
Mianmar situa-se em um território atravessado por muitos povos, por reinos, pelo império da Birmânia - monarquia de aristocracia budista. Foi dominada pelo império britânico, obteve a independência e passou por décadas de governos cerrados autocráticos e golpe militar.
Neste processo, aflorou nacionalismos de identidade budista, concomitante com convivências e tensões étnicas, atravessadas por conflitos regionais e aspirações de autonomias territoriais. A minoria Rohingya enfrentou tempos de subjugação, opressão, servindo muitas vezes de bode expiatório. Um governo advindo de um processo de abertura civil, com a liderança da Nobel da Paz Aung San, manobrou com esta situação. Dos inícios de 2016 aos fins de 2018, quase 700 mil rohingyas, de uma população de 1.100.000 vivendo em Mianmar, emigraram desesperados em busca de refúgio diante de um genocídio.
Mas tudo isto é drenado por jogos de interesses de países e corporações transnacionais disputando riquezas naturais e espaços estratégicos. No início de 2021, logo após um processo eleitoral, as forças armadas fizeram uma "intervenção constitucional" depondo o governo. O que está envolvido mais profundamente nisso tudo?
Imagem: Espacialização regional e étnica. Wikicommons
Trilha de fundo: *Asian Drums by Kevin MacLeod
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License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
**Half Mystery by Kevin MacLeod.
Link: https://incompetech.filmmusic.io/song/5026-half-mystery
License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/