
"Se Palmares não vive mais faremos Palmares de novo", excerto que marca a poética de José Carlos Limeira. Grito vocalizado por diversas gerações de ativistas e militantes negras e negros. Não é de hoje que se peregrina à Serra da Barriga, não é de hoje que se evoca a liberdade quilombola. Elisa Lucinda, Cristiane Sobral, Abdias Nascimento, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Clóvis Moura, Joel Rufino dos Santos, e tantos outros. A República de Palmares tem sido o sendeiro da luta negra nas Américas.
Hoje, a Palmares de Dandara e Zumbi, que no passado serviu como pano de fundo para o Cinema Novo, tem sido reapropriada por novos projetos emancipatórios que abarcam linguagens diversas como a literatura e o audiovisual negros. A série "Meu diário de campo não coube no papel" do Opará Podcast parte da feitura da minha dissertação de mestrado na área de antropologia. Sobre anseios e alegrias desse percurso, basta me acompanhar por aqui, sempre às segundas-feiras, quinzenalmente.
Trilha: Balaio, tradição oral, com arranjos do grupo Quarteto Vagamundo.
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