
Audiobook Momentos de Saúde e de Consciência - Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco.
11. A TRAGÉDIA DO RESSENTIMENTO
• O perdão divino dulcifica-me, acalma-me. Dá-me dimensão do poder terapêutico do amor. Passo a ver o mundo e as pessoas de maneira diferente, correta, positivamente. • Supero os ressentimentos, que me martirizavam. • Começo a mover-me sem as algemas que me prendiam ao passado. • Recupero a alegria de viver e ser natural, amando todos com ternura, mesmo aqueles que me não correspondem ao sentimento de afetividade. • Tudo agora está bem comigo, porque eu estou de bem com a vida.
As pressões psicossociais, sócio-emocionais, econômicas e de outras origens desencadeiam distúrbios variados, nos quais mergulha uma larga faixa da sociedade. Provocando medo, ansiedade, amargura, desarmonizam o sistema nervoso dos seres humanos, conduzindo a neuroses profundas que, quase sempre somatizadas, são responsáveis por enfermidades alérgicas, digestivas, do metabolismo em geral, facultando a instalação de processos degenerativos. Os temperamentos frágeis, sob pressão, procuram realizar mecanismos de fuga, caindo em estados fóbicos e depressivos ou recorrendo à violência como forma de afirmação e defesa da personalidade. Muitos resíduos psicológicos se lhes instalam no campo emocional e mental, dando lugar a perturbações de comportamento e a doenças diversas, que permanecem sem diagnose adequada. Pessoas mais sensíveis, que não conseguem suportar e superar esses fenômenos das pressões constritoras, refugiam-se em ressentimentos que as infelicitam e predispõem-nas a reagir sempre, desferindo dardos venenosos contra aqueles que se lhe transformam em inimigos reais ou imaginários. Algumas intoxicam-se de mágoas e fenecem. Outras, inconscientemente, tornam-se vítimas de insucessos afetivos, financeiros e sociais. Diversas fracassam na auto-estima, desvalorizando-se e fazendo o jogo da autodestruição. O ressentimento é responsável por muitas das tragédias do cotidiano. O ressentimento é tóxico que mata aquele que o carrega. Enquanto vibra na emoção, destrambelha os equipamentos nervosos mais sutis e produz disritmia, oscilação de pressão, disfunções cardíacas. Não vale a pena deixar-se envenenar pelo ressentimento. Nem sempre ele se manifesta com expressões definidas, camuflando-se nas fixações mentais, e, às vezes, passando despercebido. Há pessoas ressentidas que se não dão conta. Um auto-exame enérgico auxiliar-te-á a identificá-lo nos refolhos da alma. Logo depois, prosseguindo na sua busca e análise, descobrirás as suas raízes, quando teve ele início e por que se te instalou no ser, passando a perturbar-te. Verificarás, surpreso, que és responsável por lhe dares guarida e o vitalizares, deixando-te por ele consumir. Os indivíduos que te foram cruéis, familiares, conhecidos, mestres, na infância e durante a vida, não tinham nem têm dimensão do que fizeram ou estão a fazer. Sequer se aperceberam dos seus desmandos e incoerências em relação a ti. A seu turno, sofreram as mesmas agressões, quando crianças, e apenas reagem conforme haviam feito outros em relação a eles. O teu primeiro passo será compreendê-los, considerando-os sem responsabilidade nem esclarecimento, sem má intenção em relação a ti. Mediante tal recurso os compreenderás e os perdoarás posteriormente, liberando-te. Arrancada a causa injusta do ressentimento, despertarás de imediato em paisagem sem sombras, redescobrindo a vida e desarmando-te em relação às outras pessoas, que antipatizavas ou das quais te mantinhas em guarda. Ademais, o mal que te façam, somente te perturbará, se o permitires, acolhendo-o. Em caso contrário, tornará à sua origem. Vive, pois, sem mágoas. Depura-te. Ressentimento, nunca.