
“Será que realmente queremos subsidiar as hipotecas dos perdedores? Isso aqui é a América! Quantos de vocês querem pagar a hipoteca do seu vizinho que tem um banheiro extra e não consegue pagar suas contas?”
Assim se expressou Rick Santelli, repórter da emissora CNBC e ativista do movimento Tea Party, dos EUA. Ele estava reagindo a um plano do governo para ajudar às pessoas que perderam suas casas na Grande Recessão de 2008.
Esta Crise abalou o mundo. Milhões de pessoas perderam suas economias. Milhões ficaram sem o que chamavam de lar. Inúmeras empresas quebraram e ficaram com dívidas. Desemprego em massa. Muitos países passaram por uma situação crítica na balança de pagamentos, ao mesmo tempo que seus Estados precisaram socorrer o sistema financeiro para evitar um colapso. Uma onda de choque especulativa sobre os alimentos lhes inflacionou e impulsionou guerras civis. Trilhões e trilhões para salvar bancos, firmas, a economia mundial. Grande parte foi embolsada por milionários e bilionários que tiveram a ver com os processos da crise.
A rainha Elizabeth II indagou à comunidade dos economistas sobre o que levou à mega-crise. Desconcertados, um conjunto de analistas lhe enviou uma carta, contendo termos como "uma falha da imaginação coletiva de muita gente brilhante", que não conseguiu "compreender os riscos do sistema em sua totalidade"; "psicologia da negação" no mundo das finanças e políticos alinhados levando a "uma ilusão combinada com orgulho desmesurado"; no final, a culpa foi dos "magos financeiros".
Mas a Grande Recessão não foi algo fortuito, casual. Suas causas estavam amparadas em uma Geoideologia. Que depois, acuada, recrudesceu para o tudo ou nada.
Imagem: protesto do Tea Party.
Trilha de fundo: Half Mystery by Kevin MacLeod.
Link: https://incompetech.filmmusic.io/song/5026-half-mystery
License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/