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Histórias dos Violões na Velha São Paulo
Flavia Prando
14 episodes
2 days ago

Esta série de episódios traz as histórias da músicas gravadas no álbum Violões da Velha São Paulo, trabalho fruto da pesquisa de doutorado que Flavia Prando defendeu na ECA/USP. A instrumentista, em sua pesquisa, trouxe à tona a história da música para violão na São Paulo do século XIX, período anterior à formação do circuito de partituras para o instrumento, o que significa que muitas das obras do disco foram resgatadas de manuscritos ou arranjadas a partir de versões para piano. 
Cada música ganha um episódio, são treze capítulos, nesta primeira temporada, que trazem a história do compositor, da obra e do contexto da cidade de São Paulo, no intuito de enriquecer a audição da gravações e divulgar a trajetória dos artistas e da cidade sob um ponto de vista musical. 
Aborda-se um pouco da história do violão brasileiro e das valsas, mazurcas, gavotas e choros cultivados no país. 
Flavia Prando

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Esta série de episódios traz as histórias da músicas gravadas no álbum Violões da Velha São Paulo, trabalho fruto da pesquisa de doutorado que Flavia Prando defendeu na ECA/USP. A instrumentista, em sua pesquisa, trouxe à tona a história da música para violão na São Paulo do século XIX, período anterior à formação do circuito de partituras para o instrumento, o que significa que muitas das obras do disco foram resgatadas de manuscritos ou arranjadas a partir de versões para piano. 
Cada música ganha um episódio, são treze capítulos, nesta primeira temporada, que trazem a história do compositor, da obra e do contexto da cidade de São Paulo, no intuito de enriquecer a audição da gravações e divulgar a trajetória dos artistas e da cidade sob um ponto de vista musical. 
Aborda-se um pouco da história do violão brasileiro e das valsas, mazurcas, gavotas e choros cultivados no país. 
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Episódio 8. Sabãozinho - João Avelino de Camargo
Histórias dos Violões na Velha São Paulo
7 minutes 54 seconds
1 year ago
Episódio 8. Sabãozinho - João Avelino de Camargo


No episódio de hoje, vamos falar sobre o choro Sabãozinho, de João Avelino de Camargo

(São Paulo 27/05/1880 - São Paulo 26/02/1936)


João Avelino de Camargo foi aluno e amigo do paraguaio Agustín Barrios, e as informações sobre sua atuação e trajetória são bastante dispersas. As primeiras notícias nos periódicos sobre ele surgiram no ano 1921, embora seja bem provável que ele tenha iniciado sua atuação anteriormente. Seguindo o mesmo padrão de repertório de seus contemporâneos, mesclava obras clássicas transcritas para o instrumento, peças características e obras de sua autoria.

Apresentou-se no Conservatório Dramático e Musical[1] e na Associação do Rosário Perpétuo do Brás[2]. Em 1924, apresentou-se na União Católica Santo Agostinho, tocando, além da mazurca Iole e Una Lagrima, de Sagreras, a mazurca Recordação Saudosa, de Theotonio Gonçalves Côrrea (pai), abordado no segundo episódio do nosso podcast.

Com muito brilho, realizou-se sábado último na sede da União Católica Sto. Agostinho, o festival oferecido às famílias dos associados. A segunda parte do programa se iniciou com três solos de violão pelo professor João Avelino, que interpretou “Recordações saudosas”, “Yole”, de sua composição e “Lágrimas”, de Sagreras, arrancando demorados aplausos da assistência[3.

[1]  Correio Paulistano, São Paulo, ano LXII, n. 21.803, 19 mar. 1924, p. 4.

[2] Correio Paulistano, São Paulo, ano LIX, n.20664, 10 jan. 1921, p. 2.

[3] Correio Paulistano, São Paulo, ano LIX, n. 20942, 23 out. 1921, p. 4.

Duas citações sobre Avelino em livros que se restringem ao território musical do choro carioca — “nasceu presumivelmente em São Paulo, por volta de 1870, e deve ter falecido também na capital paulista, lá por 1940”, em citação de Ary Vasconcellos[4] e “violonista de mérito, discípulo do grande Barrios. É de São Paulo. Vive ainda, pesado de anos”[5], em verbete no célebre livro sobre o Choro e chorões, de Alexandre Gonçalves Pinto, o Animal, nos fazem crer que Avelino frequentava o ambiente musical da então capital federal. Avelino era próximo de João Pernambuco, a quem endereçou uma carta, em 1924, quando se referiu a um período passado no Rio de Janeiro, durante o carnaval daquele ano. O conteúdo da carta é interessantíssimo para o rastreamento da rede de sociabilidades em torno do instrumento:

[4] VASCONCELLOS, Ary. Panorama da música popular brasileira na “Belle époque”. Rio de Janeiro: Livraria Sant'Anna, 1977, p.262.

[5] PINTO, Alexandre Gonçalves. O choro: reminiscências dos chorões antigos. Typ. Glória, fac-símile, 1936 p.250.

Destaca-se a citação sobre Mário Amaral, personagem abordado no episódio 5. Avelino ainda teve destaque na radiofonia com o grupo Três Sustenidos (1929), com Melinho de Piracicaba e Theotonio Correa (filho, que será abordado no episódio 11) e algumas de suas obras sobreviveram, seja pelas gravações do trio, ou através de partituras manuscritas e editadas.

O choro Sabãozinho foi registrado pelo trio Três Sustenidos na fonografia paulistana (1929), pelo selo Brunswick e a gravação é raríssima.  O choro recebeu transcrição e arranjo do violonista Edmar Fenício (1942) e é utilizado como vinheta do nosso podcast. Trata-se de uma joia do repertório paulistano, sendo uma bela síntese dos processos culturais em ação naquele momento.

Composto em três partes, ABACA, a primeira parte, em sol maior, é um maxixe, com uma linha de baixo bem marcada e característica do gênero. Já a segunda parte, em ré maior, apresenta uma melodia que remete à música caipira e idiomatismos típicos da viola, com portamentos e sequências de terças, que externam características rurais que resistiam nos hábitos da cidade em rápido processo de urbanização. Na tonalidade de sol menor, a terceira parte externa a grande influência do tango argentino na música brasileira, em um período em que os gêneros populares urbanos estavam ainda em decantação.  Sabãozinho é um belo exemplar da música urbana paulista daquele período.


Histórias dos Violões na Velha São Paulo

Esta série de episódios traz as histórias da músicas gravadas no álbum Violões da Velha São Paulo, trabalho fruto da pesquisa de doutorado que Flavia Prando defendeu na ECA/USP. A instrumentista, em sua pesquisa, trouxe à tona a história da música para violão na São Paulo do século XIX, período anterior à formação do circuito de partituras para o instrumento, o que significa que muitas das obras do disco foram resgatadas de manuscritos ou arranjadas a partir de versões para piano. 
Cada música ganha um episódio, são treze capítulos, nesta primeira temporada, que trazem a história do compositor, da obra e do contexto da cidade de São Paulo, no intuito de enriquecer a audição da gravações e divulgar a trajetória dos artistas e da cidade sob um ponto de vista musical. 
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Flavia Prando