
Iniciativas de memorialização e musealização de lugares, registros, referências e testemunhos de dinâmicas de repressão e de resistência associadas a regimes de exceção são alguns dos resultados recorrentes dos chamados processos de justiça de transição. Tais processos pautam a busca pela memória, verdade, justiça e reparação de graves violações de direitos humanos ocorridas em episódios autoritários e traumáticos da história recente de distintos povos e nações. São célebres os processos de justiça de transição ocorridos após eventos violentos e traumáticos, como o Holocausto na Alemanha, o Apartheid na África do Sul e as ditaduras civil-militares que tiveram lugar, por exemplo, em vários dos países latino-americanos ao longo do século 20.
A museologia e o trabalho com o patrimônio cultural e a memória possuem papel fundamental nesses contextos de justiça de transição, seja pela discussão sobre o que fazer com os lugares de memória sensível associados a eventos traumáticos e dolorosos, seja com a construção de acervos e museus associados a tais períodos. O caso brasileiro, em particular, é repleto de contradições, tendo sido marcado por uma série de iniciativas de memorialização e musealização interrompidas ou sabotadas.
Para falar desses assuntos conversamos nesta décima-quinta edição do Patrimoniar com o professor Felipe Hoffman, especialista no tema dos museus de democracia e em processos de patrimonialização ligados à justiça de transição.
Conheça a tese de doutorado e outros trabalhos sobre memória e justiça de transição do professor Felipe Hoffman.
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Créditos
O programa foi produzido e editado por Eduardo Kishimoto e Gabriel Fernandes em julho de 2024.