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Pensando o Brasil
CIEE
85 episodes
13 hours ago
Versão podcast do programa de entrevista ancorado pelo jornalista Adalberto Piotto. É voltado ao debate aprofundado de temas que mídia tradicional não aborda, mas afeta o dia a dia das pessoas e o futuro do País.
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Society & Culture
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Versão podcast do programa de entrevista ancorado pelo jornalista Adalberto Piotto. É voltado ao debate aprofundado de temas que mídia tradicional não aborda, mas afeta o dia a dia das pessoas e o futuro do País.
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Society & Culture
Episodes (20/85)
Pensando o Brasil
O Brasil em quadrinhos: entrevista com Mauricio de Sousa, escritor, desenhista, empresário

Os brasileiros adultos que hoje tomam decisões no país, seja no poder público ou nas empresas do setor privado, muito provavelmente leram os gibis da Turma da Mônica. Seus filhos também. Seus netos leem. Seus bisnetos lerão.

A Turma da Mônica é um fenômeno criado pelo desenhista, cartunista e escritor Mauricio de Sousa que parece não ter fronteiras de gerações, tamanha a empatia que construiu com o imaginário infanto-juvenil ao longo de décadas e que ainda gera uma relação de afeto recíproco entre público e autor. Nas bienais do livro pelo país, Mauricio provocava multidões em filas intermináveis para saraus e sessões de autógrafos.

Nesta entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Mauricio foi perguntado justamente sobre isso, sobre como é saber que gerações de brasileiros leem os gibis e assistem aos desenhos nos canais infantis, além de consumir produtos com a imagem dos seus personagens, que frequentemente superam os grandes ícones da fantasia internacionais.

“É uma imensa responsabilidade”, disse ele. Aos 87 anos de idade, Mauricio não para de trabalhar, diz que trabalhou ainda mais durante a pandemia e que se sente revigorado com a vida porque trabalha com jovens que trazem novidades e que cada vez mais se envolvem com a ciência.

Aliás, ciência é tema da conversa quando ele fala sobre meio ambiente, de suas lembranças de férias na casa de uma tia que morava ao lado do rio Tietê em São Paulo, com “água limpa” - ele faz questão de frisar - e que também é tema de seu último livro “Sou um rio”, recentemente lançado. Diz que vai divulgar ainda mais a ciência às crianças e que seu personagem Franjinha será o interlocutor desta narrativa.

No bate-papo, Mauricio de Sousa ainda contou sobre suas inspirações nos gibis de sua infância, o “não” quase traumático que levou quando tentou vender seus primeiros desenhos à empresa Folha da Manhã, seu trabalho como revisor do jornal, repórter policial e como seu sonho lhe fez ser um empreendedor de sucesso.

Fala também de Chico Bento, de o quanto o personagem é querido pelos chineses e até dos latidos do Bidu, durante a gravação em sua casa.

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3 years ago
32 minutes 55 seconds

Pensando o Brasil
A globalização dos brasileiros: entrevista com Alvaro Lima, pesquisador

Economista de formação, ele é autor do livro “Os brasileiros nos EUA” e de várias pesquisas sobre a realidade dos brasileiros que vivem no exterior.

A sua própria condição bem-sucedida de imigrante, de funcionário de um órgão da administração pública americana, mostra que os brasileiros têm avançado na vida política e econômica dos países para os quais decidiram migrar.

Nesta entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Alvaro faz uma análise aprofundada não só da vida brasileira no exterior, mas como discursos economicamente protecionistas e moralmente preconceituosos estão sendo expostos mundo afora de maneira nunca antes vista, justamente porque se ampliaram as pressões de organizações de direitos humanos.

A globalização dos anos 90 causou enorme mudança no perfil das populações nos países no mundo todo, sobretudo em países economicamente mais poderosos, com alto poder de atração de estrangeiros. Nos Estados Unidos, ele diz perceber que a sociedade americana tradicional tem receio dessas mudanças e de se tornar minoria dentro de seus países, sem dar o devido valor às contribuições socioeconômicas dos imigrantes.

“Aqui nos Estados Unidos, quando um americano vê um imigrante, ele vai logo dizendo com orgulho que os EUA são um país de imigrantes. Mas é preciso que tenham orgulho não apenas do imigrante do passado, mas também os do presente”, diz ele.

Na conversa, Alvaro ainda mostra o tamanho das perdas econômicas e sociais pelo recrudescimento das leis de imigração, tanto para os países quanto para as pessoas. “O país que formou um profissional perde com a migração em si. E o país que recebe não absorve o talento do imigrante porque não lhe dá um visto de trabalho na sua área de formação. É uma perda dupla para o mundo!”

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3 years ago
36 minutes 14 seconds

Pensando o Brasil
O potencial da bioeconomia brasileira: entrevista com Gesner Oliveira, economista e professor

Para o economista Gesner Oliveira, a agenda do meio ambiente, tema tão polêmico nas relações internacionais entre o Brasil e o mundo, é a favor do país.

Professor da Fundação Getúlio Vargas e Coordenador do Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais, além de sócio da consultoria GO Associados, ele diz que se hoje já colhemos uma mega safra de soja, temos todas as condições de colher igualmente uma safra de produtos ecossistêmicos de alto valor agregado, o que colocaria o país na vanguarda da economia verde global.

O Brasil é, pela extensão territorial, os recursos hídricos e ambientais e pela grandiosidade da Amazônia territorial em si, uma potência de bioeconomia que tem tudo para liderar as ações globais de contenção e redução de danos ao planeta, transformando a economia mundial de maneira única e sustentável.

Na entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Gesner Oliveira não reduz a importância do agronegócio brasileiro na equação da nova economia. Na verdade, agrega ambos os talentos nacionais. Se por um lado já somos o imprescindível celeiro de alimentos para o mundo, razão de boa parte das críticas internacionais que recebemos, dada a eficiência e a competitividade brasileiras no campo, por outro lado, precisamos liderar a bioeconomia planetária por iniciativa própria, apresentar projetos e avançar na agenda ambiental. Os recursos viriam como consequência natural de ações brasileiras de liderança.

O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode crescer sem gerar problemas maiores de emissão, dada a matriz energética majoritariamente limpa das hidrelétricas e com o benefício de crescimento exponencial da geração de energia solar e eólica.

Durante a conversa, Gesner ainda analisa o grande avanço da infraestrutura no atual governo de Jair Bolsonaro, que teve o mérito de manter e ampliar ainda mais as bases estabelecidas no governo Temer, fala do respeito aos contratos, apesar de casos de insegurança jurídica, e do perfil do investidor de longo prazo que tem chegado ao país, com visão de futuro que se dissocia do barulho político do dia a dia ao olhar pra frente.

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3 years ago
32 minutes 45 seconds

Pensando o Brasil
Saneamento básico é lei! - Entrevista com Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil

O saneamento básico no Brasil, agora, é lei! Depois de quatro anos de discussão no governo e no Congresso, em julho de 2020, a nova lei do saneamento foi promulgada pelo presidente Jair Bolsonaro.

A legislação vigente é resultado do novo marco regulatório do setor que substituiu a antiga lei de 2007 que, em pouco tempo, mostrou-se incapaz de enfrentar o problema porque privilegiava as antigas estatais que atuavam no setor sem impor metas de eficiência e prazo de realização das obras.

Agora, até 2033, 99% dos brasileiros deverão ter acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgotos. Metas e prazos estabelecidos em lei com necessidade de comprovação de capacidade técnica e financeira das empresas que vão se apresentar para oferecer o serviço.

Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, diz que os diferenciais da nova lei são claros e rígidos para se garantir o atingimento das metas, permitindo que apenas empresas que comprovem condições reais de oferta do serviço, com qualidade no prazo estipulado, serão aceitas na oferta das concessões no início do ano de 2022.

Desta vez, o avanço do saneamento no Brasil tende a ser efetivo não apenas pelo arcabouço legal mais exigente, realista e factível, mas porque a população evoluiu na compreensão do saneamento básico, nos benefícios socioeconômicos que trazem a oferta ampla de água potável e tratamento de esgotos e, com isso, um nível mais elevado de acompanhamento público dos serviços prestados.

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3 years ago
33 minutes 46 seconds

Pensando o Brasil
As travas do Brasil: entrevista com Jorge Maranhão, escritor

Como juntar num único debate os diversos projetos para o Brasil, a discussão sobre governo e sociedade, esquerda e direita, o real conservadorismo brasileiro, a urgência em se ter elites pensantes à serviço do país, a ainda resiliente mania nacional de nos discutirmos a partir da opinião de estrangeiros, a insensata busca de fóruns internacionais para críticas domésticas a opositores domésticos e, por fim, darmos o passo definitivo ao futuro que nos prometemos enquanto sociedade?

Para o escritor Jorge Maranhão, empreendedor social, editor do portal “A voz do cidadão” e autor do livro “Destorcer o Brasil”, toda essa discussão passa pelo que ele chama de compreender e superar nosso “Barroquismo Mental”.

Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, ele diz que o “barroquismo” como defeito de conduta não se reporta à riqueza da arte e do estilo arquitetônico do Barroco, movimento artístico que começou no século XVI, que domina muito da paisagem histórica de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. É a “exacerbação de tudo”, que se na arte é uma qualidade, na vida real não combina com a objetividade e a funcionalidade precisa, célere e eficiente que as atividades de órgãos públicos e mesmo do setor privado demandam.

“O Barroquismo cultural na Justiça é o ‘juridiquês’ inacessível e a lentidão de julgamentos sob a imensidão de recursos que protelam o real senso de justiça para um grupo de privilegiados”, diz ele. “Na política, é o desvirtuamento da noção de servidor público ou do político eleito de se imaginarem uma casta superior na hora de servir ao público”, complementa.

Na conversa, Jorge Maranhão ainda fala da aliança no Brasil entre liberais na economia e conservadores nos costumes – uma tese defendida por Paulo Guedes, ministro da Economia -, dos valores da monarquia, do próprio Dom Pedro II, do passado de homens públicos como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, da capacidade preservacionista dos indígenas brasileiros em meio ao debate ambiental e do avanço na participação dos brasileiros na vida pública do país.

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3 years ago
37 minutes 40 seconds

Pensando o Brasil
O agro que veio para o debate: entrevista com Camila Telles, agroinfluencer

Que o agronegócio é fundamental para a vida brasileira, é fato.

Que o agronegócio é um dos setores que mais se desenvolveram no país, garantindo sucessivos superávits comerciais nas contas externas, é produtivo e eficiente, bem, tudo isso são fatos comprovados pelos números.

Que o agro tornou o Brasil um celeiro de alimentos em expansão com condições de garantir o sustento da crescente população mundial, é notório.

Então, qual a razão para ser um dos setores mais criticados, dentro e fora do país, com acusações de ser o vilão do meio ambiente e da insegurança alimentar?

Para Camila Telles, a jovem produtora rural gaúcha que se tornou uma celebridade da internet ao defender os produtores rurais brasileiros, são várias as explicações. A começar da histórica falta de comunicação do setor com a sociedade.

Em entrevista ao "Pensando o Brasil com Adalberto Piotto", pela TV CIEE, ela conta que se de um lado o setor se comunica mal, do outro, a mídia é mal formada sobre o tema da produção agropecuária brasileira, artistas e ativistas confundem as pessoas com visões ideológicas em vez de informação, e a polarização política nacional contamina o debate. Além, claro, de disputas comerciais internacionais com o agro brasileiro, altamente competitivo, que expõe a ineficiência de outros países no campo, sobretudo os europeus.

Na conversa, Camila Telles, que é formada em Relações Públicas, disse que ao ver tanta informação deturpada e ataques injustos decidiu fazer vídeos explicativos que contam a vida do produtor rural do país como ela é, dos seus feitos e tudo o que setor investe e faz para promover um agronegócio sustentável, combatendo o que considera "fake news" e lacrações contra a produção agropecuária brasileira. Incluindo um vídeo em que fez uma paródia de uma música de sucesso da cantora Anitta, no qual desmente a artista e que acabou viralizando na internet.

Na entrevista, Camila ainda fala de agricultura biodinâmica, a polêmica sobre defensivos agrícolas, povos indígenas produtores de soja, de Greta, de Macron e dos brasileiros.


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4 years ago
35 minutes 14 seconds

Pensando o Brasil
Pensando o Brasil, com Denise Frossard, Juíza de Direito

Muito antes da operação Lava Jato de combate à corrupção, a juíza Denise Frossard condenou, nos anos 90, quatorze contraventores e chefões do Jogo do Bicho à cadeia por liderar quadrilhas criminosas. Foi um dos mais emblemáticos casos de combate ao crime organizado. Denise Frossard ainda foi deputada federal e, ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, diz que o limite da liberdade de expressão é o ódio.

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4 years ago
46 minutes 27 seconds

Pensando o Brasil
“O Brasil dos brasileiros nos EUA”: entrevista com a advogada Genilde

Desde a redemocratização do Brasil, no início dos anos 80, o país colecionou sucessos e retrocessos na percepção da vida pelos brasileiros. E avanços e solavancos na intensa vida econômica de vários planos pelos quais passamos. Isso tudo gerou em parte significativa da população um sentimento interno de conflito entre ficar pra ver e fazer o Brasil dar certo e se aventurar numa vida no exterior.

Desde a primeira grande fuga de cérebros e de mão de obra da década de 80 até hoje, como são e como pensam atualmente os brasileiros que foram tentar a vida fora, sobretudo nos Estados Unidos?

A pergunta foi feita à advogada Genilde Guerra, gaúcha radicada em Miami, no estado da Flórida, especializada em imigração e no atendimento a empresas de investidores que querem se mudar para os EUA.

Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, ela diz que o perfil desse imigrante que escolheu a vida norte-americana mudou muito ao longo do tempo. “Hoje, é formada por muita gente que decidiu ampliar seus horizontes, sendo que muitos já não fazem mais parte daquele grupo de desesperados por uma nova chance, até porque não se desligam completamente do país de origem”, diz ela.

Sócia do escritório de advocacia Kravitz & Guerra, Genilde Guerra, que é doutora pela Escola de Direito da Universidade de Miami com títulos pelas universidades de Harvard, Oxford e pelo College de Londres, aponta que o fluxo de brasileiros hoje é de gente mais preparada, sem o deslumbre inicial, seja de investidores, estudantes ou pessoas dispostas a empregos que, se no Brasil ainda têm pouco valor, nos Estados Unidos são muito valorizados.

Na conversa de pouco mais de 30 minutos, ela ainda fala da capacidade de adaptação rápida do brasileiro; que seguir ou não regras de civilidade não tem a ver com nacionalidade; sobre a atual política americana para trabalhadores estrangeiros; e dos riscos de querer entrar ilegalmente pela fronteira com o México.

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4 years ago
34 minutes 58 seconds

Pensando o Brasil
A crônica brasileira de gastronomia: entrevista com o jornalista e escritor J.A. Dias Lopes

“São Paulo é a primeira cidade do mundo a conhecer a comida

italiana como um todo”, diz o jornalista e escritor J.A. Dias Lopes,

com a experiência de hoje ser o maior pesquisador e cronista de

gastronomia do Brasil.


Gaúcho de Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai, Dias Lopes

chegou à capital paulista em 1968 para fazer parte da primeira

redação da revista Veja. Com 23 anos na icônica publicação, dois

prêmios Esso e uma longa temporada como correspondente na Itália,

onde cobriu as viagens do Papa João Paulo II, um dos principais

personagens do século 20, foi no retorno ao Brasil, depois de se

maravilhar com a culinária italiana, que ele começou a se dedicar a

publicações de gastronomia.


Na revista Gula, da qual foi diretor no início dos anos 90, ele viveu

um aspecto particular da abertura econômica promovida pelo governo

Collor, dada a chegada ao país de muitas importações, inclusive de

novos alimentos. Dias conta que a revista, referência em sua época,

era demandada a explicar o que eram, como se usavam e a origem

dos novos produtos importados, como “foie gras” e o macarrão do

tipo “penne”, desconhecidos da maioria e que acabaram por

incrementar e diversificar as prateleiras dos supermercados e a mesa

dos brasileiros.


Autor de colunas e blogs de gastronomia no Estadão e na Veja.com,

são vários os livros de comida publicados nos últimos anos. Embora

as publicações falem de canja, de arroz, de receitas especiais com

bacalhau, de churrasco, do gosto e da mesa de imperadores, papas e

artistas, Dias Lopes tem realçado o que ele chama de autêntica

cozinha ítalo-paulistana ou, de forma mais abrangente, porque a

pesquisa continua, da culinária ítalo-brasileira.

Declarando-se “paulistano voluntário” na sua autobiografia, ele se diz

fã – e se tornou seu mais dedicado estudioso – das transformações

que os imigrantes italianos no Brasil, em especial em São Paulo,

fizeram com receitas de DNA italiano. Dada a evidente inexistência

dos mesmos ingredientes que conheciam e usavam na terra natal, os

italianos daqui começaram a adaptar as receitas com o que encontravam

e até a criar preciosidades como o bife à parmegiana,

uma unanimidade no Brasil, inspirada num prato com berinjela,

molho e queijo, mas que nunca existiu na Itália usando carne bovina.

Na entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV

CIEE, J.A. Dias Lopes ainda fala do momento da gastronomia no país,

dos chefs brasileiros e dos novos livros que está escrevendo sobre

comida, imigração italiana e Dom Quixote de La Mancha.

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4 years ago
36 minutes

Pensando o Brasil
Comunicação efetiva e afetiva: entrevista com a fonoaudióloga Leny Kyrillos

“Comunicação não é o que sai da minha boca, mas o que chega no meu interlocutor”.

Com a frase acima, a fonoaudióloga Leny Kyrillos conceitua e determina parâmetros e objetivos inalienáveis do processo de comunicação eficiente que ela descreve como “efetiva e afetiva”.

Nesta entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Leny Kyrillos vai muito além ao demonstrar conceitos de interação humana frequentes que interferem na forma de se comunicar de cada um. E que exigem atenção, técnica, treinamento, observação e autoconhecimento - para garantir a efetividade - e real preocupação com o outro - na seara da afetividade.

Consultora de profissionais do mundo corporativo e de jornalistas de rádio e TV, Leny Kyrillos, que é mestre e doutora em Ciências dos Distúrbios da Comunicação pela Universidade Federal de São Paulo, tornou-se uma das vozes mais ouvidas do Brasil como coach de expressão oral e corporal. E notável é perceber o quanto os desafios da comunicação profissional e pessoal cresceram, o quanto as habilidades tiveram de ser aprimoradas por uma série de técnicas e estudos, científicos e observacionais, que nos ajudam hoje na tarefa de levar uma mensagem adiante que seja compreendida, acessível e gere resultados positivos.

Na conversa, a doutora Leny Kyrillos analisa esta evolução da comunicação humana e suas transformações na forma com que líderes e comunicadores trabalham a mensagem e de como essa habilidade, que já estava em constante modificação, ganhou um novo desafio: a comunicação em tempos de pandemia com a necessidade de nos adaptarmos ao uso frequente das tecnologias de videoconferência.

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4 years ago
36 minutes 29 seconds

Pensando o Brasil
Um plano de nação para o Brasil: entrevista com o General Maynard Santa Rosa

O General de Exército Maynard Santa Rosa esteve a serviço do país, como militar da ativa, por 49 anos. Em 2019, foi chamado pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos.

Com poucos dias de governo, o plano apresentado pelo general, aprovado pelo presidente, defendia uma série de ações emergenciais, com resultado no longo prazo, que desatariam nós estruturais em áreas como transporte, que visava a conexão dos estados ao norte do Rio Amazonas à malha rodoviária do país; na saúde, com o controle de moléstias tropicais; na ciência e autonomia energética, com enriquecimento de urânio pela pioneira tecnologia brasileira desenvolvida pelos cientistas da Marinha; proteção cibernética do ambiente público e privado e no mapeamento geológico do território nacional, acerca de suas riquezas minerais, além de outras medidas para a construção de um plano estratégico de nação. Tudo com meta, prazo e organização.

Deixou o cargo no final daquele mesmo ano, por falta de espaço político.

Na entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, o General Santa Rosa, hoje na reserva, defende o presidente Bolsonaro nas suas relações pessoais com os ministros e assessores, a quem ele chama de alguém de “fácil trato e idealista”, mas o critica na condução administrativa, reclamando da inexistência de preparo e planejamento das ações de governo.

E vai além da conjuntura atual ao avaliar os problemas estruturais de governabilidade estabelecidos na Constituição de 1988, cuja classe política engessou o orçamento e retirou do presidente de plantão a prerrogativa de administrar os recursos em torno do plano de governo vencedor na eleição. 

Sobram críticas também às omissões do Congresso Nacional e à intromissão do Supremo Tribunal Federal nas ações exclusivas dos outros poderes, o que atravanca a gestão, sobretudo do Executivo.

A entrevista ainda versa sobre a carência na sociedade brasileira de um plano de país, sobre política internacional, meio ambiente, participação de militares no governo e do leilão da tecnologia 5G, que envolve também questões diplomáticas com a China e o EUA.

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4 years ago
48 minutes 27 seconds

Pensando o Brasil
O real debate brasileiro: entrevista com Christian Lohbauer, cientista político

O cientista político Christian Lohbauer diz que o debate que se trava na política brasileira atualmente, por vezes raso, é ainda por causa da nossa carência histórica de educação democrática, de melhor conhecimento sobre a história do Brasil e pela origem hegemônica dos líderes dos governos desde a redemocratização. 

Na tese apontada por Lohbauer, em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, o regime autoritário empurrou a maioria dos brasileiros para o trabalho, para outras atividades que não a participação na política. Com a redemocratização, o grupo que estava na linha de frente do debate pela democracia assumiu sozinho o Brasil em sucessivos governos, desde meados dos anos 80 até o final de 2018, mesmo que por correntes ideológicas e partidos diferentes. 

Demorou muito para a maioria da sociedade de fato, o que inclui associações empresariais, profissionais liberais, os cidadãos como um todo, a se envolver com a vida pública. Agora, como participantes ativos do processo político, começaram a cobrar uma nova agenda de desenvolvimento socioeconômico real, amplo e irrestrito.

É exatamente esta transformação que enfrenta a velha política brasileira no atual debate. Insatisfeita com o pouco avanço dos últimos 35 anos, cobra dos líderes da redemocratização algo maior: competência administrativa efetiva, reformas estruturais que gerem uma eficiência administrativa e uma modernização da máquina do governo. A atual demanda é por um Brasil que funcione, por reais avanços na vida dos brasileiros, sem deixar de reconhecer as notáveis conquistas da democracia e da estabilidade da moeda.

Christian Lohbauer foi candidato a vice-presidente pelo partido Novo, na última eleição presidencial, desfiliou-se do partido que ajudou a fundar recentemente e, desde 2019, é presidente executivo da CropLife, uma associação que reúne empresas de biotecnologia para o agronegócio.

Na segunda parte desta entrevista, ele expõe com dados técnicos de pesquisa, a eficiência do Brasil na agropecuária, além dos avanços tecnológicos que, mesmo com as críticas externas e internas, colocam o país na liderança da geração de alimentos com alta produtividade e proteção ambiental.


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4 years ago
43 minutes 27 seconds

Pensando o Brasil
Língua portuguesa: culta, bela e vivíssima - entrevista com Pasquale Cipro Neto, professor

A língua que falamos é viva, é um fenômeno natural que pode absorver as transformações culturais do momento e o sotaque é uma de suas riquezas mais expressivas.

Há décadas, o professor Pasquale Cipro Neto, autor dos conceitos acima, tem feito a defesa do ensino da língua portuguesa com respeito à norma padrão, mas também a explicar e a incluir as novidades que surgem com o tempo. É dele, inclusive, a comparação entre a língua portuguesa e o guarda-roupa, em que dependendo do momento e da ocasião, você escolhe o traje e o estilo mais adequados para vestir e se comunicar, sem traumas, atendendo aos contextos do dia a dia.

Pasquale apareceu ao grande público ainda no início dos anos 90, quando convidado pela Rádio Cultura de São Paulo, da Fundação Padre Anchieta, para fazer um programa que falasse de língua portuguesa de maneira natural, com dicas do bom e sensato uso da norma culta, sem que necessariamente se parecesse com uma aula. O “Nossa Língua Portuguesa” se revelou um fenômeno de repercussão, ainda mais porque, não raro, baseava-se em letras de grandes compositores da MPB, o que reforçava o conceito do saber o português como identidade nacional brasileira, acessível e disponível. 

O sucesso foi tanto que o programa foi levado à TV Cultura, logo no ano seguinte. Por anos, o jornal Folha de S.Paulo também abraçou a ideia e publicou semanalmente a coluna “Inculta e Bela”, do professor Pasquale, com dicas de português entre o certo e o errado e citações de grandes autores. Modelo semelhante ao que usa na sua atual coluna na Rádio CBN.

Na entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Pasquale Cipro Neto, que ensinando português na televisão, no rádio e no jornal se tornou uma celebridade, conta detalhes de um dos casos mais famosos da publicidade brasileira em que esteve diretamente envolvido. Contratado pela agência que fazia as campanhas da rede de restaurantes McDonald’s no Brasil, corrigiu a letra da música que dava a receita do sanduíche mais conhecido da marca. O “jingle” original do McDonald’s não traduzia por completo a expressão “dois hamburgers”. Anglicismo já aportuguesado, Pasquale, em ritmo de aula de comercial de televisão, ensinava na peça publicitária: “Dois hambúrgueres”, com forte entonação professoral no plural e na grafia devidamente corrigidos. Foi histórico!

A conversa ainda versa sobre licenças poéticas, pronomes oblíquos - a mesóclise, em especial, que foi completamente retirada do texto da Constituição de 1988 – a linguagem neutra e a necessidade de o debate público, brasileiro ou de além-mar, sobre o uso do idioma ou do que quer que seja, ser feito com calma e respeito.


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4 years ago
41 minutes 54 seconds

Pensando o Brasil
É preciso ler antes de opinar: entrevista com Heródoto Barbeiro, jornalista e historiador

Na era da informação instantânea, da conexão automática, do acesso aberto e imediato às redes sociais, que se transformaram em murais digitais internacionais de compartilhamento de informação por qualquer um em qualquer momento, onde está a verdade? 

E a responsabilidade? 

E a liberdade de expressão? 

E, por outro lado, como proteger a sociedade de tentativas de controle ideológico que, em nome de combate às “fake news”, afrontam as liberdades constitucionais ao venderem como verdade absoluta narrativas de interesse?

O início do século 21 começou com o que se pode chamar de a mais ampla democratização dos acessos a meios de comunicação, antes um privilégio de grandes grupos políticos e econômicos, justamente pelo aparecimento de redes sociais globais sem fronteiras.

Nesta conversa com o jornalista, historiador e professor Heródoto Barbeiro, no “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, tudo isso entra em um debate que não retira nem tampouco absolve a mídia tradicional de responder a todas as mesmas perguntas feitas nos primeiros parágrafos.

A discussão nos leva a conclusões que apontam às pessoas, as educadas e também as com pouco acesso à escola, e às organizações de mídia, tradicionais ou do mundo digital, que, ou ignoram o que aprenderam ou revelam um baixo nível de conhecimento sobre fatos históricos, ao rotularem e compararem fatos e pessoas contemporâneos com passagens e personagens do passado, sem o mínimo respeito pela história.

Estamos da era da opinião a qualquer custo, do protagonismo de falar, do “lacrar” com algo forte, mesmo que isso implique em banalizar acusações de fascismo, nazismo ou genocídio motivadas por simples discordâncias ideológicas no pensamento econômico ou político e social.

Na entrevista, duas dicas: as pessoas precisam ler, estudar sobre as coisas, antes de opinar. E, de preferência, “ler o texto até o fim”, diz Heródoto Barbeiro.

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4 years ago
34 minutes 48 seconds

Pensando o Brasil
Os desafios do crescimento econômico: entrevista com Eduardo Velho e Fabio Giambiagi, economistas

O descompasso institucional da relação dos três poderes da República no Brasil é o sinal mais forte e mais desafiador para a recuperação econômica do país no pós-pandemia.

A afirmação é dos economistas Fabio Giambiagi, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas – FGV/Ibre – e Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos.

Ambos viveram a experiência administrativa em órgãos de governo e bancos de fomento e acumulam várias histórias de crises econômicas passadas e de solavancos em tentativas de retomada da economia e da vida do país.

Em que pese o fator pandemia e sua imensa crise sanitária, jamais vista em proporção e amplitude, que paralisou a economia global, e o turbulento histórico econômico brasileiro em si, o descompasso nas relações entre os três poderes, que eles chegam a chamar de crise institucional, é o nó a ser desatado, visto que tem gerado, além do barulho político, o aumento das incertezas e da tensão no mercado. E que tem travado justamente a concertação política para a aprovação de projetos de lei, reformas estruturais e derrubado, por decurso de prazo, medidas provisórias que, quando lançadas têm valor de lei, aumentando a insegurança jurídica.

O debate ainda avalia a conjuntura da economia nacional sob pressões inflacionárias, fiscais, de juros, do câmbio, assim como resultados positivos como a Balança Comercial e índices de expectativa que se mantêm positivos, além das influências internacionais sobre o mercado brasileiro.

O deputado Ulysses Guimarães costumava dizer que, para tudo, existe “Sua Excelência, o fato”, não se podendo ignorá-lo. O ex-ministro Delfim Netto, que o empresário tem “instinto animal para investir”, bastando uma mera oportunidade. Um ditado popular, que costuma decidir eleições para além dos prognósticos e pesquisas, diz “É a economia, estúpido”. Por fim, no Brasil, temos há muito tempo o que podemos chamar de demanda reprimida por dar certo, tamanho o desejo e a necessidade de avançarmos como nação. O que prevalecerá neste momento em particular?

Este debate sobre os desafios para o crescimento da economia brasileira versa sobre tudo isso, com números e conceitos. E sob o debate eleitoral da eleição presidencial de 2022 que não esperou nem a pandemia terminar para estar na rua.

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4 years ago
53 minutes 26 seconds

Pensando o Brasil
As demandas sociais do pós-pandemia: com Fernando da Costa, Secretário de Justiça e Cidadania/SP

Como as demandas sociais se transformaram no período da pandemia e como serão a partir de agora?

A pergunta foi feita a Fernando José da Costa, Secretário de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, no “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE.

A transformação dos serviços públicos com maior digitalização para atender o público à distância, devido às medidas de restrição de contato social, foi apenas o começo de uma nova forma de o Estado e a população se relacionarem. Embora o desejo da volta do serviço presencial exista e já comece a ser retomado, muita coisa ganhou a ferramenta digital por demanda do cidadão e da própria repartição, como uma nova era de acessibilidade aos serviços, e que veio pra ficar.

Mas acesso é apenas parte do serviço. E neste aspecto a pandemia parece ter incrementado o número dessas demandas sociais que permeiam o extenso campo da justiça e da cidadania e a necessidade de uso da tecnologia como fiador de garantias sociais.

Na conversa, o secretário Fernando José da Costa fala da doação que o Estado fará de tornozeleiras eletrônicas ao Poder Judiciário com o fim específico de controlar a determinação judicial de distanciamento de um marido infrator da mulher vítima de violência doméstica. Pelo sistema, tanto ela como a polícia são avisadas por um sistema de comunicação se o perímetro de distanciamento mínimo for violado pelo infrator.

A entrevista ainda versa sobre medidas para atender a população de rua, que aumentou e teve seu perfil modificado pela pandemia, com famílias inteiras ocupando espaços públicos como moradia. E também o combate a regiões como a Cracolândia, onde com muita frequência há divergências com o Ministério Público sobre como resolver o problema, dificultando as ações que recuperem o viciado, como a internação compulsória de doentes, e a região deteriorada, comprometendo igualmente a segurança pública de combate ao tráfico e o direito de ir e vir de todos os cidadãos.

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4 years ago
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Pensando o Brasil
A retomada da Cultura: com Sérgio Sá Leitão, Secretário de Cultura e Economia Criativa de SP

Na conversa em que fala das certezas e do que ainda requer tempo para entender a retomada da vida brasileira pós-pandemia, Sérgio Sá Leitão, Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, vai muito além em discutir a percepção social e as consequências das atividades culturais no cotidiano, além dos essenciais aspectos econômicos diante da paralisação de teatros, casas de espetáculos e muito da produção artística.

Ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, o secretário estadual de Cultura, ex-ministro da área no governo de Michel Temer, diz que ainda é preciso explicar e exemplificar o quanto a Cultura faz parte da vida das pessoas. Refere-se ele às críticas que, com muita frequência, reclamam dos gastos com projetos culturais em suposto detrimento de outras áreas como educação, saúde e segurança pública.

Sérgio Sá Leitão reitera seu posicionamento de não estatista no financiamento da cultura, mas mesmo defendendo um incremento do investimento privado e a construção da lógica de indústria cultural autossuficiente, diz que é necessário o uso de recursos públicos de forma estratégica como incentivo. E em especial neste momento como políticas anticíclicas de maneira a reduzir os danos da crise que se abateu sobre o setor, notadamente um dos que mais vivem de público presencial.

Na entrevista, o secretário estadual de cultura de São Paulo ainda fala do modelo híbrido que veio pra ficar na distribuição de espetáculos e eventos de economia criativa, de desemprego de jovens e formação cultural para o enfrentamento de violência e melhora em educação e saúde e também sobre censura à liberdade de expressão: “Devemos estar atentos aos eventuais abusos, mas temos que tomar muito cuidado. Porque os efeitos da restrição da liberdade de expressão tendem a ser muito piores à sociedade do que os eventuais abusos”.

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Pensando o Brasil
O novo e inovador trabalho: entrevista com Hélio Zylberstajn, Professor Sênior FEA-USP

Com a revolução do mercado de trabalho, as transformações que fazem desaparecer ocupações na mesma intensidade com que se criam novas, estamos preparando os trabalhadores, jovens ou não, para este novo cenário do trabalho?

A pergunta acima permeia praticamente a conversa inteira com o professor Hélio Zylberstajn no “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE.

Acadêmico sênior da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo e consultor do Banco Mundial, da OIT e do BID, Zylberstajn vai ao ponto sobre a necessidade de a escola dedicar-se intensamente a ensinar o aluno a pensar, desenvolver soft skills – o conjunto de habilidades emocionais, de criatividade, troca de conhecimento e trabalho em conjunto - e tornar-se menos acadêmica. A tese que defende insere de vez a lógica e necessidade do mercado na formação educacional e profissional de trabalhadores.

Para o professor da FEA-USP, a indústria, por exemplo, já enfrenta e detém tecnologia de ponta específica para seu negócio e pode treinar seu funcionário para este fim, nos moldes das especificidades mais atuais e de cada negócio. O trabalhador precisa levar consigo uma boa formação educacional e técnica e a capacidade de sempre estar apto a aprender, inovar, criar e conviver no grupo com visão de resultado.

Toda esta lógica não reduz o tamanho e a importância da escola, mas a moderniza, além de ampliar as possibilidades de parcerias do capital privado com os departamentos de pesquisa das universidades.

Na entrevista, Hélio Zylberstajn ainda fala sobre a mudança conceitual e legal do emprego, da necessidade de aprimorarmos a análise econômica e social dos níveis de desemprego e da necessidade de o Brasil focar intensamente em obras de infraestrutura por pelo menos dois motivos essenciais à realidade do país.

Primeiramente, para desatar os nós de transporte, energia e comunicação, aumentando a produtividade e a eficiência brasileiras, absorvendo por 15 ou 20 anos a massa de trabalhadores ainda não preparada para o novo mercado.

Enquanto faz isso, ganha tempo para fazer sua própria revolução interna na educação e na formação de profissionais para o novo trabalho do século 21.


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4 years ago
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Pensando o Brasil
MP 1045: contra os retrocessos na geração de empregos para jovens - com Humberto Casagrande, CEO do CIEE

A proposta de alteração na Medida Provisória 1045 pelo relator, o deputado Christino Áureo (PP-RJ), pegou de surpresa as entidades e instituições que trabalham com qualificação, treinamento e geração do primeiro emprego para jovens, justamente porque desconsidera a estrutura atual e coloca em risco a geração de vagas qualificadas que atendam a demanda de empresas e sociedade.

No texto original da MP, conhecida como “MP do Bem”, havia consenso entre o Governo Federal, Congresso e entidades sobre a preservação e geração de emprego e renda nas medidas tomadas ainda no ano de 2020 para o enfrentamento social da pandemia. No entanto, a alteração do relator, que incluiu uma proposta do próprio governo para a criação de novos empregos sem atender a requisitos mínimos de qualificação da mão de obra, travou a votação da medida, apresentada em abril deste ano.

Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, o CEO do CIEE, Humberto Casagrande, disse que a proposta do relator, além de não ter sido discutida abertamente, tem uma série de problemas e retrocessos, como a canibalização nas vagas oferecidas pelo mercado – visto que a cada vaga criada pelo novo programa desobriga a empresa em contratar um aprendiz -, cria insegurança jurídica para as empresas, porque a forma de contratação está abaixo das regras mínimas da lei do estágio, do aprendiz ou da CLT e, sobretudo, se distancia da combinação transformadora de escola/emprego na formação dos jovens trabalhadores.

A MP recebeu forte campanha contra das entidades que, há décadas, trabalham com a formação, qualificação e encaminhamento dos jovens ao mercado de trabalho e que já haviam proposto, como também fez o CIEE no ano passado, medidas para preservar e gerar novas vagas de trabalho para jovens com subsídios do governo e contrapartida das empresas.

Um manifesto público foi divulgado pelas entidades pedindo aos parlamentares que rejeitem a criação dos programas REQUIP e PRIORE, apresentados no relatório do deputado relator da matéria Christino Áureo – capítulos III e IV da Medida Provisória 1045/2021, solicitando uma audiência pública para a criação de um novo projeto.

Assinam o manifesto o CIEE Nacional, a Academia Paulista de Educação, o ESPRO, a FEBRAEDA, a Fundação Abrinq, GERAR, ISBET, Instituto Saber de Aprendizagem, a Rede Cidadã e a Societá Formação Profissional.

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4 years ago
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Pensando o Brasil
Prioridades nacionais: entrevista com Janaina Paschoal, deputada estadual

Com pouco mais de dois anos e meio de mandato como deputada estadual de São Paulo pelo PSL, a jurista Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Roussef, vai muito além da sua experiência na Assembleia Legislativa ou de seu passado recente de ativista do debate público na entrevista que concede ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE. 

Defensora intensa de candidaturas avulsas nas eleições para cargos públicos no país, ela enfrenta o lobby dos partidos que hoje têm o poder exclusivo de decidir a indicação de seus candidatos. Para Janaina, a hegemonia da direção partidária impede uma maior diversidade de candidatos e de “aumentar – e qualificar democraticamente – a concorrência”. Na entrevista, ela reclama do atual projeto de reforma política em debate – “que não vai avançar em nada” - e diz que o eleitor é tolhido em suas escolhas no dia da eleição, citando o Senado, por exemplo, em que o nome do candidato é usado como moeda de troca na composição de alianças políticas.

Crítica da ideologização de esquerda que domina as universidades, movimentos sociais e parte imensa da imprensa do país, ela também aponta o dedo para a parte mais estridente da direita que, em vez de disputar o espaço político, resume-se em boicotar ou fazer campanha contra a academia ou as redações.

Defendendo um debate amplo e com foco na eficiência, ela diz que as políticas para jovens são insuficientes ou voltadas para a defesa de bandeiras políticas, ideológicas e de comportamento social, em detrimento justamente do que os jovens mais precisam, como educação de qualidade, formação profissional para o mercado e oportunidade de trabalho.

Na conversa, a deputada Janaina Paschoal ainda critica os revisionismos históricos, fala do esquerdismo autoritário, da necessidade de uma direita mais qualificada e aberta ao debate, de redes sociais, da discussão ‘startups versus formação técnica’, e do barulho institucional, como o STF e suas decisões “insustentáveis”, com interferência direta nas eleições do ano que vem.

#PensandooBrasil

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4 years ago
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Pensando o Brasil
Versão podcast do programa de entrevista ancorado pelo jornalista Adalberto Piotto. É voltado ao debate aprofundado de temas que mídia tradicional não aborda, mas afeta o dia a dia das pessoas e o futuro do País.