Jesus, acompanhado de seus discípulos e de uma grande multidão, dirige-se à cidade de Naim. À porta da cidade, encontra outro grande cortejo: o funeral do filho único de uma viúva. Dois cortejos se encontram: o da Vida e o da morte. Movido por profunda compaixão, Jesus ressuscita o jovem e o entrege de volta à sua mãe.

No Sermão da Montanha, Jesus, o novo Moisés, sobe ao monte e senta-se – a posição do Mestre – e proclama solenemente oito caminhos de felicidade paradoxal. Ele declara 'bem-aventurados', ou seja, 'felizes', os pobres, os que choram, os mansos, os que têm fome de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacificadores e os perseguidos. É a Constituição do Reino dos Céus.

Jesus é convidado para uma refeição na casa de um fariseu importante, em pleno dia de sábado. Lá está um homem com hidropisia. Jesus, sabendo que era uma armadilha, pergunta aos presentes se é permitido curar no sábado. Eles se calam. Ele então cura o homem e, com um exemplo simples da vida cotidiana, demonstra a incoerência de seus corações.

Alguns fariseus advertem Jesus que Herodes quer matá-Lo. Sua resposta é de uma coragem impressionante: Ele chama Herodes de 'raposa' e declara que continuará sua missão até o tempo determinado. Em seguida, Ele se volta para Jerusalém e profere um dos lamentos mais comoventes das Escrituras, expressando seu desejo de proteger a cidade como uma galinha protege seus pintinhos.

Alguém pergunta a Jesus se são poucos os que se salvam. Jesus não dá um número, mas desvia o foco para a responsabilidade pessoal de cada um: 'Fazei todo esforço para entrar pela porta estreita'. Ele conta então uma parábola forte sobre aqueles que, tendo conhecido o Senhor, ficam do lado de fora porque não viveram conforme essa graça, enquanto muitos de longe serão acolhidos.

Somos convidados a contemplar um momento decisivo: Jesus sobe à montanha e passa a noite toda em oração. Ao amanhecer, chama seus discípulos e escolhe doze dentre eles, dando-lhes o nome de 'apóstolos', ou seja, 'enviados'. Em seguida, desce com eles e cura uma multidão imensa, de onde brota uma força que cura a todos.

Jesus cura uma mulher encurvada há dezoito anos, em pleno dia de sábado, na sinagoga. O chefe da sinagoga, indignado com a 'quebra' da lei do repouso, repreende a multidão. Jesus responde com uma argumentação irrefutável: se é permitido cuidar dos animais no sábado, quanto mais libertar uma filha de Abraão das amarras de Satanás!

Jesus conta uma parábola dirigida àqueles que confiam em sua própria justiça. Dois homens sobem ao Templo para rezar: um fariseu, rigoroso cumpridor da Lei, e um cobrador de impostos, considerado pecador público. A oração de cada um e o resultado final nos revelam o que realmente agrada a Deus.

Algumas pessoas contam a Jesus sobre um grupo de galileus que Pilatos mandou matar enquanto ofereciam sacrifícios. Jesus responde com uma pergunta que muda completamente nossa perspectiva: 'Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores?' E Ele mesmo responde: 'De modo algum!' E acrescenta uma parábola maravilhosa sobre uma figueira que não dá frutos, revelando a paciência de Deus.

Jesus dirige-se à multidão e faz uma crítica contundente: eles são especialistas em prever o tempo meteorológico, mas são incapazes de 'interpretar o tempo presente' – o tempo da salvação que se realiza em sua pessoa. Ele os chama de hipócritas e os exorta a um julgamento justo, ilustrando com a imagem de um homem que deve se reconciliar com seu adversário antes que seja tarde demais.

Jesus faz declarações que soam chocantes. Ele diz que veio lançar fogo na terra e que tem um 'batismo' para receber, expressando uma ansiedade ardente. Ele questiona a ideia de que veio trazer uma paz superficial e anuncia, pelo contrário, que sua vinda trará divisão, chegando a afetar os laços familiares mais íntimos.

Jesus continua seu discurso sobre a vigilância. Após a imagem do ladrão que chega de surpresa, Pedro pergunta se a parábola é para todos. Jesus responde com uma nova parábola, a do administrador fiel e do administrador infiel. A lição central é clara: a quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido.

Jesus usa duas imagens muito concretas para nos falar sobre como devemos aguardar a sua vinda: a de um servo com os rins cingidos – pronto para o trabalho – e a lâmpada acesa – vigilante na escuridão. Ele nos convida a sermos como aqueles que esperam o senhor voltar de uma festa, prometendo uma felicidade surpreendente: a de serem servidos por Ele.

Alguém da multidão pede a Jesus que intervenha numa disputa de herança. Jesus recusa-se a ser um juiz de bens e, em vez disso, lança um alerta solene contra a ganância. Para ilustrar seu ensinamento, Ele conta a parábola do homem rico cuja terra deu uma colheita excepcional. O homem faz planos de expandir seus celeiros para uma vida de descanso e prazer, mas é surpreendido por Deus, que o chama de 'louco' e lhe pede contas de sua vida naquela mesma noite.

Jesus conta uma parábola curiosa sobre uma viúva persistente e um juiz injusto. A viúva, sem nenhum recurso a não ser sua insistência, consegue que o juiz, movido pelo incômodo, lhe faça justiça. Jesus então aplica: se um homem mau atende por má-fé, quanto mais Deus, que é bom, fará justiça aos que clamam a Ele! A parábola termina com uma pergunta que nos interpela: 'Quando o Filho do Homem vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?

O Evangelho de hoje nos apresenta Jesus escolhendo e enviando 72 discípulos em missão. É um trecho repleto de instruções práticas e espirituais. Ele os envia como 'cordeios no meio de lobos', lhes ordena viajar despojados, levar a paz, curar os doentes e anunciar que o Reino de Deus está próximo. É o mesmo chamado que São Lucas atendeu e que ecoa para nós hoje.

Jesus, rodeado por uma multidão imensa, dirige-se primeiro aos seus discípulos e lhes faz um alerta urgente: 'Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia'. Ele revela que toda falsidade será desmascarada. E, para lhes dar a coragem de viver na verdade, os convida a um medo saudável – o temor de Deus – e os assegura de um cuidado paternal e minucioso: até os cabelos de nossa cabeça estão contados.

Jesus conclui seu duro discurso com mais dois 'ais' solenes. Ele denuncia a hipocrisia de quem honra os profetas do passado com belos túmulos, mas repete os mesmos erros dos antepassados que os mataram. E acusa os mestres da Lei de roubar a 'chave da ciência', fechando o Reino dos Céus aos outros. Suas palavras são tão incisivas que despertam uma hostilidade mortal por parte dos ouvintes.

Jesus dirige uma série de 'ais' duríssimos aos fariseus e mestres da Lei. Ele denuncia a inversão de valores: são meticulosos em detalhes secundários, como o dízimo de pequenas ervas, mas negligenciam o essencial – a justiça e o amor de Deus. Critica sua busca por honras e, por fim, compara-os a túmulos escondidos, que contaminam sem que se perceba. É um alerta solene para todos nós.

Um fariseu convida Jesus para jantar e se admira – e talvez se escandalize – porque Jesus não realiza o ritual de lavar as mãos antes da refeição. Jesus, lendo o seu coração, responde com uma crítica direta e profunda: a preocupação com a pureza exterior esconde um interior cheio de maldade. A verdadeira pureza, Ele ensina, não vem de rituais, mas de um coração convertido que se expressa na esmola, no amor concreto ao próximo.