Neste episódio, desconstruímos a pressão omnipresente para nos tornarmos a "nossa melhor versão".
Questionamos se o mercado da autoajuda e certas correntes da espiritualidade moderna, com o seu foco na otimização pessoal, não serão, na verdade, uma extensão da lógica neoliberal que nos adoece e aprisiona.
Exploramos como a responsabilização total do indivíduo ignora fatores sistémicos como as desigualdades e os traumas herdados.
Analisamos o conceito de "narcisismo espiritual", onde práticas como a "vibração alta" e a "manifestação", são usadas para inflar o ego e negar a sombra, transformando a espiritualidade numa performance.
Como contraponto, mergulhamos nas perspetivas de Eckhart Tolle e Pema Chödrön, que propõem um caminho muito diferente: a transcendência do "eu" através da presença e da aceitação do desconforto, em vez da sua otimização.
NESTE EPISÓDIO, EXPLORAMOS:
A crítica à indústria da autoajuda e a sua ligação a ideais neoliberais.
O conceito de "narcisismo espiritual" e a performance da "melhor versão".
Como a responsabilização individual pode desviar o foco de problemas sistémicos e coletivos.
A alternativa da presença: as perspetivas de Eckhart Tolle e Pema Chödrön sobre transcender o ego em vez de o otimizar.
A importância da vulnerabilidade, inspirada em Brené Brown, como o verdadeiro caminho para a coragem e a conexão.
PESSOAS E TEORIAS MENCIONADAS:
Pensadores: Eckhart Tolle, Pema Chödrön, Byung-Chul Han, Brené Brown, Miguel de Beistegui.
Conceitos: Autoajuda, Narcisismo Espiritual, Sociedade do Cansaço, Vulnerabilidade, Afetabilidade.
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