
Viemos à Terra para vivenciar e experienciar sentimentos e emoções e, através deles, nos descobrirmos e elevarmos na nossa humanidade. São eles, acredito, com a sua dimensão e complexidade, com o tanto que têm para nos oferecer, a grande experiência da encarnação e o grande desafio de integração. Contudo, no plano terreno vivemos a dualidade e, por isso, crescemos e somos formados com conceitos como bem e mal que, sem dúvida, são essenciais para a vivência em sociedade, para a nossa sobrevivência enquanto espécie e para a nossa evolução, mas que, cobrindo tudo, incluindo os sentimentos e emoções, classificando uns como positivos e outros como negativos, colocam sobre estes últimos um peso de culpa, julgamento e castigo. Por isso, tentamos bloquear o que chamamos de emoções negativas, tentamos fugir delas, tentamos controlá-las através da nossa mente, mas as emoções e os sentimentos são fluxo, água que nada pode, eternamente, travar. O seu bloqueio pode levar-nos a uma espiral que, em última e grave instância, é destrutiva do que mais sagrado existe em nós, a vida. Os sentimentos e emoções existem para alimentar a vida e são o grande e verdadeiro poder que existe em nós, nomeadamente os que chamamos de negativos. As emoções negativas são uma enorme força que existe em nós, um poder que funciona como um impulso, mas que nos podem corromper se delas nos alimentarmos constantemente. Elas são um caminho de integração e aprendizagem e compreender o seu propósito ajuda-nos a transformar as nossas vidas, principalmente num tempo em que, com tudo o que estamos a viver, somos nelas constantemente mergulhados. Este é o tema que trago neste episódio do meu Podcast.