A graça de Deus não só salva, mas também transforma. Ela nos educa a dizer “não” ao pecado e a viver uma vida sensata, justa e piedosa enquanto aguardamos a volta de Cristo. Fomos purificados para sermos povo exclusivo de Deus, zeloso por boas obras.
Desde Adão, a humanidade tem buscado autonomia, exaltação e glória própria. No entanto, Jesus, sendo o próprio Deus, trilhou um caminho bem diferente. De dependência, humilhação e morte de cruz. Filipenses 2.5-11 nos mostra que essa é a pura essência de Deus. E é por esse exato motivo que Jesus foi exaltado à mais alta posição. Assim como Paulo inicia o texto, que tenhamos o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus, buscando o interesse dos outros e nos submetendo a Deus!
Em Marcos 1.35-39, Jesus nos ensina que, mesmo diante de muitas demandas, é essencial buscar momentos de oração com o Pai. Através desse tempo, Ele encontra direção para cumprir sua missão: levar o Evangelho a outros lugares. Somos desafiados a fazer o mesmo — não nos acomodar, mas lembrar que “foi para isso que viemos”: anunciar Cristo a quem ainda não O conhece.
Abraão obedeceu a Deus mesmo sem saber para onde ia, e isso nos ensina que fé verdadeira é viver com obediência e olhar para o eterno. Hebreus 11.8-10 nos lembra que não pertencemos a este mundo e somos chamados a viver como peregrinos, firmes na esperança da promessa consumada em Cristo.
Em Josué 1, Deus chama Josué a conduzir o povo após a morte de Moisés. Diante de uma missão enorme e desafiadora, a ordem divina se repete três vezes: “Seja forte e corajoso”. A verdadeira força não está em nós, mas na presença do Senhor, que nunca abandona o seu povo. Que também aprendamos a confiar nEle em meio às incertezas da vida, obedecendo à Sua Palavra e encontrando coragem em Sua promessa.
Quando a rotina toma conta de nossas vidas, somos advertidos pelo autor de Hebreus a manter uma fé viva por meio da convivência como igreja, estimulando-nos uns aos outros às boas obras. Ao nos reunirmos, anunciamos ao mundo que cremos no sacrifício e no amor de Cristo.
O Salmo 23 nos convida a refletir sobre a jornada da vida e em quem estamos nos tornando ao longo dela. “O Senhor é o meu pastor” revela o cuidado pessoal de Deus; “nada me faltará” mostra que, com Ele, temos tudo de que realmente precisamos. Ele nos conduz ao descanso, restaura nossas forças e nos guia pelo caminho certo. A pergunta é: temos reconhecido a presença desse bom Pastor em cada momento? Que possamos enxergar Deus nos detalhes do caminho e lembrar que, no fim, é tudo sobre Ele.
Em Lucas 24:13-35, vemos dois discípulos a caminho de Emaús após a crucificação de Jesus. Eles estavam desanimados porque esperavam um Messias que os livrasse do sofrimento, mas não compreendiam ainda que era necessário Jesus morrer e ressuscitar. A verdadeira Páscoa, que originalmente representava o livramento do Egito, agora aponta para o sacrifício de Cristo e sua vitória sobre a morte. Jesus se revela no partir do pão, um momento comum que se transforma em revelação. É somente por meio da ressurreição que toda a Bíblia faz sentido e que podemos reencontrar o propósito para nossas vidas.
Na época em que a carta a Timóteo foi escrita, havia expressões e ensinos que não acrescentavam nada à Igreja — pelo contrário, geravam brigas e desentendimentos. Paulo orienta Timóteo a não se envolver nessas discussões, mas a ser amável, pronto para ensinar com paciência, e a corrigir com mansidão aqueles que estão presos em seus pecados. Seu conselho é claro: seguir a justiça, a fé, o amor e a paz, invocando o Senhor junto com os que têm um coração puro.
4o
Paulo, em sua carta aos Efésios, inicia uma oração no versículo 14 do capítulo 3 pelos irmãos daquela igreja. Ele não pede por aspectos terrenos, mas expressa o desejo de que Cristo habite no coração daquelas pessoas. Que Jesus também habite em nossos corações, para que cresçamos em espírito.
O Reino de Deus deve alcançar todas as áreas de nossas vidas, indo além de rituais ou comportamentos superficiais. Somos chamados a amar a Deus com todo o nosso ser — coração, alma, entendimento e força — e a amar o próximo com a mesma intensidade com que naturalmente nos amamos. Esse amor genuíno resulta em uma transformação completa, impactando tanto nossa relação com Deus quanto com as pessoas ao nosso redor.
Em Marcos 3:31-35, vemos um momento em que a família de Jesus o procura, mas Ele aproveita a ocasião para ensinar sobre a verdadeira família espiritual. Jesus deixa claro que aqueles que fazem a vontade de Deus são seus verdadeiros irmãos e irmãs, pois as realidades espirituais são mais profundas do que os laços naturais. A vida cristã não se resume a boas ações ou privilégios, mas a um coração que busca viver segundo a vontade do Pai. Precisamos priorizar o reino de Deus acima das coisas passageiras e desfrutar do privilégio de fazer parte da família de Cristo.
Em Jeremias 9:23, o profeta alerta o povo de Israel sobre a destruição que viria da Babilônia como disciplina de Deus, mas eles se recusavam a ouvir. Jeremias contrasta a glória humana passageira com a verdadeira glória de Deus, chamando a atenção para o perigo da ambição desenfreada e da confiança nas próprias forças. Deus não se impressiona com marcas exteriores, mas busca aqueles que vivem em justiça e temor.
Terminando esta série de pregações, vemos a última menção da expressão "Tu, porém" feita por Paulo, em 2 Timóteo 4. Aqui, nos últimos momentos de vida do apóstolo, o ensinamento que ele deixa a Timóteo faz alusão aos últimos ensinamentos do próprio Cristo antes de ascender aos céus: "Tu, porém, pregue a palavra, quer seja oportuno, quer não."
Que lugar a Palavra de Deus tem ocupado em nossos corações? Quais mecanismos temos colocado em prática para nos aproximarmos mais dela? Amar as Sagradas Letras é testemunho da nossa obediência ao Senhor, sendo necessário não apenas a simples leitura, mas, antes de tudo, permanecer nas Escrituras, pois apenas elas podem nos tornar sábios por meio da salvação em Cristo. Na segunda carta a Timóteo, Paulo nos convida a nos alimentarmos das Sagradas Escrituras, a fim de que tenhamos a vida transformada pelas verdades de Deus, para que possamos ser luz neste mundo. Diante de tempos sombrios, permaneçamos na luz das Sagradas Letras.
Na segunda mensagem da série Tu, porém, baseada em 2 Timóteo 3:10-13, Paulo exorta Timóteo a suportar o sofrimento como parte da caminhada cristã. Ele alerta sobre a maldade dos últimos dias e a inevitável perseguição daqueles que permanecem fiéis a Cristo. O verdadeiro discípulo não sofre por abandonar seus valores, mas por escolhê-los, mantendo-se firme diante das provações. Seguir Jesus significa enfrentar oposição, mas também carregar um testemunho que diferencia os salvos do mundo. "Tu, porém, suporta os sofrimentos!”
Começa aqui uma série de pregações que têm como objetivo estudar as aparições de “Tu, porém” na Bíblia. A expressão é empregada por Paulo nas epístolas pastorais e aparece pela primeira vez em 1 Timóteo 6:11. O contraste estabelecido pelo apóstolo diz respeito às finanças, indicando que aqueles que buscam bens materiais como prioridade máxima naufragam na fé. Os salvos por Cristo, por outro lado, devem fugir disso e combater o bom combate. Em síntese: tu, porém, investe no que é eterno.
Finalizando a série de pregações "O Vil Metal", relembramos na exposição anterior que seria mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar nos céus. Agora, a partir do texto de Lucas 19, vemos que o camelo passou. A história de Zaqueu nos mostra que o encontro verdadeiro com Cristo gera não somente corações, mas também bolsos convertidos. Na ótica do evangelho, a riqueza é sempre acompanhada pela partilha.
"Em tudo o que fiz, mostrei a vocês que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’."
Atos 20:35 NVI
Em mais uma pregação da série "O Vil Metal", observamos o texto de Lucas 16:1-15. Essa parábola, muitas vezes interpretada de forma inadequada, mostra que os bens devem ser enxergados como instrumentos para o crescimento do Reino de Cristo. Jesus nos ensina que até mesmo um administrador astuto conseguiu compreender um maior significado para o dinheiro. Não seremos imunes ao lidar com bens, mas devemos fazer com que nossas riquezas terrenas trabalhem para as verdadeiras riquezas, que são celestiais. "Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará outro, ou se dedicará a um e desprezará outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro."
Lucas 16:13 NVI