
Dinheiro não compra felicidade, mas compra acessos.
Saúde, educação, cultura, conforto, independência.
Não é por acaso que, numa sociedade patriarcal e machista, as mulheres ganhem menos no mundo todo e sejam incentivadas a desejar um poder que não é financeiro.
Por trás de todo grande homem, há uma mulher.
Ah, ela é a rainha do lar.
Em casa, ela manda e desmanda.
Esse é um poder que não abre portas em um mundo capitalista e nem garante liberdade de ir e vir para mulheres. É um "poder" que, na verdade, toma o seu tempo e as afasta da emancipação financeira e afetiva.
Assim, elas aprendem desde cedo a não ser tão ambiciosas. Devem ser gratas pelo que têm e nunca querer, exigir demais. Isso não é nada feminino. O machismo, a falta de representatividade, o gap de autoridade entre homens e mulheres e a raiva que as pessoas têm do sucesso feminino (algo que pode ser tema de outro episódio) nos incentivam a abafar os seres desejantes que somos.
Os seres que desejam conquistar o mundo - e não um homem.
Hoje Clara conversa com Bruna Tavares sobre a importância da independência financeira para as mulheres.