UBS e escola têm tudo pra dar certo — se houver planejamento e escuta. Neste episódio, caminhos reais pra transformar convites soltos em parceria concreta com impacto no território.
Feedback bom não fere, aproxima. Neste episódio, estratégias pra dar (e receber) feedback com empatia, clareza e respeito. Uma habilidade que fortalece equipes e evita ruídos.
Agenda bagunçada esgota a equipe e desorganiza o cuidado. Aqui, falamos sobre como montar uma agenda mais humana, equilibrada e funcional, com dicas que cabem em qualquer UBS.
Nem toda adesão se resolve com reforço na explicação. Neste episódio, a gente fala de escuta, contexto e vínculo como caminhos para um cuidado que realmente cabe na vida do paciente.
Visita domiciliar não é passeio — é cuidado. Aqui, mostramos como transformar essa ferramenta em vínculo, diagnóstico ampliado e ação concreta, sem desgaste nem improviso.
Reunião boa resolve, aproxima e não pesa. Neste episódio, dicas pra dar propósito, ritmo e leveza às reuniões da equipe. Um episódio prático pra transformar rotina em construção coletiva.
Demanda espontânea não é o problema — é o termômetro da UBS. Neste episódio, estratégias simples pra organizar o fluxo sem enlouquecer a equipe e sem deixar o paciente sem resposta.
Começa a 2ª temporada! Um episódio pra explicar o pacto: episódios curtos, práticos e com os temas que realmente acontecem nas UBS. Vínculo, bom humor, escuta e prática com o pé no chão. Bora juntos?
Neste episódio, viajamos até o contexto da medicina familiar na China para conhecer uma das reformas mais ambiciosas em atenção primária no século XXI. A partir das diretrizes do Conselho de Estado da China, discutimos os esforços do país para fortalecer os serviços de saúde primários, com destaque para o modelo de formação "5+3", os mecanismos de incentivo aos clínicos gerais e o plano nacional para garantir de dois a três médicos de família para cada 10 mil habitantes. Mais do que números, o episódio traz à tona as estratégias de reorganização do sistema de saúde chinês, focando em diagnóstico hierarquizado, sistema de referência bidirecional e valorização da prática generalista. Um episódio rico para refletir sobre como políticas públicas moldam a medicina de família ao redor do mundo.
Neste episódio, mergulhamos em uma das reflexões mais profundas da medicina contemporânea: quando fazer menos é fazer melhor. A partir do texto "A Arte de Não Fazer Nada", escrito por Iona Heath com prefácio de Job Metsemakers, conversamos sobre a coragem que é necessária para esperar, escutar, observar e não intervir apressadamente. O título, que pode parecer provocador à primeira vista, propõe uma abordagem ativa e consciente, que valoriza a presença, o silêncio e o tempo como partes fundamentais do cuidado médico. A autora nos convida a repensar o automatismo das prescrições e exames, trazendo referências filosóficas e poéticas para defender a sabedoria do “não fazer” como cuidado. Um episódio essencial para quem deseja praticar uma medicina mais compassiva, racional e centrada nas pessoas.
Neste episódio, mergulhamos na revisão publicada por Leiyu Shi em 2012 na revista Scientifica, um texto clássico nomeado por Kate Anteyi, que reforça a centralidade da atenção primária na construção de sistemas de saúde robustos, equitativos e eficientes. O capítulo explora como a APS melhora o acesso, reduz hospitalizações, melhora desfechos de saúde e é determinante para o fortalecimento da saúde pública, especialmente em países de baixa e média renda. Discutimos ainda o papel essencial da formação de profissionais bem preparados e com métricas centradas no paciente, capazes de responder aos contextos locais e transformar realidades. Uma leitura obrigatória para quem acredita que o futuro da saúde começa na porta da UBS.
Neste episódio, mergulhamos em uma questão provocadora: se a Atenção Primária à Saúde (APS) é tão efetiva, por que ainda é tão tímida na saúde suplementar brasileira? A discussão parte do artigo “Atenção primária na saúde suplementar brasileira: estudo qualitativo em planos de saúde”, publicado em 2021 na Revista de APS. Por meio de entrevistas com gestores de operadoras, o estudo revela as barreiras — técnicas, políticas e econômicas — que dificultam a implementação da APS no setor privado. Falta de incentivos regulatórios, conflitos com modelos centrados em especialistas e resistência cultural são apenas alguns dos entraves identificados. O episódio também debate os caminhos possíveis para superar esse gargalo histórico e consolidar uma APS forte, coordenadora e resolutiva na saúde suplementar.
Neste episódio, exploramos um dos estudos mais influentes sobre multimorbidade na atenção primária: o artigo clássico de Karen Barnett et al., publicado na The Lancet em 2012, e revisitado por Amanda Howe no Capítulo 27 da coletânea Family Medicine: The Classic Papers. Com dados de 1,75 milhão de pacientes na Escócia, o estudo revelou uma verdade desconcertante: pessoas em maior vulnerabilidade social desenvolvem múltiplas doenças crônicas até 15 anos mais cedo que as mais favorecidas — e com uma carga adicional de sofrimento mental. O episódio discute como esses achados mudaram a forma como pensamos políticas de saúde, organização dos sistemas e a própria prática clínica. Em vez de perseguir metas fragmentadas para doenças isoladas, o texto propõe uma abordagem centrada na pessoa, preventiva, proativa e profundamente comprometida com a equidade. Um episódio para quem quer repensar tudo — do prontuário à política pública. Referência: KIDD, Michael (Ed.). Family medicine: the classic papers. CRC Press, 2016.
Neste episódio, viajamos para o continente africano para conhecer um dos documentos de consenso mais importantes da Medicina de Família no mundo: o Consenso Africano sobre Medicina Familiar, apresentado no capítulo escrito por Shabir Moosa, com destaque para os líderes Bob Mash e Steve Reid. A partir de um processo participativo que reuniu quase 300 profissionais de diversos países africanos, o texto discute como construir sistemas de saúde fortes, com acesso universal e baseados em APS, mesmo em contextos de escassez. Abordamos temas como liderança clínica, trabalho em equipe, advocacy e cuidado centrado na comunidade, ressaltando que a prática da MFC na África vai além do consultório — ela se conecta com a realidade coletiva, com os determinantes sociais da saúde e com o desafio permanente de fazer mais com menos, mas sem abrir mão da qualidade. Um episódio inspirador sobre potência, compromisso e inovação em territórios onde a necessidade é urgente e a medicina de família se mostra, mais uma vez, essencial. Referência: KIDD, Michael (Ed.). Family medicine: the classic papers. CRC Press, 2016.
Neste episódio, mergulhamos no famoso Paradoxo da Atenção Primária, como descrito por Kurt Stange no Annals of Family Medicine. Discutimos a aparente contradição entre o que os dados fragmentados parecem mostrar — que médicos generalistas oferecem “menos” para condições específicas — e os resultados populacionais, que dizem justamente o contrário: a APS entrega mais valor, mais saúde, mais equidade e por um custo menor. Exploramos como essa discrepância surge da forma como medimos qualidade na saúde: focando doenças isoladas, sem captar o impacto holístico e longitudinal do cuidado centrado na pessoa. O episódio também aborda a importância de novas métricas, capazes de integrar os diferentes níveis do cuidado, e defende a colaboração entre o cuidado primário e o especializado, como chave para um sistema de saúde mais eficiente e justo. Uma conversa provocadora que nos convida a ver além dos indicadores tradicionais e reconhecer o valor profundo da Medicina de Família. Referência: KIDD, Michael (Ed.). Family medicine: the classic papers. CRC Press, 2016.
Neste episódio, conversamos sobre o que realmente significa fazer atenção primária à saúde com qualidade e propósito. A partir de um texto que defende com firmeza uma abordagem centrada na pessoa, discutimos a importância da continuidade, da integralidade e da criação de vínculos duradouros entre profissionais de saúde e suas comunidades. Refletimos sobre o papel das equipes de APS como porta de entrada confiável e cuidadora do todo, coordenando o cuidado, conhecendo o território e assumindo a responsabilidade pela saúde de uma população definida. O episódio também traz exemplos globais que mostram como essa reorganização — saindo do foco exclusivo nos especialistas e revalorizando o cuidado generalista — melhora desfechos, reduz custos e aumenta a satisfação de quem cuida e de quem é cuidado. Uma conversa essencial pra quem acredita que a força da APS está na relação, na confiança e na presença contínua. Referência: KIDD, Michael (Ed.). Family medicine: the classic papers. CRC Press, 2016.
Neste episódio, mergulhamos no poderoso ensaio de Harvey Chochinov, referência mundial em cuidados paliativos, intitulado “Dignidade e a essência da medicina: o A, B, C e D dos cuidados que preservam a dignidade”. Em um tempo em que a medicina corre o risco de ser engolida pela pressa, pela tecnologia e pela lógica da produtividade, Chochinov nos convida a lembrar o que há de mais essencial no ato de cuidar: preservar a dignidade de quem está diante de nós. O episódio apresenta os quatro pilares do modelo proposto por ele — Atitude, Comportamento, Compaixão e Diálogo — como bússolas éticas e práticas para guiar qualquer profissional de saúde, em qualquer cenário. Uma conversa necessária sobre escuta, presença, delicadeza e o impacto profundo que a forma de cuidar pode ter na percepção de valor, autonomia e sentido para o paciente. Referência: KIDD, Michael (Ed.). Family medicine: the classic papers. CRC Press, 2016.
Neste episódio, mergulhamos em mais um texto essencial de Barbara Starfield, publicado em 2007: “Saúde Global, Equidade e Atenção Primária”. A partir desse artigo visionário, discutimos o papel estratégico da medicina de família na promoção da equidade, da eficiência e da sustentabilidade dos sistemas de saúde, especialmente frente ao crescimento das doenças crônicas e da multimorbidade no século XXI. A Dra. Katherine Rouleau, responsável por nomear este artigo como um “clássico”, destaca a importância de fortalecer a advocacia internacional pela APS. Já a própria Starfield reforça que, apesar da diversidade nas práticas ao redor do mundo, a essência da medicina familiar está no foco na pessoa e na população, e não nas doenças. Um episódio que convida à reflexão sobre o lugar da MFC como agente de transformação social — local e globalmente. Referência: KIDD, Michael (Ed.). Family medicine: the classic papers. CRC Press, 2016.
✨ Estreia da série “Este Caso Sou Eu” ✨
Neste primeiro episódio, convidamos você a entrar em uma narrativa que mistura literatura e clínica, onde cada detalhe da vida cotidiana se transforma em pista para compreender o adoecimento.
“Turno da Madrugada” conta a história de uma trabalhadora que chega à UBS em busca de respostas para uma dor no peito que insiste em acompanhá-la. Entre corredores iluminados por néon e prateleiras de supermercado, sua rotina revela muito mais do que sintomas — revela o peso invisível que tantas pessoas carregam no corpo e na alma.
Nesta série, cada episódio traz um conto inspirado em casos reais, narrados de forma humana, sensível e técnica. O objetivo é iluminar a experiência de adoecer, mostrando como o cuidado em saúde vai além do diagnóstico: é também escuta, interpretação e reconstrução de sentidos.
📌 Episódio 1 – Turno da Madrugada
📖 Diagnóstico: Costocondrite (síndrome da parede torácica).
🎧 Uma história que começa com dor, mas se abre em compreensão e cuidado.
Neste episódio, voltamos os olhos para um dos marcos mais importantes da história da saúde pública brasileira: o Programa Saúde da Família (PSF) — e mais especificamente, seu impacto comprovado na redução da mortalidade infantil no país. A partir do estudo clássico de James Macinko et al., publicado em 2006, analisamos como o aumento da cobertura do PSF entre 1990 e 2002 esteve fortemente associado à queda nas taxas de mortalidade infantil, mesmo após o controle de variáveis socioeconômicas. Discutimos o contexto histórico de implementação do programa, a composição das equipes e os desafios enfrentados, além de destacar a importância de pesquisas robustas que mostram, com dados, aquilo que a prática já vinha indicando: quando a atenção primária é bem feita, vidas são salvas. Um episódio potente que conecta ciência, política pública e cuidado real.Referência: KIDD, Michael (Ed.). Family medicine: the classic papers. CRC Press, 2016.