
Boa noite, pessoal! Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast. Mas antes de falarmos de ferramentas, prompts e aplicativos que usam Inteligência Artificial, eu quero começar com algo mais humano: uma história. Sim, eu confesso — gosto de contar histórias. Porque entender a origem da IA não é apenas sobre tecnologia, é sobre pessoas, medos e decisões que moldaram o mundo digital em que vivemos hoje. Essa história começa de forma improvável: em uma festa de aniversário. Era o aniversário de 44 anos de Elon Musk, em julho de 2015. O local? Napa Valley, Califórnia — um paraíso entre vinhedos e colinas, onde o Vale do Silício costuma celebrar suas conquistas. Naquele momento, Musk já era um homem de influência quase mítica: cofundador do PayPal, investidor da Tesla e comandante da SpaceX — empresa que já operava em parceria com a NASA. Mas havia algo que o tirava o sono: o futuro da Inteligência Artificial. Musk via na IA o mesmo potencial dual que um dia a humanidade encontrou na energia nuclear — uma força capaz de iluminar cidades, mas também de destruir civilizações. Essa preocupação não era mero capricho. Ele já havia investido milhões na DeepMind, uma empresa inglesa de IA que treinava sistemas capazes de aprender sozinhos, jogando videogames e vencendo humanos em tarefas cognitivas complexas. Porém, em 2014, o Google comprou a DeepMind — vencendo uma disputa feroz com o Facebook. E o detalhe é que, para conseguir o negócio, o Google aceitou uma condição pouco comum: a de nunca usar as descobertas da empresa para fins militares. Musk, desconfiado, não gostou do rumo. Ele propôs a criação de um comitê de ética para fiscalizar os avanços em IA — mas sua sugestão foi ignorada. Na festa de aniversário, cercado por empresários e cientistas brilhantes, Musk travou um debate acalorado com Larry Page, cofundador do Google. Page argumentava que, se a inteligência artificial superasse a humana, isso seria apenas uma continuação natural da evolução — afinal, o progresso sempre segue em frente. Musk discordava. Ele acreditava que a IA precisava de limites éticos, ou poderia sair do controle. Daquele diálogo, entre taças de vinho e egos gigantes, nasceu uma ideia perigosa — e necessária. Musk decidiu agir. Duas semanas depois, em um jantar discreto no luxuoso hotel Rosewood, no coração do Vale do Silício, Musk reuniu um grupo de mentes brilhantes: Sam Altman, Greg Brockman e Ilya Sutskever — nomes que mais tarde se tornariam sinônimos de inovação em IA. Ali, entre pratos de massa e discussões sobre o destino da humanidade, eles firmaram um pacto: criar uma organização aberta, transparente e ética dedicada a desenvolver inteligência artificial para o bem coletivo. E assim nasceu a OpenAI — uma instituição sem fins lucrativos, cujo propósito era garantir que os avanços da IA fossem acessíveis a todos e servissem à humanidade, não apenas a grandes corporações. O que começou como um ato de inquietação pessoal se transformaria em uma das revoluções tecnológicas mais importantes do século. A partir daí, a corrida pela inteligência artificial tomaria um rumo novo — com sonhos, conflitos, descobertas e dilemas morais que ainda estamos aprendendo a enfrentar. Mas essa é apenas a primeira parte da nossa história. Agora vamos ver como a OpenAI se ergueu diante de gigantes como o Google e a Meta, e como um simples modelo de linguagem — o GPT — começou a mudar o jeito como o mundo escreve, conversa e pensa. Depois daquela reunião no Rosewood, o grupo liderado por Elon Musk e Sam Altman iniciou uma jornada ambiciosa. A OpenAI nascia com um ideal quase utópico: democratizar a inteligência artificial. O objetivo não era ganhar dinheiro, e sim garantir que o poder da IA não ficasse restrito às grandes corporações. Mas logo o sonho encontrou a realidade. Desenvolver IA é algo caro — muito caro. Era preciso poder de processamento, cientistas, linguistas, engenheiros de software, matemáticos e uma estrutura gigantesca.