Neste episódio, Dra. Claudia Inhaia e Dr. Yuri Vasconcelos Pinheiro discutem as inquietações sobre o uso de vias alternativas de alimentação através do artigo “Use of Feeding Tubes Among Hospitalized Older Adults With Dementia” (Hartford et al., JAMA Network Open, 2025).
O estudo analisou 143 mil pacientes com demência hospitalizados no Canadá e revelou que apenas 0,9% receberam sondas de alimentação — porém, esses pacientes tiveram internações mais longas, maior admissão em UTI e mortalidade mais alta, sem ganho de sobrevida.
A conversa aborda os fatores associados à decisão, como disfagia, idade, sexo, diretivas de não reanimação e contexto urbano/rural, e reflete sobre a importância das conversas de metas de cuidado e das decisões compartilhadas em demência avançada.
Hartford A-M et al. JAMA Network Open. 2025; 8(2): e2460780.
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Neste episódio do PalliPapers, Cláudia Inhaia recebe Edison de Oliveira Vidal um dos autores deste artigo que compara o que é uma “boa morte” para pessoas que vivem com demência no Brasil e no Reino Unido. O estudo é qualitativo, com entrevistas semiestruturadas (n=32) e análise temática; emergem três eixos: escolha e controle, espiritualidade, e medos e desejos. Em linhas gerais, escolha/controle aparece de forma central no Reino Unido, enquanto espiritualidade é mais saliente no Brasil; em ambos, experiências prévias com a morte de outros moldam preferências e receios.
Este mesmo artigo foi discutido pelo Edison e demais autores com Eric Widera e Alex Smith, no GeriPal lançado em 18/09.
Por que ouvir: falamos sobre métodos, achados e implicações práticas para um cuidado realmente centrado na pessoa e culturalmente sensível em demência. Concluímos ressaltando a importância de novos estudos e, sobretudo, de saber traduzir a evidência em prática clínica — para que de fato possamos caminhar em direção ao respeito aquilo que os pacientes de fato consideram importante.
Mikelyte R, Harrison Dening K, Oliveira D, Vanelli JM, Neves AF, Dekker NL, et al. “It’s my life, it’s my choice and I want to say when” vs “A good death is to be on good terms with God”: comparing the views of people with dementia in the UK and Brazil about a good death—a cross-cultural qualitative study. BMC Palliative Care. 2025;24:138. doi:10.1186/s12904-025-01771-w
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Neste episódio do PalliPapers Podcast, Dr. Rodrigo Lima dos Santos recebe o Dr. Rodolfo Moraes para apresentar e discutir o artigo “Perfil demográfico dos pacientes em cuidados paliativos: um estudo hospitalar para orientar políticas públicas”, publicado na Revista de Medicina (São Paulo).
Este estudo observacional, transversal, descritivo e
retrospectivo investigou o perfil demográfico de 721 pacientes
internados na Santa Casa de Franca, hospital público do interior
do Estado de São Paulo, mostrando as seguintes caracteristicas
• Idade média de 78 anos entre homens e 82 anos entre mulheres;
• 73% tinham mais de 60 anos;
• Principais diagnósticos: 32,5% oncológicos, 32,5% neurológicos e 13% falências orgânicas;
• 88% já estavam restritos ao leito na primeira avaliação;
• 74% evoluíram a óbito durante a internação, em média 8 dias após o parecer para cuidados paliativos.
Esses achados reforçam o inicio tardio do seguimento de pacientes portadores de doencas graves e a necessidade de integração mais precoce dos Cuidados Paliativos no ambiente hospitalar, alinhando-se à recente Política Nacional de Cuidados Paliativos no Brasil, como estratégia essencial para garantir dignidade e qualidade de vida.
📖 Referência:
Silva R, Oliveira MS. Perfil demográfico dos pacientes em cuidados paliativos: um estudo hospitalar para orientar políticas públicas. Rev Med (São Paulo). 2025 jul-ago;104(4):e-227277. doi: 10.11606/issn.1679-9836.v104i4e-227277
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Neste episódio do PalliPapers, Claudia Inhaia e Rodrigo Lima dos Santos conversam com o médico e pesquisador Carlos Seiça Cardoso, autor principal do artigo publicado na revista Palliative Medicine, que avaliou a viabilidade e a efetividade de uma intervenção em dois níveis para cuidados paliativos na atenção primária em Portugal.
O estudo envolveu a formação de médicos de família e a implementação de um novo modelo de consulta periódica estruturada para pacientes com necessidades paliativas. A intervenção resultou em redução significativa da carga de sintomas físicos e emocionais autorreferidos pelos pacientes, demonstrando a aplicabilidade da abordagem no contexto da atenção primária.
O episódio discute os fundamentos da intervenção, os resultados obtidos e as possibilidades de replicação em outros cenários de atenção primária à saúde.
Seiça Cardoso C, Prazeres F, Oliveiros B, et al. Feasibility and effectiveness of a two-tiered intervention involving training and a new consultation model for patients with palliative care needs in primary care: A before-after study. Palliat Med. 2024;38(8):842–852. doi:10.1177/02692163231219682
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Neste episódio do Pallipapers, Claudia Inhaia conversa com Luis Fernando Rodrigues, um dos autores do estudo publicado na Discover Public Health, sobre os fatores sociodemográficos associados ao local de morte da população brasileira entre 2002 e 2022.
A pesquisa revela como idade, gênero, raça/cor da pele, escolaridade e estado civil influenciam onde morremos — e como essas variáveis escancaram as desigualdades no acesso a cuidados de fim de vida. O estudo mostra ainda variações regionais importantes, e aponta para a necessidade urgente de políticas públicas que promovam equidade e qualidade no cuidado no final da vida.
Um episódio para quem se interessa por saúde pública, bioética e cuidados paliativos.
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In this episode of Pallipapers, Claudia Inhaia talks with Luis Fernando Rodrigues, one of the authors of a recent study published in Discover Public Health, exploring sociodemographic factors associated with the place of death in Brazil from 2002 to 2022.
The research reveals how age, gender, race/skin color, education, and marital status shape where people die—and how these factors expose deep inequalities in end-of-life care. Regional disparities are also highlighted, reinforcing the urgent need for public policies that ensure equity and quality at the end of life.
A must-listen for those interested in public health, bioethics, and palliative care.
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Marcucci FCI, Corradi-Perini C, Rodrigues LF, Pastrana T. Sociodemographic factors associated with the place of death of the Brazilian population and regional variations from 2002 to 2022. Discover Public Health. 2025;22:281. https://doi.org/10.1186/s12982-025-00683-7
A intubação oro traqueal (IOT) para ventilação mecânica é um dos suportes avançados de vida que podem ser utilizados para sustentar a vida de uma pessoa em condições de falência respiratória. Representa uma terapia ponte que pode e deve ser utilizada de forma a permitir que terapias adequadas promovam a recuperação suficiente para que este suporte possa ser retirado. Quando esta recuperação nao é possível ao inves de ser ponte para uma recuperacao, passa a ser instrumento de promoção de diatanasia, prolongando o processo de morrer e o sofrimento do paciente e todos ao seu redor. A assim chamada extubação paliativa não representa o fim da vida, mas sim a devolução do paciente a sua trajetória natural de evolução da doença com o devido cuidado, presença e alívio do sofrimento. Trata-se de uma conduta compassiva e ética, centrada no cuidado.
Para discutir sobre este assunto tão sensível Dra Claudia Inhaia recebe a Dra. Cristina Terzi, uma das autoras do capítulo sobre extubação paliativa publicado no primeiro volume da obra Cuidados Paliativos: da Clínica à Bioética, lançada pelo CREMESP em 2023.
A conversa aborda:
• Fundamentos éticos e legais que sustentam a extubação em contexto paliativo;
• O papel da comunicação com familiares e equipe;
• O preparo técnico e emocional necessário para garantir conforto, dignidade e alívio do sofrimento;
• E o desafio de diferenciar extubação paliativa de práticas de limitação terapêutica com objetivos não proporcionais.
Terzi CB, Junqueira JCS. Extubação paliativa. In: Vattimo EFQ, Belfiore EB, Zen Júnior JH, Santana VS, organizadores. Cuidados paliativos: da clínica à bioética. São Paulo: CREMESP; 2023. p. 351–378.
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Cuidados de fim de vida em pacientes transfusão-dependentes
Pacientes com doenças onco-hematológicas, como leucemias agudas, síndromes mielodisplásicas e linfomas, frequentemente enfrentam trajetórias de cuidados prolongadas, com períodos intercalados de tratamento ativo e declínio funcional. No fim da vida, muitos deles se tornam transfusão-dependentes como forma de controle sintomático de fadiga, dispneia, sangramentos e piora do estado geral.
Contudo, em países com modelos que não incorporam transfusões como parte da assistência paliativa domiciliar, como os Estados Unidos por barreiras regulatórias do medcare e no Brasil por barreiras cognitivas, essa dependência transfusional se torna um dos principais entraves para acesso oportuno aos serviços de hospice.
Neste episódio do PalliPapers, a médica paliativista Claudia Inhaia recebe o hematologista Yuri Vasconcelos para discutir um tema crucial e muitas vezes negligenciado na prática clínica: os desafios do cuidado ao final da vida em pacientes dependentes de transfusão de sangue. O artigo escolhido para nortear esta discussão o artigo escolhido foi o “Challenges in hospice and end-of-life care in the transfusion-dependent patient”, que foi publicado na Hematology em 2024.
Este artigo é uma revisão narrativa baseada em literatura recente que faz um relato crítico dos desafios enfrentados por pacientes hematológicos dependentes de transfusão no fim da vida, e propõe estratégias em múltiplos níveis para qualificar esse cuidado. Ele também convida profissionais de saúde, gestores e formuladores de políticas a repensar o modelo de cuidado onco-hematológico.
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Você tem muitas dúvidas sobre rotação de opioides?
Se sua resposta foi sim, saiba que essa é uma dúvida frequente entre quem está se familiarizando com a prescrição dessas medicações. Esse tema, comum na prática clínica, que pode ser desafiador mesmo para quem já tem experiência com cuidados paliativos e dor oncológica.
Neste episódio, Claudia Inhaia, Rodolfo Moraes e Fernanda Bono Fukushima discutem o novo guideline internacional publicado no Supportive Care in Cancer (2025) sobre conversão de opióides, e compartilham como aplicam essas recomendações no dia a dia com seus pacientes. Este artigo traz recomendações práticas para tornar as conversões entre opioides mais seguras e eficazes, abordando desde a avaliação prévia, passando pelas estratégias de conversão, até o monitoramento após a troca.
Conversa prática, baseada em evidência e cheia de insights úteis para quem lida com prescrição de opioides para o tratamento de dor relacionada ao câncer.
Mercadante S, Hui D, Currow DC, Wiffen PJ, Davis MP, Swarm RA, et al.
MASCC–ASCO–AAHPM–HPNA–NICSO guidelines on opioid rotation in cancer pain. Support Care Cancer. 2025. doi:10.1007/s00520-025-09286-z
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Neste VIII episódio do Pallipapers, Claudia Inhaia, Rodrigo Santos e Sarah Ananda discutem esta que é uma das publicações mais relevantes do cenários dos cuidados paliativos de 2024. Trata-se de um ensaio clínico randomizado que acompanhou 1.250 pacientes com câncer de pulmão avançado em 22 centros oncológicos dos EUA, comparando os efeitos do atendimento paliativo realizado por telesaúde ou por consultas presenciais.
Após 24 semanas, os pacientes de ambos os grupos apresentaram qualidade de vida equivalente, sem diferenças significativas nos níveis de ansiedade, depressão ou satisfação com o atendimento.
Este estudo fortalece o papel dos atendimentos por telesaúde como alternativa segura e eficaz para ampliar o acesso aos cuidados paliativos, sem comprometer a qualidade do atendimento.
Implantar este tipo de atendimento no Brasil, no entanto, pode ser desafiador e o pallipapers traz esta discussão para este episódio, refletindo sobre como modelos já em funcionamento, e outros ainda com status de sonho, poderiam melhorar o atendimento em cuidados paliativos num país com dimensões continentais como o Brasil, aproximando mais uma vez a ciência da prática em cuidados paliativos.
Greer JA, Temel JS, El-Jawahri A, Rinaldi S, Kamdar M, Park ER, et al. Telehealth vs In-Person Early Palliative Care for Patients With Advanced Lung Cancer: A Multisite Randomized Clinical Trial. JAMA. 2024; doi:10.1001/jama.2024.13964.
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Os cuidados paliativos são frequentemente retratados como uma prática heroica e compassiva, focada no alívio do sofrimento e na promoção da dignidade no fim da vida. No entanto, essa visão idealizada pode mascarar os desafios reais enfrentados por profissionais, pacientes e familiares, especialmente quando se trata de sofrimentos profundos e existenciais que nem sempre podem ser completamente aliviados.
Neste podcast, conversamos com as autoras de dois artigos que exploram como a romantização dos cuidados paliativos pode impactar a prática clínica e as percepções sociais, e como podemos abordar o sofrimento existencial de maneira mais honesta e compassiva.
No artigo *"A Romantização dos Cuidados Paliativos: Impactos na Prática Clínica e Percepções Sociais"*, discute-se como a idealização dos cuidados paliativos pode criar expectativas irreais. A romantização da prática, tende a destacar apenas os aspectos positivos, como a compaixão e a humanização, enquanto minimiza as dificuldades emocionais, éticas e estruturais enfrentadas pelos profissionais. Isso pode levar a uma pressão excessiva sobre os cuidadores, que se sentem obrigados a corresponder a uma imagem de dedicação incondicional, muitas vezes resultando em desgaste emocional e burnout. Além disso, pacientes e familiares podem esperar um processo de cuidado harmonioso e transformador, o que nem sempre corresponde à realidade, gerando frustração e sentimentos de inadequação.
Já no artigo *"Suffering is only intolerable when nobody cares... is it?"*, a autora questiona a famosa frase de Cicely Saunders, que sugere que o sofrimento se torna tolerável quando há cuidado. A reflexão aponta que, embora o cuidado paliativo seja essencial para aliviar a dor física e emocional, há sofrimentos existenciais — como a perda de autonomia, a falta de sentido e a confrontação com a morte — que podem persistir, independentemente da qualidade do cuidado oferecido.
A romantização dos cuidados paliativos, portanto, pode obscurecer a complexidade do sofrimento humano, especialmente o existencial, que nem sempre pode ser completamente aliviado. É fundamental adotar uma abordagem mais realista, que reconheça tanto os benefícios quanto as limitações dessa prática. Profissionais de saúde precisam de suporte emocional e formação adequada para lidar com essas complexidades, enquanto pacientes e familiares devem ser preparados para entender que o cuidado paliativo, embora essencial, nem sempre pode garantir uma "boa morte" ou a resolução de todos os conflitos.
Angela Pinto dos Santos
Santos AP. A romantização dos cuidados paliativos: impactos na prática clínica e percepções sociais. Rev Tópicos. 2025; Disponível em: https://doi.org/10.5281/zenodo.14757969.
Ana Cláudia Mesquita Garcia
Garcia ACM. “Suffering is only intolerable when nobody cares”… is it?. Palliat Support Care. 2025;23:e25, 1–3. Disponível em: https://doi.org/10.1017/S1478951524001792.
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Atualização do posicionamento da American Heart Association sobre cuidados paliativos e de fim de vida para vitimas de AVC
Descrição: No episódio de hoje, Claudia Inhaia recebe a neurologista Maiara Tramonte para uma conversa sobre os cuidados paliativos no AVC. Elas discutem as diretrizes da American Heart Association, comparando o posicionamento de 2014 com a atualização mais recente. Como a abordagem paliativa pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes? Quais desafios ainda precisamos superar?
Dê o play e aproxime a ciência da prática! 🎧💙
Aqui estão as citações dos artigos mencionados, formatadas no estilo Vancouver:
Holloway RG, Arnold RM, Creutzfeldt CJ, Lewis EF, Lutz BJ, McCann RM, et al. Palliative and end-of-life care in stroke: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2014;45(6):1887-916. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24676781/
Creutzfeldt CJ, Bu J, Comer A, Enguidanos S, Lutz B, Robinson MT, et al. Palliative and End-of-Life Care in Stroke: A Scientific Statement From the American Heart Association. Stroke. 2025;56(2):e75-e86. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39676661/
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Neste episódio Claudia Inhaia recebe Edison de Oliveira Vidal e Nathalia Tardelli para apresentar e discutir o artigo “Planejamento Antecipado de Cuidados no Brasil” do qual ambos são autores. Este documento apresenta uma revisão narrativa sobre o tema como parte de uma edição especial da revista alemã Z. Evid. Fortbild. Qual. Gesundh. wesen (ZEFQ) que tinha por objetivo traçar um panorama sobre o planejamento de cuidados em diversos países. Em suas falas Nathalia e Edison percorrem os pontos mais relevantes deste artigo discutindo sobre conceitos, modelos, aplicações e desafios de incorporar o planejamento antecipado de cuidados na jornada dos brasileiros, passando por pontos importantes como ser mais um processo do que um fim, sobre ser este processo parte integrante da prática do cuidado paliativo e não um documento isolado, sobre a necessidade de educação para uma comunicação que facilite a construção do planejamento de cuidados e sobre a responsabilidade de manter esta prática centrada no paciente e não permitir que se torne instrumento de limitações terapêuticas com objetivos administrativo financeiros.
Rocha Tardelli N, et al. Integrating palliative care into patient pathways: An innovative approach. Z Evid Fortbild Qual Gesundh wesen (ZEFQ). 2023;180:43-9.
Para dúvidas, feedbacks ou solicitações nos encontre no perfil palli.papers do Instagram ou no e mail pallipapers.podcast@gmail.com.
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A comunicação entre equipe de saúde e pacientes, familiares ou responsáveis pode ser bastante desafiadora em cenários onde o clima reinante é o de insegurança, angústia e desconfiança, como o que muitas vezes acompanha internações em UTIs. A pandemia de COVID-19 multiplicou significativamente este desafio com unidades superlotadas, gravidade extrema das doenças, prognósticos incertos e desconfiança nos profissionais de saúde, o que resultou em uma verdadeira "panela de pressão", onde as estratégias tradicionais de comunicação frequentemente se mostraram insuficientes.
A hierarquia das necessidades de comunicação nasce neste ambiente e reconhece três níveis específicos de comunicação que são essenciais em contextos de alta carga emocional e baixa confiança. O primeiro nível é estabelecer confiança. O segundo nível é ressoar com as emoções dos pacientes, ajudando a reduzir a excitação emocional e a melhorar a empatia. O terceiro nível inclui o conteúdo mais tradicional, como a divulgação de informações prognósticas e a tomada de decisões compartilhada. A aplicação sistemática desta estratégia de comunicação resultou em uma comunicação mais efetiva entre profissionais e pacientes, e é sobre as origens desta construção e os detalhes de sua aplicação que trata o artigo apresentado neste episódio por Daniel Forte e Sabrina Ribeiro e discutido por Claudia Inhaia.
Forte DN, et al. The Hierarchy of Communication Needs: A Novel Communication Strategy for High Mistrust Settings Developed in a Brazilian COVID-ICU. Palliat Med Rep. 2024 Feb 9;5(1):86-93. doi: 10.1089/pmr.2023.0070.
A sedação paliativa é um recurso que deve ser de conhecimento dos profissionais que trabalham com pacientes em cuidados paliativos. Em uma revisão do consenso anterior de 2009 a “European Association for Palliative Care “ (EAPC) realizou um estudo Delphi, publicado no Palliative Medicine em fev de 2024 onde 42 consensos sobre diversos aspectos desta prática foram apresentados.
Neste terceiro episódio do Pallipapers, um episódio de revisão, Dr Rodolfo Moraes, Dr Rodrigo Santos e Dr Edison Vidal apresentam e discutem este artigo, visitando seus principais pontos e trazendo este material para a prática clínica.
Surges SM, et al. Revised European Association for Palliative Care (EAPC) recommended framework on palliative sedation: An international Delphi study. Palliat Med. 2024 Feb;38(2):213-228. doi: 10.1177/02692163231220225
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O artigo discutido neste episódio tem por titulo: Asexpectativas de pacientes com câncer metastático em relação à quimioterapiapaliativa: Um estudo qualitativo Brasil-Alemanha. Escrito por CynthiaAraújo, Ana Claudia Garcia & Munir Murad Júnior e foi publicado no Palliative& Supportive Care em 2023 ( https://doi.org/10.1017/S1478951522001766)
Nele é discutida a importância da comunicação com pacientescom cânceres metastáticos em relação aos seus tratamentos, e o quanto estacomunicação pode impactar em compreensão e escolhas destes pacientes ao longodos seus tratamentos.
Neste primeiro episódio do Pallipapers é discutido o artigo publicado no JAMA no primeiro semestre de 2024, escrito pela Dra Jennifer Temel e equipe, chamado “Stepped Palliative Care for Patients With Advanced Lung Cancer A Randomized Clinical Trial “. No episódio são apresentadas metodologia, resultados, e, discutido como estes últimos podem ser integrados na prática do cuidado paliativo.