Num paralelismo entre a arquitectura corbuseriana e a arquitectura moderna portuguesa concluímos que tal como na obra do mestre os últimos anos são marcados por uma forte influência da arquitectura tropical e da forma como um fim em si mesmo, caminho que divergia das primeiras teorias sobre a morfologia que explicitamente afirmavam que o exterior deveria ser uma consequência do interior.
Neste episódio refletimos sobre o que é um portfólio. Sobre a importância que tem em marcar o nosso percurso através da faculdade e em lançar a nossa carreira. O nosso portfólio é um testemunho da nossa essência enquanto arquitectos, e da importância que damos ao nosso trabalho. Mas como fazê-lo?
Qual é o impacto da luz artificial na imagem da cidade? Na reconfiguração formal da arquitectura? Que oportunidades abre nas tradicionais meditações sobre o espaço público de que tanto falamos? Numa coletânea de exemplos, abordámos a questão da luz elétrica como um milagre técnico e artístico. Afinal, admirar a arquitectura de noite é um dos privilégios da modernidade.
O culto gerado em torno do futebol converteu o desporto rei numa verdadeira religião. Os campos de treino são as suas igrejas, os estádios as catedrais. Mas que limites morais e excessos ambientais se podem ultrapassar naquilo que parece ser uma cruzada na redefinição da paisagem e do território? Após uma breve paragem em Lisboa e no Mónaco seguimos em direção aos países árabes onde se constroem os santuários da contemporaneidade.
Falemos sobre Inteligência Artificial. Um tópico quente no mundo de hoje, controverso até, sobretudo nas áreas mais creativas. Seremos nós, arquitetos, substituídos por algoritmos que com um punhado cheio de parâmetros convertem as mais difíceis problemáticas em obras de arte edificadas desde o primeiro esquisso do arquiteto à inauguração da obra? Neste episódio, abordamos esta temática numa perspetiva utópica sem esquecer, porém, a distopia nela escondida.
Mudar de casa. Algo tão peculiar como mudar o espaço onde se vive pode mudar tanto a nossa rotina como a nossa personalidade, num misto de perda mas também de renovação. Esta ideia do espaço enquanto "repositório de memórias" confere-lhe um caráter espiritual que transcende o carácter físico da construção. Que o digam as grandes obras, as grandes cidades e os grandes arquitectos da história.
A Arquitectura, para nós, deve ser construída. Mas muitas vezes o processo de construção dá-nos a insatisfação de uma idealidade tornada realidade. É somente quando aceitamos a imperfeição da obra acabada que nos reconciliamos com a nossa prática e que nos lembramos que, como em tudo, o bom por vezes é suficiente.
Em mais uma reflexão sobre a organização do Atelier, dedicámos a conversa à dinâmica intra-muros das equipas de arquitectura.
Em mais uma reflexão sobre a organização do Atelier, dedicámos a conversa à dinâmica intra-muros das equipas de arquitectura.
Os temas da primeira sessão foram tantos que decidimos dividir a conversa a meio e lançar dois episódios consecutivos
Com ideias novas e de cabeça fresca, o barradeespaços renasce naquilo que se perspetiva ser mais uma temporada cheia de sucessos.
Depois de uma longa pausa, o podcast barradeespaços volta ao activo! Este é o primeiro episódio de uma coleção de conversas onde serão recordados os cinco anos de faculdade, incluindo o período da Tese Final da Mestrado. É num tom mais pessoal que serão expostos os momentos mais significativos do curso, considerando tanto as suas virtudes como as suas vicissitudes, justapondo as experiências de dois alunos que concluíram recentemente o Mestrado Integrado em Arquitetura, na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.
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Música/Genérico: Blackbird - Brad Melhdau Trio
Com um legado incomensurável na história da arquitetura, quer como disciplina quer como profissão, Paulo Mendes da Rocha faleceu no passado dia 23 de maio de 2021.
Afirmando que “tudo é projeto”, foi um dos pioneiros da linha de pensamento característica da denominada Escola Paulista, liderada por Vilanova Artigas, que reúne princípios que são legíveis na sua obra, nomeadamente o que se pode apelidar de “verdade estrutural”.
Por vezes apelidado como herdeiro do Brutalismo, negava ser prisioneiro de qualquer estilo arquitetónico, reinventando-se sucessivamente ao longo da sua carreira, com uma panóplia de intervenções com diferentes programas e lugares. A sua sapiência era demonstrada não só na sofisticação dos seus projetos, mas também sua capacidade de síntese, resolvendo os problemas e propondo soluções simples sem comprometer a riqueza espacial.
Assim, neste episódio abordamos a obra e património que Paulo Mendes da Rocha deixou, prestando homenagem a esta figura incontornável da arquitetura e refletindo como este nos influenciou enquanto estudantes e futuros arquitetos.
Links a consultar:
“Tudo é Projeto”, 2017
https://www.imdb.com/title/tt7514536/
“Tudo é Projeto” - Conversa entre Paulo Mendes da Rocha e Carlos Magno
https://www.youtube.com/watch?v=389C9Uffpq8
Obras de Arquitectura:
Museu dos Coches, Lisboa, 2008.2015
https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/16.183/5961
Ginásio do Clube Atlético Paulistano, São Paulo, 1957
https://www.archdaily.com.br/br/01-139826/classicos-da-arquitetura-ginasio-do-clube-atletico-paulistano-slash-paulo-mendes-da-rocha-e-joao-de-gennaro
Casa Paulo Mendes da Rocha/Casa no Butantã, São Paulo, 1964
https://arquitecturaviva.com/works/casa-mendes-da-rocha-2
Casa Masetti, São Paulo, 1967
https://arquitecturaviva.com/works/casa-masetti-5
Pavilhão do Brasil, Osaka, 1969
https://arquitecturaviva.com/works/pabellon-de-brasil-en-la-expo-70-10
Capela de São Pedro, Campos do Jordão, 1987-1989
https://arquitecturaviva.com/works/capilla-de-san-pedro-5
Loja Forma, São Paulo, 1987-1994
https://arquitecturaviva.com/works/tienda-forma-2
MUBE, São Paulo, 1995
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.018/828
https://www.archdaily.com/444881/museu-brasileiro-de-escultura-mube-paulo-mendes-da-rocha
Cais das Artes, Vitória, 2007-2011
https://arquitecturaviva.com/works/muelle-de-las-artes-0
Casa do Quelhas, Lisboa, 2017
https://www.ilobo.pt/Quelhas.html
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Música/Genérico: Blackbird - Brad Melhdau Trio
Da ficção científica aos super-heróis, dos documentários aos musicais, passando pelos romances, comédias e thrillers, arquitectura e cinema vivem interligados há mais de um século. Se por um lado o cinema não existe sem a arquitectura e sem a sua capacidade para nos despertar emoções através de cenários ou de paisagens urbanas sublimes, também é verdade que a arquitectura beneficiou da liberdade criativa e dos limites a que o cinema a levou. No reconhecimento desta interdependência, dedicámos este episódio a explorar a arquitectura em alguns clássicos do cinema, tais como Blade Runner, 2001 Odisseia no Espaço e Metropolis, procurando sempre reflectir sobre o que torna esta relação tão especial.
Filmes referidos no Episódio:
"2001 Odisseia no Espaço", Stanley Kubrick, 1968, Metro-Goldwin-Mayer
https://www.imdb.com/title/tt0062622/?ref_=nv_sr_srsg_0
"Blade Runner", Ridley Scott, 1982, The Ladd Company
https://www.imdb.com/title/tt0083658/?ref_=nv_sr_srsg_3
"Metropolis", Fritz Lang, 1927, Universum Film AG
https://www.imdb.com/title/tt0017136/
"Dredd", Pete Travis, 2012, várias
https://www.imdb.com/title/tt1343727/
"The Rocketeer", Joe Johnston, 1991, Walt Disney Pictures
https://www.imdb.com/title/tt0102803/?ref_=nv_sr_srsg_0
"12 Angry Man", Sidney Lumet, 1957, United Artists
https://www.imdb.com/title/tt0050083/?ref_=nv_sr_srsg_0
"Parasite", Bong Joon-ho, 2019, Barunson E&A Corp
https://www.imdb.com/title/tt6751668/
"Jodorowsky's Dune", Frank Pavich, 2013, várias
https://www.imdb.com/title/tt1935156/?ref_=nv_sr_srsg_6
Obras de Arquitectura:
Frank Lloyd Wright, "Ennis House", 1924, Los Angeles
https://franklloydwright.org/site/ennis-house/
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Música/Genérico: Blackbird - Brad Melhdau Trio
Da arquitectura regionalista às abordagens mais arrojadas, o Pritzker tem distinguido ao longo dos anos várias perspectivas em relação ao acto de construir. No ano de 2021 foi a vez da dupla francesa Lacaton & Vassal, formada no ano de 1987 em Paris. O atelier transparece menos do que realmente é, possivelmente em virtude de a própria natureza do seu trabalho se encontrar assente em princípios menos comuns à prática da nossa profissão, pelo menos no que à relação com o mercado diz respeito. Conceitos como a ‘não demolição’, a transformação como alternativa à reconstrução, a generosidade do espaço no que toca à habitação de custos controlados, a forma do edifício enquanto consequência direta do seu interior e um discurso de sustentabilidade assente na reutilização do já construído tornam a obra deste atelier formalmente peculiar mas cheia de interesse sociológico. Neste episódio debruçámo-nos sobre todos eles para perceber se estamos perante um novo paradigma arquitectónico ou se a sua obra é apenas fruto de um contexto único, singular e irrepetível.
Obras referidas no Podcast:
FRAC Nord-Pas de Calais, Dunkerque, 2013:
https://www.lacatonvassal.com/index.php?idp=61
Transformation de 530 lodgements, bâtiments G, H, I, quartier du Grand Parc,Druot, Hutin:
https://www.lacatonvassal.com/index.php?idp=80
Conferência de Jean-Philippe Vassal na Royal Academy:
https://www.dezeen.com/2021/03/21/pritzker-architecture-prize-winner-jean-philippe-vassal-royal-academy-lecture/
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Música/Genérico: Blackbird - Brad Melhdau Trio
Neste episódio falámos sobre a importância do desenho para a prática da arquitectura, não só à luz dos nossos dias como num espectro temporal mais alargado, tanto como ferramenta de comunicação mas também como auxiliar ao pensamento.
Entre o passado e o futuro, que papel assumiu o desenho na evolução da nossa profissão e que peso tem ainda na nossa formação? Qual a sua utilidade face ao progresso tecnológico e ao surgimento de novas ferramentas digitais? Será só o Ser Humano que faz o desenho, ou também o desenho que faz o Ser Humano?
São algumas das questões que abordámos nesta sessão.
Links a consultar
"Paul Rudoplh Renderings 1952 - 1954" - https://www.atlasofplaces.com/architecture/renderings/
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