O Teatro é uma arte efémera. Acontece em tempo real à frente do público e desaparece assim que termina o espectáculo, sobrevivendo nas imagens e palavras em movimento que se alojam no corpo de cada um dos quepartilham este ritual ancestral.
Sabemos disto e vivemos com este facto nesta profissão quese esfuma e recria a cada nova criação. No entanto, o nosso convidado de hoje tem sido dos maiores aliados a contrariar esta tese.
Rui Simões é cineasta e documentarista e tem no seu acervo milhares de horas de gravações de espectáculos do Bando. Através do seu olhar por trás da máquina, podemos hojereviver muitos desses momentos e através da sua edição e montagem alojar novas imagens e palavras e movimentos na nossa memória.
A conversa acontece na sede da RealFicção, produtora de cinema de Rui Simões e Jacinta Barros.Sentem-se connosco neste sofá mesmo em frente a uma tela em branco onde vamos projectar 50 anos de uma amizade em movimento que perdura.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do TeatroO Bando com coordenação de João Neca lançado porocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
Este e outros episódios em www.obando.pt
Estamos em Lisboa na casa do Didi sentados à mesa.
Na mesa não falta nada... há queijo, batatas fritas e cerveja que também farão parte da sonorização desta conversa.
Conversa esta que é feita a três. O Nicolas e o Didi são amigos de longa data e conviveram muito no Bando nos anos 90. Sou um mero espectador deste desenrolar de histórias que o Didi guarda como algo muito precioso.
Os anos 90 foram para o Teatro O Bando a década dos grandes espectáculos com muita gente: Lisboa Capital da Cultura em 1994, os TRILHOS, evento de celebração dos 20 anos do grupo, o MADRUGADAS (evento no Terreiro do Paço de celebração dos 25 anos do 25 de Abril) e claro todo o envolvimento na Peregrinação da EXPO 98 entre muitos muitos outros, encantado pela Natércia Campos e pelo ideal do trabalho em colectivo, apaixounou-se pelo Bando neste período cheio de enormes desafios e a sua função era.... produção (ainda não se chamava assim e ele já irá explicar).
Tal como Nicolas Brites cresceu nos camarins do Teatro e tem uma genealogia teatral muito curiosa e é por aí que começamos esta conversa.
Puxem mais um banquinho e sentem-se connosco à mesa.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Hoje conversamos com um rapaz da Nazaré, amigo do Teatro O Bando praticamente desde o princípio do grupo.
Jaime Rocha é um escritor premiado, jornalista de convicção, é poeta, romancista e dramaturgo e esteve exilado antes do 25 de Abril regressando a Portugal após a revolução.
Editou mais de duas dezenas de peças de Teatro e uma delas, Morcegos, foi encenada pelo Bando e por João Brites em 2006.
A conversa aconteceu na sua casa em Sintra que é também a sede da Casa Jaime Rocha, associação onde se preserva e alimenta o espólio literário de Jaime Rocha e de Hélia Correia. É também um espaço de produção literária, artística e cultural, de poesia, romances, contos e dramaturgia.
Falámos na sala Beckett e à mesa foram-se espalhando dezenas de recortes de jornais e revistas que Jaime tinha guardado e onde se fala do Bando ao longo de mais de 40 anos.
Entrem e sentem-se à mesa. Lá fora o tempo está chuvoso e faz muito vento. Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando. Aqueçam-se connosco nesta fogueira da memória.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Hélia Correia é uma das mais importante escritoras e poetisas contemporâneas e tem uma obra vastíssima, já distinguida com praticamente todos os prémios incluindo o Prémio Camões em 2015.
É também uma das mais antigas amigas do Bando, com quem conviveu desde o final dos anos 70.
Da sua obra já nasceram 3 espectáculos ao longo dos quase 50 anos, Montedemo em 1987, Adoecer em 2017 e Antes do Mar em 2020.
Hélia acompanhou de perto todos estes processos especialmente o Montedemo. De resto é uma espectadora atentíssima e aflita (já vão perceber porquê) e reserva um enorme carinho pelas pessoas do Bando que visita muitas vezes.
Recebeu-nos em sua casa, na sala Beckett da Casa Jaime Rocha, associação onde se preserva e alimenta o seu espólio literário e do seu “namorado” Jaime Rocha.
Partilhem deste privilégio que é ouvir Hélia Correia a conversar sobre a angústia do Futuro e o mistério que é o Teatro sempre através de um olhar de Criança e com muito humor à mistura.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Esta semana estamos em Palmela mas não em Vale dos Barris. Ao fundo ouvem-se os comboios a chegar à estação de Palmela que, para quem não sabe, é bem longe do centro da Vila e do Teatro O Bando.
Estou em casa de Alberto Pereira, actual chefe da divisão de Cultura de Palmela e interlocutor do Bando junto da autarquia.
É professor de formação, nos anos 80 e 90, foi actor eencenador do grupo de teatro amador Farpas, de Loures e aí começou o seu contacto com os espectáculos do Bando.
Nas carruagens da vida quis a encruzilhada de caminhos que o Bando e Alberto Pereira, por diferentes razões, atravessassem o Tejo para se fixarem em Palmela.
Com os mapas abertos sobre a mesa, falaremos sobre esta e outras viagens numa conversa que já começou com a minha explicação sobre as razões deste podcast.
Ora escutem.
Bibi Gomes é uma das actrizes com mais histórias e maishistória no Teatro O Bando.
Mulher de coragem e de risco construiu personagensinesquecíveis para tanta e tanta gente que acompanha o trabalho do Bando e que se recorda de a ver em situações limite.
Actriz cheia de curiosidade e de consciência, essa palavratão decisiva no trabalho em cena que fazemos no Bando, tem também uma memória invejável, recuperando facilmente detalhes de histórias do final dos anos 80.
Era uma jovem de pouco mais de 20 anos quando entrou noTeatro O Bando. É cooperante e integou a equipa fixa durante mais de uma década.
Continua a fazer espectáculos com o Bando e em breve irá integrar o elenco do projecto Agustina, espectáculo dirigido por João Brites que encerra as comemorações do 50º aniversário do Bando.
Nesta conversa conto também com a contribuição da memória do Nicolas Brites, que tantas vezes partilhou a cena com a Bibi Gomes.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Eu e o Nicolas Brites viemos devidamente armados para esteepisódio. As circunstâncias assim o exigem: vamos invadir o território do Miguel Moreira.Para nos defender temos uma espada de ferro.
Nos anos 90, foi ele quem invadiu o Bando com o sanguequente e a irreverência tão própria deste actor, criador, director artístico do projecto Útero, agora mais ligado à dança.
Integrou vários espectáculos do Bando durante mais de 10anos, foi cooperante, fez parte da equipa fixa e da direcção. Um artista (h)à Bando dos pés à cabeça que continua a acompanhar muito de perto tudo o que acontece em Vale dos Barris.
Sobre a espada que trazíamos já vão perceber para o que é que serviu.
Jorge Salgueiro é maestro e um dos nomes maiores dacomposição musical em Portugal. É cooperante do Teatro O Bando e fez parte durante mais de 20 anos da direcção artística sendo responsável pela música de praticamente todos os espectáculos do grupo durante esse período numa ligação umbilical com João Brites que continuará em 2025 com o projecto de teatro-óperaAgustina que fecha as comemorações do 50º aniversário do Bando.
Começámos este episódio escutando uma parte do espectáculo cíclicoPino do Verão que durante 10 anos, sempre no final de Julho, transformava a encosta do Castelo de Palmela num lugar de espectáculo, repleto de músicos das Bandas Filarmónicas da Região e actores e actrizes do Teatro O Bando.
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50 anos h(à) Bando é um podcast doTeatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena,estreado em 1982.
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Hoje viajamos até ao séc. XIV.
Susana Mateus é o nosso Virgílio e com ela entramos pelas portas do Inferno para atravessar A DIVINA COMÉDIA...ou a Humana Comédia tal como ela a renomeia.
Em 2016, conhecemos a historiadora Susana Mateus quando andávamos à procura da entrada do Inferno, primeira parte da trilogia que nos atravessou, a nós e a ela, até ao Paraíso de 2022.
Começou por nos ajudar a perceber a língua que se falava nessa Florença de Dante Alighieri e desde então o caminho nunca mais foi interrompido.
Hoje é cooperante do Bando e responsável pelas edições do livro ATOR ATRIZ ARTISTA obra de João Brites que terá 9 volumes que começou a ser lançada em 2024.
Trazei toda a esperança vós que entrais.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
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A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Esta é uma conversa que mais parece uma travessia.
A Suzana Branco sentou-se à nossa frente, calçada de histórias. Trouxe um par de sapatos nos pés e muitos pés calçados e calcados na memória. Com ela voltámos aos chinelos da infância alentejana, lembrámos os extravagantes ténis poéticos, às botas de irreverência e de transgressão, e os sapatos rasos ou de salto alto, enormes, quase barcos, onde navegámos à boleia de Sophia de Mello Breyner, Gonçalo M. Tavares, Fernando Dacosta, Mia Couto, sempre iluminados pelo fogo da boneca Vassilissa.
Suzana é actriz, formadora, encenadora mas sobretudo uma apaixonada pelo Teatro, pela essência desta arte milenar que a atravessa inexplicavelmente, dos pés à cabeça, de Elvas a Vale dos Barris.
Desapertem os atacadores, e juntem-se a nós nesta conversa sem pedras no sapato.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
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A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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>> Este episódio é totalmente falado em inglês <<
Today we receive a german friend in these podcast.
Despite our friendship for more than 25 years, and besides all the times that he visited us in Portugal, Dirk Neldner can't speak Portuguese and that’s why during this episode we’ll speak in English.
Maybe the portuguese language is the only thing that Dirk doesn’t understand about O Bando’s work and about our path. Dirk Neldner is a producer and manager, responsible for a lot of theatre international projects where O Bando is involved along with many different groups of many different European countries, but not only. Since 2001, we were with Dirk and his team, working in Australia, Canada and South Africa…
And O Bando is for Dirk also a house and a land to daydream. Here, in our mountain, we hosted and produced international encounters with hundreds and hundreds of artists and young people that will hold the concrete feelings of these valley in their memories, forever.
For O Bando, Dirk is the synonymous of concrete Utopia, the expression that he steal from Ernst Bloch to name us and to name the audiowalk that he directed and presented during the celebrations of our 50th anniversary.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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O episódio de hoje proporciona algo inédito. A Sara Belo veio ao Bando e não irá cantar. Hoje convidámo-la “apenas” para conversar.
Actriz, cantora e professora de voz, é talvez a presença mais regular nos elencos do Bando dos últimos 25 anos. Do Pino do Verão ao Ensaio sobre a Cegueira, da Saga à Quarentena, do Quixote à trilogia da Divina Comédia, a voz da Sara Belo é omnipresente.
Já haveria razões suficientes para a convidarmos para este episódio, mas além de tudo isto, é ainda uma excelente conversadora.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
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A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Começamos o ano de 2025 com uma conversa transatlântica. É longa a história e são longas as histórias das passagens do Teatro O Bando no Brasil. E se assim é muito devemos aos nossos convidados de hoje: do outro lado do microfone temos Amauri Tangará (realizador, encenador e actor) e Tati Mendes (produtora e realizadora) ambos fundados da Cia. De Artes do Brasil, companhia produtora de cinema, teatro e televisão.
Conheceram o Bando há muitos anos, ainda na Estrela 60, sede do Bando nos anos 90 e passaram pela Expo 98 onde apresentaram Cafundó, mítico espectáculo da Cia de Artes do qual vamos falar muito hoje.
O baú abriu-se nessa altura bem como a ponte que continua a ligar Vale dos Barris e a Chapada dos Guimarães lá em Mato Grosso.
Façam-nos companhia nesta viagem ao interior do nosso Brasil. Vamos à entrevista.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Hoje viemos até à Escola Superior de Teatro e Cinema na Amadora. Estamos à boca de cena. À nossa frente uma mesa, algumas cadeiras. Um ramo, uma peça de figurino e alguém que faz voar as palavras com gestos precisos, desenhados, irrepetíveis.
Luca Aprea é professor nesta escola desde 1998 onde João Brites foi professor durantes vários anos.
Actualmente, Luca dirige o Departamento de Teatro.
Algures perto daqui se conheceram, neste palco dirigiram muitas aulas e exercícios e João Brites convidou Luca para o Bando onde durante largos anos ele foi responsável pela corporalidade, termo que ajudou a desenvolver e a sistematizar.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Esta semana conversarmos com Miguel Abreu.
Conhecido produtor e programador de vários projectos culturais marcantes na vida do Bando, percorremos com eles o tricot da sua vida (palavras dele) em que a sua actividade se entrelaça com a do Bando. Falamos da Expo 98 e de Querença, ouvimo-lo distinguir o direito à criação cultural do direito à fruição, a cultura de inclusão e a que exclui e identificámos alguns dos desafios e exigência do Teatro comunitário.
Percebemos que os caminhos com o Bando começaram com a Natércia Campos e esta conversa foi também uma oportunidade de recordar a nossa Natércia, olhar satélite e observador (palavras do Miguel) nome maior da produção em Portugal que durante tantos anos foi a produção do Bando.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Entramos numa casa, sentámo-nos num confortável sofá e estamos rodeados de livros de Teatro.
A casa é de Maria João Brilhante que acompanha o Teatro O Bando desde o princípio dos anos 80.
O Bando com todas as transições próprias do percurso continuou a ser uma companhia de Teatro: Maria João Brilhante foi muitas coisas diferentes neste contacto com o grupo: espectadora, crítica teatral, professora entusiasmada por acompanhar os projectos com os alunos, dinamizadora de projectos de observação teatral e, mais recentemente investigadora responsável pelo projecto de Arquivos de Teatro no qual o Bando está envolvido.
Viemos para perceber melhor, diferenças e semelhanças entre fazer e pensar, entre teoria e prática. Viemos para habitar esse lugar híbrido onde vivem os artistas e as suas criações, a academia e a sua investigação e os críticos e a sua análise da prática teatral.
Entrem connosco nesta sala. Com Maria João Brilhante há sempre lugar para mais alguém se sentar à mesa a falar de Teatro.
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A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Estamos em Lisboa, numa difícil missão.
Disfarçados com a capa deste podcast viemos tentar convencer o actor Pedro Gil a voltar a fazer a personagem MARIANA, 20 anos depois.
MARIANA foi a primeira personagem de Pedro Gil no Bando construída a partir das cartas de Mariana Alcoforado. Nós não vimos o espectáculo mas tanta gente nos fala dela, que nós queremos que ele volte a entrar na tenda, cenário do monólogo.
Já vão descobrir se fomos bem sucedidos na missão.
Podemos apenas contar que a conversa nos levou por outros cenários: atravessámos juntos a estreita passadeira dos ANJOS (2003), espectáculo que Pedro fez no Bando com texto de Teolinda Gersão, subimos a inclinadíssima rampa do ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (2004), sentámo-nos na cadeira do Al Berto do espectáculo A NOITE (2009) e terminámos no jogo de Xadrez que foi o PARAÍSO (2022) de Dante Alighieri.
Falar com Pedro Gil é convocar o tempo e a calma que o pensamento exige à memória para conversar sobre emoção em cena. O actor sente ou não sente? Ou será apenas um fingidor que chega a fingir o que deveras sente.
Pedro Gil é singular nas alusões e comparações entre a vida e o Teatro. Nunca ninguém tinha comparado a ida ao espaço do Bando com a ida à Eurodisney. Ele foi capaz.
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A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
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Esta semana conversamos com Rui Pina Coelho.
Doutorado em Estudos Artísticos, visitámo-lo num dos seus locais de trabalho: a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Além de professor, é também escritor e dramaturgo com várias peças publicadas e foi também nessa condição que colaborou com o Bando.
Abriu-nos as portas de uma sala de aulas, sentámo-nos com ele e deixámos voar as palavras, as memórias e as histórias. Falámos de agricultores e de mercadores, do acto solitário da escrita, de carros com 6 rodas, do tempo para imaginar dos artistas, de pequenos almoços a ver nascer o sol e de amizades fundadas em cerveja.
À boleia das amizades de infância, perguntámo-nos: o que fica em quem passa pelo Bando, o que é a experimentação teatral e que gaiola é aquela, suspensa na rua do Carmo algures nos anos 90.
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Esta semana conversamos com Paula Só.
Actriz de corpo inteiro, confunde-se com a história do Bando e das personagens que foi inventando.
Os espectáculos terminam, já nos esquecemos da dramaturgia e do cenário, mas as personagens da Paula Só sobrevivem ao tempo, rejuvenescem e rejuvenescem-na.
São também dela, com ela e sobre ela, as histórias mais caricatas durante os ensaios, itinerância e espectáculos.
É uma mulher deslocada do mundo, do tempo e às vezes de si própria e é isso que faz dela uma pessoa única. Só podia ser ela.
Bem vindos ao jardim da Paula Só.
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A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
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Esta semana conversamos com Anabela Mendes.
Mulher de tantos ofícios na arte teatral, foi nos anos 80 que se cruzou com o Bando como espectadora e crítica teatral. Desde então o namoro não foi interrompido.
Professora incontornável do panorama académico português, olhar sempre atento em tantas e tantas plateias.
Do Bando viu e comentou quase tudo.
Ou nos jornais enquanto jornalista, ou no meio académico enquanto professora ou após as apresentações nas intermináveis e sempre tão saborosas conversas.
Por falar em sabores, Anabela Mendes abriu-nos gentilmente a porta de sua casa em Lisboa e ofereceu-nos uns bolinhos para adoçar a nossa partilha.
Espero que consigam saborear como nós.
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