Desprovido de qualquer apoio e condições de administrar o estado, o governador de NY, um democrata, renunciou ao cargo diante de revelações contundentes de que ele teria praticado assédio sexual contra 11 mulheres. Um relatório elaborado pela procuradoria estadual trouxe indícios reiterados do comportamento abusivo de Cuomo. Segundo o documento, o governador criou um ambiente “de medo e intimidação” no governo de NY. As revelações jogaram em desgraça um político que, graças à maneira como lidou com a covid-19, era considerado um nome forte para disputar a Casa Branca em 2024 – no ano passado, Cuomo havia se tornado a antítese de Trump no combate à pandemia. Nesta edição, saiba mais sobre o relatório que levou à queda de Cuomo e conheça Kathy Hochul, a nova governadora de NY. E ainda: o tamanho da devastação causada pela segunda onda da covid na Índia e a morte de Jacques Rogge, ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional.
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Faltam 30 dias para as eleições que vão decidir o sucessor de Merkel e a campanha eleitoral está cheia de emoções – algo incomum para a política alemã, que costuma ser sonolenta. A CDU (centro-direita), partido de Merkel, caiu ao nível mais baixo nas pesquisas desde 2006, mas ainda está em primeiro lugar, com 23%, segundo o site Politico. O SPD (centro-esquerda), que patinava nos 15% desde 2019, começou a subir nesta semana e está apenas um ponto abaixo da CDU e em tendência de alta. Os Verdes, que chegaram a liderar as pesquisas há quatro meses, estão estagnados com 18%. O que levou à alta do SPD é o estilo do candidato do partido, Olaf Scholz, que transpira seriedade e, ao contrário dos adversários, não se envolveu em nenhuma controvérsia nesta campanha. As enchentes de julho, que mataram quase 200 pessoas na Alemanha, tiveram uma influência importante na queda da CDU. E ainda: o governo da nova presidente da Tanzânia, Samia Suluhu.
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A Guerra do Afeganistão termina com vitória do Taliban. O grupo extremista islâmico, que já havia controlado o Afeganistão até a invasão americana, em 2001, tomou a capital, Kabul, no dia 15 sem encontrar resistência por parte das forças do governo. A queda de Kabul não teria ocorrido se não fosse pela decisão da Casa Branca de retirar as tropas americanas que ocupavam o Afeganistão desde 2001. Os poucos soldados ocidentais que restavam no território afegão bastavam para dissuadir o Taliban de tentar tomar o poder. Ainda assim, Biden levou adiante a retirada – que havia sido iniciada por Trump. Mesmo quando ficou claro que os extremistas conquistariam Kabul, Biden não mudou de ideia. Na prática, o presidente americano abandonou o Afeganistão ao regime brutal do Taliban, o que é injustificável e inaceitável. Os cidadãos afegãos vão pagar o preço – principalmente as mulheres. Nesta edição, saiba como foi o avanço militar taliban, quanto os EUA gastaram em 20 anos de guerra e quais podem ter sido as razões para a completa ineficiência do Exército afegão.
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Ao completar cem anos de existência, o partido que governa a China vive o zênite do seu poder – o que está demonstrado na limpeza étnica promovida pelo governo de Xi Jinping contra o povo uyghur em Xinjiang, na erosão das liberdades democráticas em Hong Kong, na vigilância total imposta aos cidadãos chineses e no lugar que o país ocupa hoje na geopolítica e na economia mundiais. Será que algo assim estava nos sonhos de algum dos jovens intelectuais que fundaram o Partido Comunista de forma clandestina em 1921? Nesta edição, conheça a história do partido – como o fundador da China comunista, Mao Zedong, responsável pelo fiasco do Grande Salto Adiante, que matou milhões de pessoas de fome, e pelo terror da Revolução Cultural; e como Deng Xiaoping, que implantou o capitalismo de Estado e assistiu ao massacre da praça da Paz Celestial. E ainda: Guillermo Lasso, o novo presidente de direita do Equador, e a passagem de bastão de Portugal para a Eslovênia na presidência do Conselho da União Europeia.
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Tanto o presidente da França quanto a sua principal adversária saíram perdendo das eleições do mês passado, nas quais os franceses renovaram os governadores regionais. Nem o partido de centro de Macron, o República em Marcha, nem o RN, a sigla de extrema direita liderada por Le Pen, conseguiram eleger um governador sequer. A derrota do RN é pior, pois Le Pen contava com uma vitória na região da Provença-Alpes-Côte d'Azur para turbinar sua campanha a presidente no ano que vem. No fim, todos os 13 governadores foram reeleitos, o que beneficia principalmente os Republicanos, a centro-direita tradicional que, agora, espera quebrar a polarização nacional entre Macron e Le Pen e já tem candidatos fortes para as presidenciais de 2022. Porém, dois terços dos eleitores deixaram de votar – a abstenção mais alta desde que o atual sistema político foi implantado, em 1958. E ainda: a última visita de Merkel à Casa Branca e a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tokyo.
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Contra tudo e contra todos, o governo japonês e o COI (Comitê Olímpico Internacional) levaram adiante os Jogos Olímpicos de Tokyo, uma cidade em estado de emergência. A variante delta da covid-19 está levando a capital do Japão aos maiores índices de contaminação desde janeiro. Com milhares de atletas de todas as regiões do mundo, as Olimpíadas podem levar as variantes perigosas a se espalhar ainda mais em Tokyo. A Vila Olímpica já registrou os primeiros casos da doença. Em um país que busca superar o desastre do tsunami e do vazamento nuclear de Fukushima, que completaram dez anos, e que enfrenta uma estagnação econômica, o declínio da população e a ascensão da China, os Jogos simbolizavam a esperança de renascimento. Agora, representam um risco à saúde. Nesta edição, saiba o que leva o governo do Japão e o COI a irem em frente com o evento. E ainda: a seleção italiana, renovada, é campeã da Europa, e a queda de um governo populista na Eslováquia.
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Poucas pessoas tiveram tanta influência na história do século XXI quanto Donald Rumsfeld, que morreu no dia 29 aos 88 anos. Apontado em 2001 pelo presidente Bush filho para o cargo de secretário de Defesa – o chefe do Pentágono –, Rumsfeld estava dentro do prédio quando ele foi atingido por um dos aviões sequestrados no 11 de Setembro. A partir daquele momento, ele se tornou o comandante da guerra ao terror. As invasões do Afeganistão e do Iraque, porém, se tornaram atoleiros para os soldados americanos e, hoje, às vésperas dos 20 anos do 11 de Setembro, Biden está retirando as tropas do Afeganistão. Nesta edição, conheça as origens políticas de Rumsfeld na Guerra Fria, as controvérsias das guerras que ele liderou e o legado deixado por essa figura de Washington, DC. E ainda: a Argentina de Messi, campeã da Copa América em cima do Brasil.
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O Irã realizou suas eleições presidenciais em 18 de junho e o resultado que era inevitável se concretizou: Ebrahim Raisi, representante dos ultraconservadores ligados ao clero xiita, venceu com 72% dos votos. Os clérigos, que controlam todo o processo político iraniano, vetaram a participação de qualquer candidato que pudesse ameaçar o favoritismo de Raisi. A vitória dele significa que, agora, a linha-dura vai controlar todas as instituições do Estado iraniano. Porém, mais da metade dos eleitores deixou de ir votar – a abstenção mais alta da história, que demonstra a insatisfação popular com o regime. No Ocidente, a maior preocupação são as negociações que o Irã está travando para reestabelecer o acordo nuclear. Nesta edição, saiba quem é o novo presidente, o que esperar dele sobre a questão nuclear e o que deve mudar dentro do Irã. E ainda: a morte de Kenneth Kaunda, líder da independência e primeiro presidente da Zâmbia, e a variante delta da covid-19.
Os presidentes de EUA e Rússia se reuniram em Genebra a convite de Biden, que defende o objetivo de trazer "estabilidade e previsibilidade" à relação entre a Casa Branca e o Kremlin. As tensões entre os dois países cresceram sem parar ao longo da última década, principalmente com a invasão russa da península da Crimeia, em 2014, e da interferência do Kremlin nas eleições americanas de 2016. Desde então, ondas de expulsão de diplomatas e de sanções têm se repetido, e tanto Biden quanto Putin concordam que a relação está no pior nível desde o fim da União Soviética, em 1991. A Casa Branca, porém, vê a Rússia como uma distração no combate ao seu verdadeiro adversário: a China. Nesta edição, saiba quais foram os resultados da reunião Biden-Putin e qual pode ser o objetivo do presidente americano para a relação com Moscou. E ainda: a última parte dos perfis dos membros do governo Biden e a polêmica da realização da Copa América no Brasil.
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O referendo no qual os britânicos decidiram retirar o Reino Unido da União Europeia completou cinco anos em 23 de junho, e a concretização do Brexit está, finalmente, completando seis meses. Nesta edição, o podcast lança um olhar sobre o lado econômico e financeiro do Brexit com a ajuda do entrevistado João Pillon, mestre em Assuntos Europeus pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, e que, hoje, atua na equipe de políticas europeias da consultoria Cicero/AMO, em Bruxelas. Pillon analisa se o Brexit valeu a pena para a economia britânica e conta o que fizeram as empresas que fugiram de Londres à época do referendo, em 2016. Ele fala ainda sobre como funciona o lobby na UE, a pressão de Biden para que a Europa firme posição contra a China e a reação europeia à lei anti-LGBT+ da Hungria.
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O presidente teve, de 10 a 15 de junho, sua primeira grande oportunidade de mostrar aos seus colegas da Europa que eles podem, sim, voltar a confiar nos EUA depois do afastamento da era Trump – e que Biden está sendo sincero quando repete a frase "America is back", slogan da sua política externa. Biden participou, na Inglaterra, da cúpula do G7, e, em Bruxelas, da cúpula da Otan e da cúpula EUA-União Europeia. Reunido com Merkel, Macron, Johnson e as demais autoridades europeias, o presidente alcançou seu objetivo e deixou os anfitriões eufóricos. A principal demonstração do sucesso da viagem de Biden são as palavras duras usadas contra a China nos comunicados finais do G7 e da Otan, alinhando os europeus com os EUA na disputa entre as duas superpotências pelo poder geopolítico e econômico. Nesta edição, saiba em detalhes como foi a passagem de Biden pela Europa e por que ela é fundamental diante dos novos desafios do século XXI.
Foi preciso juntar oito partidos para reunir votos o suficiente no parlamento para dar um fim ao governo de Netanyahu. O político populista, divisivo e investigado por corrupção, que ocupava o poder desde 2009, agora é líder da oposição. Porém, a substituição de Netanyahu foi aprovada pela margem ínfima de 60 a 59. O novo primeiro-ministro é Naftali Bennett, líder de um partido nacionalista de direita. Na metade do mandato, ele vai se revezar com seu principal aliado, o centrista Yair Lapid – se o governo durar até lá. Também fazem parte do novo governo partidos de esquerda e, pela primeira vez na história de Israel, um partido árabe. Como garantir a estabilidade de um governo tão frágil e heterogêneo? Bennett deu a dica: "Vamos nos concentrar no que pode ser alcançado, ao invés de discutir sobre o que não pode". Nesta edição, saiba quem é o novo premiê israelense. E ainda: a quarta parte dos perfis dos membros do governo Biden e o grupo da morte da Uefa Euro 2020.
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Duas ameaças à democracia tentando convencer os eleitores de que seu adversário é um risco maior. Assim foi a disputa do segundo turno das eleições presidenciais peruanas, em um clima de polarização insuportável entre Pedro Castillo e Keiko Fujimori. Entre as duas opções disponíveis, os peruanos escolheram aquela que, além de um risco à democracia, é também um risco à economia. Com a apuração concluída, Castillo venceu por 50,2% a 49,8%. Para declarar a vitória dele, é preciso esperar que o órgão eleitoral do Peru rejeite os pedidos de impugnação apresentados por Keiko. Um homem humilde, cujo modo de vida reflete o de milhões de peruanos, defensor de ideias de extrema esquerda no âmbito econômico e ultraconservadoras no âmbito sociocultural – saiba quem é Pedro Castillo. E ainda: a terceira parte dos perfis dos secretários do governo Biden e o início da Uefa Euro 2020.
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O Irã não é uma democracia. No país persa, elementos democráticos se misturam com elementos teocráticos, e o resultado é um regime no qual o poder religioso do clero xiita possui a palavra final. No dia 18, vai ser eleito o novo presidente do Irã. Mas o Conselho dos Guardiães, órgão não eleito que tem o poder de aprovar ou desaprovar os candidatos a presidente, tornou inevitável a vitória do conservador Ebrahim Raisi, o favorito do clero. Todos os outros nomes expressivos foram excluídos da disputa. Porém, ao cercear o direito dos cidadãos de votar livremente, o regime iraniano arrisca produzir uma abstenção recorde nestas eleições e, assim, tirar a legitimidade do novo presidente. E ainda: a segunda parte dos perfis dos membros da Casa Branca de Biden e o fracasso do técnico Pep Guardiola na derrota do Manchester City para o Chelsea na final da Uefa Champions League.
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O país latino-americano vai ao segundo turno das eleições presidenciais no próximo domingo. De um lado, está o ultraconservador de extrema esquerda (isso mesmo) Pedro Castillo. Do outro, Keiko Fujimori, defensora do legado do pai, o ex-ditador de direita Alberto Fujimori. As opções populistas e extremistas refletem um país em falência política. Nos últimos cinco anos, o Peru passou por dois governantes derrubados por impeachment, uma semana com três presidentes diferentes, as prisões de três ex-presidentes e o suicídio de outro por receber propina, um Congresso inconsequente e um escândalo de distribuição de vacinas a políticos. Nesta edição, saiba os detalhes dessa história. E ainda: os membros do gabinete de Biden e a morte do agricultor chinês Yuan Longping, cujas inovações ajudaram a acabar com a fome que matava milhões de pessoas.
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As forças de Israel e o Hamas, o grupo terrorista que governa a Faixa de Gaza, travaram o seu quarto conflito militar. Essas pequenas guerras, que acontecem de tempos em tempos, começam com o lançamento, por parte do Hamas, de foguetes em direção à população civil israelense. A maior parte dos projéteis é interceptada pelo Domo de Ferro, o avançado sistema de defesa antiaérea de Israel. Ainda assim, 13 israelenses morreram no conflito, que terminou na última quinta-feira. Os bombardeios de Israel contra alvos militares do Hamas em Gaza deixaram 248 mortos, incluindo civis – um reflexo da prática do grupo de usar a população palestina como escudo humano. Foram 11 dias de conflito até o anúncio do cessar-fogo. Nesta edição, saiba quais foram as circunstâncias que levaram à escalada militar e qual é o contexto político por trás do conflito. E ainda: a morte do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e a Groenlândia, centro da disputa entre EUA e China pelos metais de terras raras.
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A Escócia teve eleições para o seu parlamento na semana passada, e os partidos que defendem a independência ganharam maioria. A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, é líder do partido separatista SNP e afirma que o resultado significa que existe um mandato do povo a favor da realização de um referendo de independência até 2023. Na década passada, o governo do Reino Unido havia permitido a realização de um referendo na Escócia, mas, na ocasião, os escoceses decidiram manter a sua união com a Inglaterra. Porém, o Brexit mudou tudo. Sturgeon afirma que a Escócia foi retirada da União Europeia contra a sua vontade e exige que Boris Johnson permita a realização de um novo referendo de independência. O líder britânico rejeita a ideia. Nesta edição, saiba quais opções estão nas mãos de Sturgeon na busca pela separação. E ainda: a situação da pandemia no Brasil, que viveu o seu pico entre março e abril.
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Várias pessoas tiveram a coragem de se levantar contra o regime autoritário de Putin, mas Navalny, que está preso, é um desafio sem precedentes para o presidente russo. O ativista anticorrupção possui uma personalidade forte e combativa e um estilo carismático, e teve a ousadia de perseguir os escândalos relacionados ao próprio Putin. Depois de ser envenenado no ano passado e de ter sua vida salva ao receber tratamento no exterior, Navalny deu um novo passo destemido: retornou a Moscou, e acabou preso logo no desembarque. Desde então, entrou em greve de fome, voltou a comer e inspirou a maior onda de protestos já vista contra o governo Putin. Nesta edição, saiba quem é Alexei Navalny e por que o Kremlin está em uma encruzilhada graças a ele. E ainda: o presidente da República do Congo, rumo aos 42 anos de poder.
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Falta um ano para as eleições presidenciais de 2022 na França, nas quais Macron disputará um segundo mandato. O presidente, que pertence ao partido de centro República em Marcha, quer que sua adversária no segundo turno do ano que vem seja a mesma das eleições anteriores, Marine Le Pen, a líder da extrema direita. Em 2017, Macron esmagou Le Pen por 66% a 34%. Porém, as pesquisas indicam que vencê-la de novo pode não ser tão fácil. A conjuntura francesa se encaminha para a repetição desse duelo, pois a centro-direita corre o risco de se tornar irrelevante e a esquerda não consegue se unir em torno de um só candidato. Nesta edição, o cenário político da França a um ano das eleições. E ainda: o escândalo que abalou o separatismo escocês às vésperas das eleições na Escócia.
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O presidente americano completou, nesta semana, cem dias de governo. Nesse período, ele precisou lidar com as crises sanitária, econômica, climática e racial, o que faz de Biden o presidente que herdou a situação mais adversa desde Roosevelt, em 1933, e que, portanto, precisou agir com mais urgência no início do mandato. Antes da posse, esperava-se que Biden se mostrasse um presidente moderado e se limitasse a desmanchar o legado nefasto de Trump e administrar as crises de forma técnica. Mas Biden se revelou muito mais que isso – ele tem um plano ambicioso para transformar a América. Nesta edição, um balanço dos cem primeiros dias do governo democrata. E ainda: a tragédia que deixou 45 mortos em Israel e a morte de Michael Collins, o astronauta da Apollo 11 que não desceu à superfície da Lua.
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