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RBP 253: Short Friday — Em casa de ferreiro, o espeto é de pau.
Minha mãe ia precisar resolver um problema no centro da cidade. Meu pai estava trabalhando e eles não tinham com quem me deixar, já que não tínhamos parentes que morassem próximo. Tínhamos amigos da família, mas nenhum tinha filhos da minha idade. Foi aí que eu disse que queria ir para a casa do Gutinho, meu amigo da escola. Ele se gabava de que os pais eram ricos, donos de confeitaria e de churrascaria. E a ideia era ir para lá, porque com certeza eles teriam comida gostosa, doce e salgada. Era isso, eu ia tirar minha barriga da miséria!
Minha mãe ligou para a casa de Gutinho e acertou tudo.
A casa era grande e o quarto de Gutinho tinha muitos brinquedos. Nos divertimos à beça, mas minhas expectativas eram para a hora do almoço. Já sabia o que iria escolher: um belo pedaço de carne mal-passada e uma fatia de bolo de chocolate na sobremesa.
Nos sentamos na mesa e quando a mãe dele me entregou o prato, que decepção!
Era arroz sem sal, feijão sem gosto e um ovo frito... Até casca encontrei no ovo. De sobremesa, só um docinho de banana, daqueles industrializados.
É como dizem: em casa de ferreiro o espeto é de pau.
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Minha mãe ia precisar resolver um problema no centro da cidade. Meu pai estava trabalhando e eles não tinham com quem me deixar, já que não tínhamos parentes que morassem próximo. Tínhamos amigos da família, mas nenhum tinha filhos da minha idade. Foi aí que eu disse que queria ir para a casa do Gutinho, meu amigo da escola. Ele se gabava de que os pais eram ricos, donos de confeitaria e de churrascaria. E a ideia era ir para lá, porque com certeza eles teriam comida gostosa, doce e salgada. Era isso, eu ia tirar minha barriga da miséria!
Minha mãe ligou para a casa de Gutinho e acertou tudo.
A casa era grande e o quarto de Gutinho tinha muitos brinquedos. Nos divertimos à beça, mas minhas expectativas eram para a hora do almoço. Já sabia o que iria escolher: um belo pedaço de carne mal-passada e uma fatia de bolo de chocolate na sobremesa.
Nos sentamos na mesa e quando a mãe dele me entregou o prato, que decepção!
Era arroz sem sal, feijão sem gosto e um ovo frito... Até casca encontrei no ovo. De sobremesa, só um docinho de banana, daqueles industrializados.
É como dizem: em casa de ferreiro o espeto é de pau.

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RBP 247: Short Friday — A Cigarra e a Formiga
Era uma vez uma Cigarra. Ela era muito boa vida, adorava aproveitar o tempo livre e detestava o trabalho. De vez em quando ela trabalhava, mas o tempo estava tão bom, por que desperdiçar aquele dia maravilhoso com trabalho? “Trabalho? Eca! Comigo não, violão,” dizia a dona Cigarra. “Eu é que não vou fazer como a trouxa da Formiga e jogar fora os meus anos de juventude.”
E a Formiga de que a Cigarra falava era uma vizinha sua. A Formiga se acordava muito cedo e dormia muito tarde, sempre a trabalhar. Carrega folha daqui, cava buraco dali... Não faltava trabalho para a Formiga fazer. E a Formiga tinha lá suas opiniões sobre a Cigarra. “Imagina só,” dizia para si mesma a Formiga, “quando o inverno chegar, essazinha aí vai sofrer as consequências.”
E a Formiga pensava assim por causa do inverno. Ela era uma formiga jovem e ainda não tinha passado por um inverno em Salvador. Mas todas as outras formigas diziam que era terrível e que nessa época não dava para trabalhar nada, então era bom juntar o máximo de comida agora mesmo. Como se dizia por aí, o seguro morreu de velho.
E numa tarde dessas, a laboriosa Formiga passava por onde a Cigarra tocava seu violão. Quando se viram, elas trocaram um olhar nada amistoso e fizeram um muxoxo.
“Quero ver é quando o inverno chegar,” disse a Formiga, em tom de ameaça.
“Quero ver é quando a idade chegar,” disse a Cigarra em tom de deboche.
Mas o que chegou mesmo foi o inverno.
E, como todo mundo sabe, o inverno em Salvador é uma chuva sem fim. As ruas se alagam, os morros desabam, todo mundo sofre, inclusive sofrem a Formiga e a Cigarra, que são bem ordinárias. A chuva carregou a Formiga e seu formigueiro, a ch