Já faz algum tempo que parece que a gente tá vivendo numa distopia. De todos os lados, só notícia ruim. Em tempos pandêmicos, a Ciência brasileira nunca foi tão necessária e tão desvalorizada. Nesse clima meio borocoxô, nós resgatamos uma entrevista que fizemos, pré-pandemia, com a Dra. Márcia Barbosa, física, professora da UFRGS em Porto Alegre, ganhadora do Prêmio L'Oréal-UNESCO para Mulheres em Ciência em 2013, membra da Academia Mundial de Ciências, diretora da Academia Brasileira de Ciências e eleita como uma das 20 mulheres mais influentes no Brasil pela revista Forbes. Conversamos sobre o presente e o futuro da ciência no Brasil, mulheres e meninas na ciência, minissaias, garotas de cabelos coloridos, e a importância da diversidade no desenvolvimento da sociedade.
Dúvidas? Sugestões? Desabafos? Entre em contato conosco pelo email: podcast@mulheresnaciencia.com.br
Créditos
No primeiro episódio do 1N1M Laura Rocha Prado e Rafaela Falaschi conversaram sobre a comunidade Mulheres na Ciência, que surgiu primeiro no Facebook, para depois virar site, e, agora, podcast!
Também falamos um pouco sobre o que é o Efeito Matilda e sobre como vai funcionar o Um Nobel Pra Uma Mina.
Chutamos a porta dos laboratórios e convidamos outras mulheres para ocupar esse espaço.
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Notas completas do episódio em mulheresnaciencia.com.br/podcast
Quantas cientistas mulheres você conhece? Apesar de ser um pouco mais da metade da população mundial, segundo a Unesco, as mulheres representam só um terço dos pesquisadores em todo mundo. No Brasil, na última década, mesmo sendo minoria, as mulheres produzirem quase metade dos artigos científicos publicados.
O Prêmio Nobel foi concedido pela primeira vez em 1901. Nesses 118 anos de história, se a gente considerar só as categorias científicas, dos quase 800 prêmios concedidos apenas 21, ou seja só 3%, foram dados a mulheres. Isso significa que, em média, a cada 5 anos só uma mulher recebe o Prêmio Nobel.
Porque somos tão poucas? Como é ser mulher na Ciência?
É trabalhar pelo menos o dobro para obter menos reconhecimento.
É ser julgada pela sua aparência e não pelo seu trabalho.
É ouvir da banca de um concurso público que nenhuma das candidatas estava apta para o cargo.
Ser questionada sobre seus métodos ou condutas constantemente e ver colegas do sexo masculino progredindo sem os mesmos questionamentos.
Ouvir que sou muito ambiciosa e que preciso me controlar.
Ser Resistência; é provar que não existe diferença de capacidade intelectual entre nós e eles e lutar para abrir espaço para outras meninas, mostrando de uma vez por todas que mulher pode ser o que quiser, inclusive cientista.
Lutar por espaços e visibilidade para todas as mulheres na ciência.
Saímos do laboratório e estamos no ar!
Esse é o podcast Um Nobel Pra Uma Mina, do site Mulheres na Ciência.