Você já ouviu falar de “money shot”? O termo do cinema norte-americano que significa “plano do dinheiro” se refere às cenas de maior custo para a filmagem de uma produção, ou que tem o maior apelo econômico para venda daquele produto. No mundo da pornografia, “money shot” é um tipo bem específico de cena. O zoom enquanto um ator ejacula no rosto de uma atriz. É esse momento tradicional dos filmes pornográficos que traz o lucro.
Linda Williams, uma professora norte-americana de estudos de cinema, argumenta em seu livro Hard Core, argumenta que o “money shot” não é só uma cena desejada pelo público. Ela funciona como a comprovação para a audiência de que aquele sexo visto na tela é real.
O homem fantasia através da pornografia. Ela é tão normatizada, tão… comum, que levanta a pergunta se a masculinidade padrão é viciada em pornografia. Na pesquisa associada ao documentário “O Silêncio dos Homens”, recém-lançado pelo portal Papo de Homem, ¼ dos homens que responderam a pesquisa afirmaram estarem viciados em pornografia. Essa é a proporção que percebeu esse vício.
Com essa e muitas outras questões sobre o efeito da pornografia nas masculinidades e na sociedade como um todo, contamos com a presença de um convidado pra lá de especial. Cláudio Serva, responsável pelo projeto Prazerele. O episódio 15 do Homem Também Chora vai mexer em lugares que precisam ser mais explorados. Topa esse passeio?
Participantes:
Claudio Serva / Prazerele (@prazerele)
Lucas Machado (@luquismos)
Yann Rodrigues (@yannlr)
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