
Vivemos em uma sociedade da imagem e do desempenho. Se o ser humano gosta de se exibir, desde o advento da internet, ele o vem fazendo de forma sistemática e, de certo modo, exagerada.
As mídias sociais, fruto de uma sociedade do espetáculo, catalisou a exibição a ponte de que pensamos mais em como vamos sair na foto, do que participar efetivamente dos eventos, aproveitar o cotidiano, viver simplesmente.
Aliado a esse desejo de exibição inerente ao ser humano, sobretudo quando referente a suas conquistas e modo de vida, temos a pressão da sociedade capitalista, que trocou a forma de oprimir o trabalhador, deixando que ele mesmo se tornasse seu próprio capataz? Se vc não consegue alcançar o sucesso, ser feliz ou simplesmente fazer um bom ENEM, a culpa é única e exclusivamente sua. Não temos mais tempo para descansar, trabalhamos mais que um servo da Idade Média e buscamos formas de cuidar de nós mesmos. Contudo, até as formulas de autocuidado são vendidas, explorando o lado exibicionista do bicho humano.
Contudo, ao mesmo tempo que a sociedade busca seguir exemplos de pessoas que seguem a cartilha da sociedade do espetáculo e que se encontram totalmente integradas a sociedade do desempenho, pessoas que ousam romper com essas barreiras também são admiradas, como se fossem um totem de uma utopia, a de viver a vida que se queria, mas que não pode viver, pois precisa trabalhar em um emprego que odeia, para comprar coisas que não gosta, para exibir para as pessoas distantes seu sucesso.
Essas pessoas estão por ai e nos ajudam a encontrar uma certa humanidade nas redes sociais, que exigem de nós, cada minuto, um desempenho surreal e uma imagem perfeita. Dito isso, hoje conversaremos de forma afiadíssima, com duas dessas pessoas que são oásis em meio a esse deserto de almas padronizadas: Nayara, a rainha do Tarô e Amaral Amaral, o preguiçoso.
Ficha técnica
Apresentação: Gabriel Galvão e Gabriela Gomes
Pauta e estudo: Kell Silva e Túlio Ribeiro
Coordenação: Sophia Tibúrcio
Produção executiva e edição: Mateus Rouaiz