
Herança dos escravos, passada de geração em geração, o "Natal dos Bragantinos", como também é apelidada a festividade, é vivenciada pelo povo da região com danças ancestrais, como o chorado, o xote, a mazurca, a marujada e o retumbão. Ritmos marcados pelo soar dos batuques, que acompanham as coreografias e se misturam às cores das roupas dos marujos e marujas, fiéis do santo, onde os homens, com chapéus adornados com uma flor vermelha e espelhos, se vestem todos de branco e as mulheres trajam saia vermelha, blusa de cambraia e chapéu de penas, adornadas com colares coloridos.
A marujada de São Benedito é uma das maiores tradições culturais-religiosas, que encontra sua expressão, não somente na procissão, mas nos ensaios, no almoço dos juízes e das juízas, em todas as esmolações promovidas por equipes de pessoas que conduzem as imagens de São Benedito, cantando os benditos ao som dos tambores, pelas regiões dos campos, das colônias e das praias, entre maio e dezembro percorrendo longas distâncias. São fiéis que levam essa devoção por várias regiões da zona bragantina.