É doido esse padrão que acontece com as pessoas de quando alguém gosta de você, você não sente o mesmo, e quando você gosta de alguém, a pessoa não sente o mesmo, raramente quando a gente quebra essa maldição, acontece algo mágico, idealização, frustração, faz parte. É o mistério do amor talvez seja pra preencher alguma coisa, falta de amor, amor demais, ou eu só seja trouxa mesmo. Num show q eu vi ontem eu escutei uma coisa tão clichê mas q sempre mexe com todo mundo A gente só vive uma vez tô fazendo esse exercício de falar tudo o que eu sinto, colocar isso pra fora de alguma forma, auto escrita, talvez algum dia com terapia, amor próprio e maturidade eu resolva isso, mas no momento, é isso que eu sinto e eu não vou reprimir isso.

Fecho os olhos e me lembro de uma história Que me dá vontade de chorar, me dá vontade de chorar Quantas vezes nossas lágrimas secaram Mas no peito ainda havia dor e a gente se calou Num país com armas apontadas Políticas ultrapassadas e olhares atravessados para nós Houve um tempo em que a canção não impedia Mais um jovem negro de morrer por conta da sua cor Uma história tão antiga em 2019 De uma civilização antiga de 2019 Oh, mas que história tão antiga em 2019 De uma civilização antiga de 2019 Fecho os olhos e me lembro de uma história Que me dá vontade de chorar, me dá vontade de chorar Quando 80 tiros carregaram para sempre Da mulher o seu marido, o seu melhor amigo Quando as armas de um estado genocida Procuravam nossos filhos e roubavam seus futuros, suas vidas Houve um tempo triste em que os olhos Não sabiam enxergar a nossa dor mas viam nossa cor Uma história tão antiga em 2019 De uma civilização antiga de 2019 Oh, mas que história tão antiga em 2019 De uma civilização antiga de 2019 Hoje vivo num futuro construído por meus pais Ficam histórias e heranças, tesouros ancestrais Meu presente foi sonhado, muitos, muitos anos atrás Pela mão do povo negro, pela mão do povo indígena Salve rei Xangô e seu reino Terra de paz e justiça Terra de paz e justiça Terra de paz e justiça

eu vivo tudo tão intensamente que quando acaba eu nunca estou preparado, quando uma pessoa decide ir embora eu sempre me machuco, é muito difícil pra mim esquecer certas pessoas e tudo o que elas representaram pra mim, quando acaba, porquê depois vêm os gatilhos que me fazem lembrar delas, aprendi que é impossível esquecer pessoas, mas sim amenizar a dor da perda compreendendo o fato de que nada é eterno, mas mesmo assim eu acho que nunca vou estar preparado. como lidar com despedidas? foi recentemente assistindo um episódio de steven universo me dei conta do que tinha acontecido comigo no evento que lhe contei semana passada, resumidamente, no episódio steven fica desconfortável com visitas de pessoas que parecem fisicamente com a aparência de sua mãe o que lhe trazia lembranças eventualmente, vou recitar um diálogo em específico do episódio que eu me identifiquei: -"achei que eu estava pronto para seguir em frente e não tê-la mais comigo mas mal consigo ficar em um quarto com vocês pois ainda me sinto estranho sobre ela, estive fingindo que estou bem, pois não é culpa de vocês, mas não estou bem." esse meu relacionamento em específico terminou de uma forma inesperada, e foi demais pra mim e eu não soube lidar, não estava preparado e por isso eu fiquei tão mal aprendendo a lidar com despedidas

A autoescrita é um método de pesquisa de si através da escrita. sou uma criança com pentelho e trauma. esse ano eu tô querendo me reconectar com minha criança interior, todo mundo tem uma criança interior.Percebo muito isso com minha mãe, ela tem medo do escuro, coisa de criança, quer que eu seja o bonequinho dela e que siga o roteiro de vida que ela criou pra mim mas isso é assunto pra outro texto.Comecei a jogar mais, uma coisa que eu gostava muito mas parei com o tempo, até zombava de quem gosta, coisa de criança, a gente vai crescendo e deixando algumas coisas de lado, conversando com meu psicólogo eu notei que eu não lembrava quase nada dos meus 7 anos pra baixo, bloqueio emocional, amadureci muito cedo, doei meus brinquedos, cabeça de velho, ontem me peguei rindo do meu caderno da 9ª série, uma pergunta na tarefa de ensino religioso: você é feliz? e eu respondi: a felicidade é uma arma quente conheci a pornografia aos 11 como a maioria dos garotos e ainda tenho sequelas disso ano passado voltei a desenhar, na terapia minha psicóloga me fez desenhar e eu pensei: puxa, a quanto tempo eu não fazia isso, clarice Lispector em sua última entrevista feita na tv cultura foi perguntada: Clarice, você acha mais fácil se comunicar com o público infantil ou com o público adulto? e ela respondeu: A criança tem o lúdico, a fantasia aí é fácil -E o adulto, Clarice? Indagou o repórter, e ela respondeu: O adulto é solitário e triste.

Novos Poetas é o quadro do podcast onde a cada novo episódio um poema de um poeta/poetisa atual será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.

Novos Poetas é o quadro do podcast onde a cada novo episódio um poema de um poeta/poetisa atual será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.Nessa edição: ultimamente quando eu olho na tua cara é como se eu abrisse os olhos embaixo d’água eu sei que é bonito mas eu vejo turvo tudo desfocado poderia ver uma concha inédita ou algum animal marinho que me ameaçasse mas é tudo turvo tudo desfocado ultimamente eu tenho brincado de cegueira como seria entrar no mar sem enxergar? como seria nunca mais olhar na tua cara? eu vou entrando sentindo a água nos pés nos joelhos na coxa no cu na barriga no peito no suvaco no pescoço eu cogito abrir os olhos pra não esbarrar em ninguém, mas eu já estou sendo considerada a nova maluca da praia então, eu insisto até que a água tape os meus ouvidos até que a gravidade se ocupe da força e quando eu estou quase orfelizando eu abro os meus olhos debaixo d’água e eis você tão bonito tão feio tão você ultimamente

Poetas Brasileiros é o primeiro quadro do podcast onde a cada nova edição um poema de um(a) poeta/poetisa brasileiro(a) clássico será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.

Música Declamada é o quadro onde a cada nova edição uma música será declamada como em um poema por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.

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Cinema poético é o quadro onde a cada nova edição um trecho de um filme será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras

Poetas Brasileiros é o primeiro quadro do podcast onde a cada nova edição um poema de um(a) poeta/poetisa brasileiro(a) clássico será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.Nessa edição: Minha filha continua me escrevendo Me afirmou que vai voltar Que vem me ver por esses días Pediu-me perdão, dizendo que havia transformado seu corpo em outro corpo E que eu teria dificuldade em reconhecê-la Eu lhe respondi que o corpo era dela Era ela a única dona E que meu amor por ela estava sacramentado desde sempre O meu coração estaria sempre do lado do corpo dela Qualquer que fosse a forma que esse corpo tivesse E cá estou eu Nem sei por que contemplando esse corpo caído no chão Debruço Olho a cabeça do corpo morto Parece de uma mulher bem jovem Ela devia ser vaidosa Longas tranças espalhadas lhe cobrem a nuca e parte dos olhos Sinto arrepio Parece que eu já vi esse corpo por trás Essa silhueta não me é estranha Tenho essa imagem no fundo de minhas lembranças Quem será essa mulher? Alguém me sussurra, ao lado, que foi um crime se homofobia Penso em Josué, meu filho Que não é filho E, sim, minha amada filha Preciso me afastar daqui Essa cena me traz lembranças de antigas dores Minha filha disse que virá por esses días Estou cansada Tudo em mim dói Crime de homofobia? De quem é esse corpo? É preciso resguardá-la A polícia está demorando Preciso me aproximar mais Quero ver esse corpo de perto Há um detalhe, perto do corpo Que eu não tinha visto: Uma pequena bolsa tira-colo Bolsa igual a minha É a bolsa que a minha filha me pediu, um día Presente que eu lhe dera escondido do Josué, pai Preciso me aproximar Dá licença! Dá licença! Dá licença! Vejo-me empurrando todos Dá licença! Vida, me dá licença! Me dá licença! Conheço esse corpo Saio de mim Planto-me aquí Eu, sentinela de um corpo assassinado, que não consegui guardar Essa é a minha menina Tenho dor Meu peito explode Algo me fere o peito Quem matou a minha menina? O pai? Eu? Vocês? Quem matou minha menina? Quem matou minha menina?

Poetas Brasileiros é o primeiro quadro do podcast onde a cada nova edição um poema de um(a) poeta/poetisa brasileiro(a) clássico será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.Nessa edição: Pedra, pau, espinho e grade “No meio do caminho tinha uma pedra”, Mas a ousada esperança de quem marcha cordilheiras triturando todas as pedras da primeira à derradeira de quem banha a vida toda no unguento da coragem e da luta cotidiana faz do sumo beberragem topa a pedra pesadelo é ali que faz parada para o salto e não o recuo não estanca os seus sonhos lá no fundo da memória, pedra, pau, espinho e grade são da vida desafio. E se cai, nunca se perdem os seus sonhos esparramados adubam a vida, multiplicam são motivos de viagem.

A autoescrita é um método de pesquisa de si através da escrita. @autoescritajhon.No episódio de hoje: 27 de novembro, cheguei na escola atrasado pelo fato de que os band-aids que eu usava pra esconder uma marca de alergia tinham acabado e acabei por deixar pra ver isso de última hora o que consequentemente me trouxe muito estresse, no primeiro tempo de aula eu literalmente desabei e os seguintes pensamentos vinham em minha cabeça: • um comentário que eu recebi dizendo que eu estava acabado (eu realmente estava) e o fato de que eu nunca tinha chorado na escola e o quão libertador isso era, fiquei pensando em quanta energia eu gastava pra me curar mais rápido e fingir que eu estava bem, mas ninguém é feliz 100% do tempo e reprimir meus sentimentos me causou um bloqueio que eu tenho pra chorar (isso é assunto pra outra sessão) mas resumidamente, eu tenho muita dificuldade pra chorar e eu queria descobrir o que causava esse bloqueio como lidar com esse bloqueio e como não me abalar tanto com o que falam da minha aparência? Dicas: 1º Angel A - Luc Besson. https://youtu.be/JaHzipkCxV8 2º K-12 (filme) e Orange Juice (música). 3º https://youtu.be/QnIbJi_jWII Good as Hell (música)

textos de autoescrita, playlists, indicações de livros e filmes que possam ajudar o leitor a entender seus sentimentos e viver uma vida mais leve.

Música Declamada é o quadro onde a cada nova edição uma música será declamada como em um poema por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.Nessa edição: Te vejo errando e isso não é pecado Exceto quando faz outra pessoa sangrar Te vejo sonhando e isso dá medo Perdido num mundo que não dá pra entrar Você está saindo da minha vida E parece que vai demorar Se não souber voltar ao menos mande notícias Cê acha que eu sou louca Mas tudo vai se encaixar Tô aproveitando cada segundo Antes que isso aqui vire uma tragédia E não adianta nem me procurar Em outros timbres, outros risos Eu estava aqui o tempo todo Só você não viu E não adianta nem me procurar Em outros timbres, outros risos Eu estava aqui o tempo todo Só você não viu Você tá sempre indo e vindo, tudo bem Dessa vez eu já vesti minha armadura E mesmo que nada funcione Eu estarei de pé, de queixo erguido Depois você me vê vermelha e acha graça Mas eu não ficaria bem na sua estante Tô aproveitando cada segundo Antes que isso aqui vire uma tragédia E não adianta nem me procurar Em outros timbres e outros risos Eu estava aqui o tempo todo Só você não viu E não adianta nem me procurar Em outros timbres, outros risos Eu estava aqui o tempo todo Só você não viu Só por hoje não quero mais te ver Só por hoje não vou tomar minha dose de você Cansei de chorar feridas que não se fecham Não se curam (não) E essa abstinência uma hora vai passar

Poetas Clássicos é o quadro do podcast onde a cada novo episódio um poema de um poeta/poetisa clássico será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.Nessa edição: Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim. Eu queria uma liberdade olímpica. Mas essa liberdade só é concedida aos seres imateriais. Enquanto eu tiver corpo ele me submeterá às suas exigências. Vejo a liberdade como uma forma de beleza e essa beleza me falta.

Poetas Clássicos é o quadro do podcast onde a cada novo episódio um poema de um poeta/poetisa clássico será declamado por mim @jhonvictorsz/@podcastpalavras.Nessa edição: E eis que depois de uma tarde de “quem sou eu” e de acordar à uma hora da madrugada ainda em desespero — eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei. Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu. e você é você. É vasto, vai durar. O que te escrevo é um “isto”. Não vai parar: continua. Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.