
O mundo em que vivemos está intensamente focado numa ideia de abundância constante. Seja num plano do funcionamento económico, financeiro, industrial ou social, ou até mesmo numa vivência espiritual, a abundância é vivida de forma muitas vezes excessiva e até mesmo destrutiva. Tal acontece porque nos focámos nessa necessidade, nessa zona de conforto, na ideia de ter tudo o que precisamos para não nos preocuparmos mais. Isso activa e acelera as nossas carências e mecanismos de controlo, retirando-nos um conceito essencial e que, na verdade, precisa muito mais de ser trabalhado, o da prosperidade. Ao contrário da abundância, que, acredito, é algo natural à existência humana, mas que neste plano é, de certa forma, estática, a prosperidade é um movimento, uma acção, e é, na verdade, aquilo que necessitamos mais de trabalhar. Vibrando em prosperidade, trabalhamos sobre a abundância e criamos um movimento em nós de crescimento, de ambição, não na matéria, mas sim de alma, de propósito, pois a prosperidade implica o sairmos do nosso ego e mergulharmos no nosso Eu. É nesse sentido, e para verdadeiramente caminharmos para o cumprimento do nosso propósito, que necessitamos de aprender a vivência da plenitude, que nos leva para lá duma necessidade ou dum foco e nos dirige para um profundo e mais belo sentido da vida. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.