
No quarto episódio, recebemos Rodrigo Portela Gomes, advogado popular, pesquisador-extensionista e professor universitário, para compartilhar suas andanças junto ao Movimento Quilombola do Piauí e nacionalmente. Em 2012, após conhecer a prof. Maria Sueli Rodrigues, passou a integrar o grupo de pesquisa e extensão que deu origem ao Coletivo Antonia Flor. Desde então, Rodrigo Portela - como é bastante conhecido no meio - esteve à frente da litigância judicial a favor dos direitos territoriais quilombolas das comunidades de Contente e Barro Vermelho, região do semiárido piauiense, extremamente atingidas pela construção da Nova Transnordestina.
No episódio, o convidado refletiu e aprofundou acerca das dimensões ligadas à violação de direitos que acometeram mais de 101 comunidades tradicionais nos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco, com ênfase para este primeiro. Passando pela história da fundação da Coordenação Nacional de Comunidades Negras Rurais e Quilombolas (CONAQ), o convidado destaca eventos históricos como a Constituinte e Marcha Zumbi dos Palmares: 300 anos como pilares da institucionalização do Movimento Quilombola que, em incidência com os movimentos sociais de luta pela terra e o Movimento Negro - apontam outros modos de viabilidade da vida negra que abarcam a sociedade brasileira, como um todo.
Referências do episódio:
Livro do convidado
🔻 GOMES, Rodrigo Portela. Constitucionalismo e Quilombos: famílias negras no enfrentamento ao racismo de Estado. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019.
Indicações do convidado:
🔻 DIAS, Vercilene Francisco. Terra versus Território: uma análise jurídica dos conflitos agrários internos na comunidade Quilombola Kalunga de Goiás. Dissertação (Mestrado). UFG, Goiânia-GO, 2019.
🔻 MARTINS, Camila Cecilina. Assessoria Popular em Direitos Humanos: o Coletivo Antônia Flor e as comunidades quilombolas de Contente e Barro Vermelho no contexto desenvolvimentista piauiense. Belo Horizonte-MG: Letramento, 2019.
Outras
🔻 SILVA, Givânia Maria. Educação e luta política no quilombo de Conceição das Crioulas. Curitiba- PR: Appris, 2016.
🔻 SOUZA, Aquilombar-se: panorama sobre o Movimento Quilombola brasileiro. Curitiba- PR: Appris, 2016.
🔻 MOURA, Clóvis. Dicionário da Escravidão Negra. São Paulo-SP: EDUSP, 2013.
🔻 CONAQ; Terra de Direitos. Racismo e violência contra Quilombos no Brasil, 2018.
OUTRAS FONTES
Documentário “Quilombos da Bahia”, Antonio Olavo, 2004; “Conheça aqui a comunidade Quilombola Tapuio, município de Queimada Nova PI”, Diocese de Picos; “Obras do PAC: Ferrovia Nova Transnordestina”, canal do Planalto.
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'Sindô lê lê' trecho do grupo sul-baiano“Mulheres em Domínio Público; “Canto dos Escravos: canto I e III”, Clementina de Jesus, Doca e Geraldo Filme; “Beradêro”, Chico César; “Mulher rendeira”, Pé de Cerrado; “Sanfona de Cordel”, Yamandu Costa e Dominguinhos.