
Álvares de Azevedo (1831 - 1852) foi um escritor brasileiro que pertenceu à segunda geração do romantismo, também conhecida como fase ultrarromântica ou "mal do século".
Mesmo tendo vivido apenas 20 anos, o autor marcou a nossa história e o seu universo literário sombrio e melancólico passou a integrar o cânone nacional.
Este é um poema bastante célebre do autor que ilustra a sua conduta de exaltação e idealização do sentimento amoroso.
Embora fique evidente que o sujeito associa o amor ao sofrimento, através de um vocabulário que remete para a fragilidade e a tristeza, ele encara o relacionamento como a única possibilidade de salvação.
Na ânsia de fugir da realidade, o "descanso eterno" ao lado da amada parece ser a melhor forma de evitar a dor. Por isso, o eu-lírico não esconde que sonha com uma morte conjunta, ao estilo de Romeu e Julieta