
No terceiro episódio, a convidada Fabiana Carneiro de Souza, presidente da Associação dos Trabalhadores (as) Rurais e Quilombolas da Torrinha (ATRQCT), compartilha conosco como tem sido o percurso da autodenominação à demarcação do território quilombola de Torrinha.
Embora ainda não esteja totalmente concluído pelo INCRA da Bahia, a elaboração parcial do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) desta comunidade, a primeira a receber a certificação da Fundação Cultural Palmares, animou outras comunidades de três municípios do interior baiano, Barra, Muquém do São Francisco e Ibotirama a confluírem experiências e esperanças a partir da fundação da Articulação Quilombo Liberdade (AQL), transformada em espaço da irmandade quilombola.
No passado, tais territórios foram fazendas escravistas ou baseadas na servidão, hoje, as associações quilombolas, apoiadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), buscam afirmar a história e resistência negra encoberta pelo porão da história sertanista.
* O Opará é independente e experimental, acompanha o percurso da escrita da minha dissertação de mestrado na área de antropologia social.
FICHA TÉCNICA: Produção, entrevista e edição por Zane do Nascimento
Referências deste episódio.
🔻PIRES, Maria de Fátima; SANTANA, Napolitana; SANTOS, Paulo Henrique (Orgs.). Bahia: escravidão, pós-abolição e comunidades quilombolas. Salvador-BA: EdUneb; EDUFBA, 2018.
🔻VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto Arado. São Paulo-SP: Todavia, 2019.
🔻Sobre a Comissão Pastoral da Terra (CPT), conferir o site. Disponível em: https://www.cptnacional.org.br/sobre-nos/historico
🔻SANTOS, Jucélia Bispo. Comunidades Quilombolas do Portal do Sertão da Bahia: a luta entre o reconhecimento e a redistribuição. In: Revista Iluminuras. Dossiê Vidas rurais, contextos agrários, paisagens interioranas: desafios para uma antropologia com imagens, v. 17, n. 41, 2016.
⏩⏯ ⏩⏯ ⏩⏯ ⏩⏯
"Toada", Caixa de Folia; "Mulher rendeira", Pé de Cerrado; "Aboio", Sa Grama e "Despedida do vaqueiro", Vavá e Marcolino.