauretti
O programa Analisa discute o crescente desafio da desinformação nas redes sociais e a importância da educação midiática. A decisão da Meta de interromper as checagens de informações no Facebook e no Instagram nos Estados Unidos, divulgada esta semana por Mark Zuckerberg, alerta para a importância de o Brasil evitar os impactos da desinformação.
Para a professora Josianne Cerasoli, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), os conteúdos falsos criam impulsos emocionais na população, que replica as notícias sem saber se são verdadeiras.
A pesquisadora Cláudia Wanderley, do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE), fala sobre a educação midiática como um processo de “alfabetização” no mundo digital. As convidadas explicam, ainda, a proposta de criação da 1ª Olimpíada Brasileira de Educação Midiática, que pode incentivar a aprendizagem de jovens e educadores nesse âmbito.
Programa exibido no YouTube em 09/01/2025.
Ficha técnica
Produção – Silvio Anunciação
Apresentação – Thaís Pimenta
Direção de imagens - João Ricardo - Boi
Imagens – Bruno Piato
Edição - Kleber Casabllanca
Apoio técnico: Marcos Botelho Jr e Jorge Calhau
Fotos – Antônio Scarpinetti
Edição de capa - Alex Calixto
Agradecimento - Espaço Plasma
Uma rede de pesquisadores brasileiros foi formada com o objetivo de reunir estudos que relacionam a Mata Atlântica às mudanças climáticas. Considerado uma espécie de laboratório natural, o bioma revela os impactos do clima por conta de sua amplitude e distribuição. A Mata Atlântica, cuja maior parte fica no território brasileiro, continua sofrendo ameaças da ação humana e foi o bioma que mais sofreu alterações nos últimos séculos. Na área onde ainda há registros dessa formação natural, vivem 70% da população brasileira e restam apenas 31% da cobertura vegetal preservada. Quem analisa esses dados, as ameaças e o potencial climático do bioma é a pesquisadora Simone Aparecida Vieira, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp.
Ficha técnica
Produção e coordenação – Patrícia Lauretti
Apresentação – Hebe Rios
Edição – Diohny Andrade
Edição de capa – Paulo Cavalheri
Edição de áudio plataformas digitais – Octávio Silva
O programa Analisa discute os hábitos de leitura do brasileiro com a professora Ana Lúcia Guedes Pinto, do Departamento de Ensino e Práticas Culturais da Faculdade de Educação (FE), e com Lúcia Granja, docente do Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL).
A sexta edição da pesquisa Retratos de Leituras do Brasil, realizada recentemente pelo Instituto Pró-Livro, apontou que na população brasileira, pela primeira vez desde 2007, a proporção de não leitores é maior que a de leitores.
Para a professora Guedes Pinto, o levantamento surpreende “porque não era esse o quadro que gostaríamos de ver”. Granja ressaltou, por outro lado, a importância da distribuição de livros nas escolas. “No Brasil, o livro acaba sendo um produto caro. Portanto, nós precisamos da intervenção do Estado.”
Sobre o prazer pela leitura, as entrevistadas lembraram do ensinamento da professora da Unicamp Marisa Lajolo sobre ser possível aprender esse gosto pela leitura. “E, se a gente aprende, é possível ensinar. Portanto, esse é um gosto que a escola ensina. E ela ensina bem”, afirma Guedes Pinto.
A Pesquisa Retratos do Brasil foi realizada com 5.504 pessoas de 208 municípios. Os dados podem ser acessados no link:
https://www.prolivro.org.br/wp-content/uploads/2024/11/Apresentac%CC%A7a%CC%83o_Retratos_da_Leitura_2024_13-11_SITE.pdf
Ficha técnica
Produção e apresentação: Silvio Anunciação
Edição: Diohny Andrade
Edição de áudio: Rafaella Oliveira
Apoio: Ronei Thezolin e Felipe Mateus
Coordenação: Patrícia Lauretti
Este Analisa discute o recorde de feminicídios no país como resultado da escalada da violência contra a mulher, um fenômeno multifatorial. Entre as causas, estão as diferenças socioeconômicas entre homens e mulheres e a falta de políticas públicas amplas, que não coloquem só sobre a família a responsabilidade de educar o corpo social marcado pela cultura do machismo.
Encontra-se em vigor desde outubro uma nova legislação que aumentou a pena para o feminicídio, o assassinato de uma mulher por conta de seu gênero. O Anuário de Segurança Pública de 2024 revela, porém, que em 2023 o Brasil bateu o recorde de feminicídios em um ano, com 1.467 mortes de mulheres no total. O dados apresentam também um aumento no número de casos de violência doméstica, ameaça, perseguição, violência psicológica e estupro (um estupro a cada 6 minutos).
Participam do programa Bárbara Geraldo de Castro, professora do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), pesquisadora associada ao Núcleo de Estudos de Gênero Pagu e membro da Comissão de Gênero e Sexualidade da Unicamp, e Erika Chioca Furlan, advogada, ex-delegada de polícia e doutoranda em ciências sociais na área de estudos de gênero do IFCH.
Ficha técnica
Produção – Silvio Anunciação
Roteiro e apresentação – Hebe Rios
Edição – Diohny Andrade
Edição de capa – Alex Calixto
Edição plataforma de áudio – Octávio Silva e Rafaella Oliveira
Coordenação – Patrícia Lauretti
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera a jornada de trabalho no Brasil recebeu o número necessário de assinaturas para tramitar no Congresso Nacional. Apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL), a proposta foi elaborada a partir de uma iniciativa do movimento Vida Além do Trabalho (VLT). Neste programa, o professor Paulo Sérgio Fracalanza, do Instituto de Economia da Unicamp, comenta a repercussão da PEC nas redes sociais e o início de uma discussão que pode levar a uma revolução social: o debate sobre o tempo dedicado ao trabalho mercantil.
Ficha técnica
Produção - Felipe Mateus
Roteiro e apresentação - Patrícia Lauretti
Direção de imagens - João Ricardo - Boi
Imagens e edição - Kleber Casabllanca
Edição de capa - Paulo Cavalheri
Edição plataforma de áudio - Octávio Silva
Coordenação - Patrícia Lauretti
A chamada “maratona de leilões”, realizada pelo governo paulista, concluiu mais uma etapa em novembro, transferindo para a iniciativa privada a construção e manutenção de 33 escolas públicas. O programa de Parceria Público-Privada (PPP) prevê a extensão dessa iniciativa para outros setores do campo social, como a Fundação Casa, por exemplo. Em paralelo, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) propõe a redução do investimento público em educação de 30% para 25%. Para a convidada do programa Analisa, a professora da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, Carolina Catini, essas ações demonstram o avanço da lógica do lucro privado sobre a administração pública, especialmente na educação, sob a chancela do estado e em detrimento do direito de participação cidadã e coletiva na elaboração de políticas públicas. Acompanhe.
Ficha técnica
Produção e coordenação - Patrícia Lauretti
Apresentação - Hebe Rios
Conversão para versão Podcast: Octávio Silva
Edição - Kleber Casabllanca
Edição de capa - Alex Calixto