O drops de hoje pode ser bastante instigante para alguns de nós. Vivemos em uma cultura em que aprendemos que precisamos ajudar o outro. Estamos sujeitos a um paradigma de pensamento que nos diz que devemos “ajudar a todo custo”, que “quem é bom ajuda”, e que “ser bom é ajudar sempre”. Aprendemos a ter boas intenções, mas esquecemos também que “de boas intenções o inferno está cheio”. Esse provérbio parece nos sugerir que talvez as boas intenções não sejam suficientes. Pela minha experiência, me parece que ainda temos lições importante a aprender com o velho ditado que insinua um inferno lotado de pessoas “do bem”. Quando olhamos com as lentes sistêmicas, podemos perceber que ajudar o outro exige de nós um olhar mais abrangente para as consequências da nossa ajuda, principalmente em relação a nós mesmos e à nossa autonomia, que muitas vezes é sequestrada pela dinâmica do sacrifício cego pelo outro.