
Como já anunciado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu o caminho do confronto nas manifestações do dia 7 de setembro. Todos os grandes jornais brasileiros taxaram o discurso de Bolsonaro de golpista. A Folha de S.Paulo (https://bit.ly/3DZRVno) destaca que o Chefe do Executivo fez novas ameaças contra o Supremo Tribunal Federal, exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairá morto da Presidência da República. O Globo (https://glo.bo/38USQH3) remarca que Bolsonaro mirou diretamente no ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Ele chamou o ministro de "canalha", disse que Moraes deveria deixar a Corte e afirmou que não vai mais cumprir decisões de ministro. O jornal lembra que o descumprimento de medidas judiciais é crime.
Moraes é responsável por inquéritos que apuram o financiamento de atos antidemocráticos e já determinou o cumprimento de medidas judiciais contra bolsonaristas. Outro ponto de críticas veementes do presidente da República foi novamente o sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro declarou que as urnas eletrônicas não oferecem segurança, embora nenhuma fraude tenha sido descoberta nos últimos 25 anos, desde que o modelo passou a ser usada no Brasil. O Chefe do Executivo participou de atos em Brasília e São Paulo.
Os ataques de Bolsonaro tiveram repercussão imediata. Os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Maranhão, Flávio Dino (PSB) pediram a saída de Bolsonaro em suas redes sociais. O PSDB, inclusive, convocou uma reunião extraordinária da Executiva Nacional para discutir o impeachment do presidente, relata o Poder 360 (https://bit.ly/3zScsI0 Poder 360).
A Folha de S.Paulo (https://bit.ly/3zSheFl) aponta que no Congresso as falas caíram muito mal. Para parlamentares, as declarações mostram que o presidente está isolado e só se preocupa em acenar para a base bolsonarista. Partidos de centro-direita sinalizaram que vão engrossar os apelos da oposição e apoiar a abertura de um processo de impeachment. O PSD criará nesta quarta-feira (8) uma comissão para decidir se apoia o afastamento, aponta o Poder 360 (https://bit.ly/2WVNVnf).