
Dias estranhos são vividos nos Estados Unidos, com o assassinato de Charlie Kirk e a censura a Jimmy Kimmel. Merece a pena perceber-se para onde vai aquela que é considerada (por alguns) como a maior democracia do mundo – que todos os dias ganha novos contornos de estar a deixar de o ser.Tudo isso, ou parte disso, ficou claro na intervenção do presidente norte-americano na 80ª Assembleia-Geral da ONU, onde, por entre acusações à Europa e às próprias Nações Unidos, testemunhos de negação face às alterações climáticas e repetições de clichés relativos à imigração, prevaleceu uma queixa com motivações… imobiliárias.Nesse mundo que se vai desfazendo perante o espanto de cada vez maior número dos seus habitantes, a Rússia – que, como os Estados Unidos, são governados em regime unipessoal – testa os medos de uma Europa que não tem como viver encolhida e atolada em receios, que despertam, ironicamente, saudades da cómoda previsibilidade da velha União Soviética.