
O imperialismo deixou de existir na contemporaneidade?
Em um mundo cada vez mais imediatista e pautado em discursos progressistas de segurança e ordem, vemos constantemente a presença de projetos de espionagem, serviços de inteligência e políticas de combate à corrupção.
Contudo, muitas vezes, esses arcabouços também legais acabam vindo enviesados em uma lógica de consolidação nacional, estruturados, pois, em uma política de Estado que atribui todos os males e a culpa pelas desigualdades a um único fator: a corrupção. Em contrapartida, esses referidos projetos fortalecem o poder bélico e de controle, promovendo a dominação sobre centros periféricos e ocultando as grandes massas de uma reflexão mais profunda sobre as questões sociais, como desigualdade, pobreza e marginalidade, que se fazem cada vez mais presentes nas grandes nações capitalistas.
Neste episódio do podcast, veremos o contraste da Operação Lava Jato no Brasil e seu poder de conferir legitimidade a projetos políticos conservadores e totalitários, revestidos de moralidade e aceitação popular em meio a uma crise estrutural e de governabilidade do Estado Democrático de Direito, enquanto instrumento de avanço social e de combate à pobreza, marginalização, bem como de aparato para diminuir desigualdades regionais e sociais presentes.
Para debater tais temas, nosso convidado de hoje é o professor Luis Eduardo da Rocha Maia Fernandes, graduado em História pela Universidade Federal Fluminense e também mestre nesta mesma instituição, além de doutor em Serviço Social pela UFRJ.