
O tom golpista adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no 7 de setembro surtiu efeitos nesta quarta-feira (8), dando pulso à crise política e econômica. Caminhoneiros bolsonaristas de vários estados bloquearam estradas, causando transtorno e atraso na entrega de cargas, citou o G1 (https://glo.bo/3ngGulk). Em boa parte dos locais de protesto, somente carros pequenos, veículos de emergência e cargas de alimento perecível tinham permissão para passagem. Bolsonaro chegou a gravar um áudio pedindo que os manifestantes liberassem as estradas e justificou que os atos atrapalham a economia, complementou o Metrópoles (https://bit.ly/3tqX5nf).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes liberou para julgamento as 9 ações que flexibilizam a posse de arma de fogo no Brasil, uma das principais pautas da atual gestão, pontuou O Globo(https://glo.bo/3ndcu9R). A liberação ocorreu um dia depois de Bolsonaro falar que não cumprirá com as decisões do magistrado nas manifestações pró-governo. Moraes é relator dos inquéritos que apuram a disseminação de fake news e organização de atos antidemocráticos. Em resposta, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, declarou na abertura da sessão ontem que “ninguém irá fechar a Corte” e que o desprezo a decisões judiciais é crime de responsabilidade, publicou o R7 (https://bit.ly/3hdkKCI). O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse na mesma sessão, sem citar Bolsonaro, que “a voz das instituições também é a voz da liberdade”.
O G1 (https://glo.bo/3BUSi0E) noticiou que o presidente do PSDB, Bruno Araújo, reconheceu que Bolsonaro praticou sim crime de responsabilidade e anunciou oposição ao governo, mas adiou a decisão de apoiar o impeachment, informou o Estadão (https://bit.ly/3E1L3G0). O PDT enviou ontem ao STF uma notícia-crime ao alegar irregularidades cometidas por Bolsonaro antes e durante as manifestações, detalhou o UOL(https://bit.ly/3DYWSwq). Já a direção do PL avisou ao presidente que, caso ele promova atos de radicalização, irá entregar os cargos e deixar a base do governo, reportou a CNN (https://bit.ly/2VwPsiQ).
No Congresso, o chefe da Câmara, Arthur Lira, sem tocar na pressão pelo impeachment, defendeu a pacificação entre os poderes e reiterou que o Brasil tem um compromisso inadiável com as urnas eletrônicas em outubro de 2022, noticiou a Folha de S. Paulo (https://bit.ly/3tup7P0). Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniu com o líder do Governo da Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), para definir os próximos passos à escalada na tensão entre os poderes, divulgou o Poder360 (https://bit.ly/3hib6yP).
E na esfera econômica, a reação dos mercados ao discurso de Bolsonaro foi de perdas na bolsa, já que empresas tiveram recuo de R$ 195 bilhões em lucros em um único dia, apontou levantamento do O Globo(https://glo.bo/3yTXwb2).
Enquanto isso, Bolsonaro se reuniu com ministros e pediu ideias sobre como agora agir contra o que ele chama de inquéritos institucionais conduzidos pelo STF. A CNN (https://bit.ly/3jSHqdq) noticiou que o presidente não deve recuar do enfrentamento à Corte, principalmente contra o ministro Alexandre de Moraes.