
Ela nasceu em Campinas. Aos 17 anos, já levantava a voz nos corredores da Unicamp — onde começou sua militância no movimento estudantil, defendendo o direito de estudar, de existir, de sonhar.Socióloga, doutoranda em Ciência Política, feminista e ativista pelos direitos humanos, Mariana Conti fez da política um espaço de coragem. Em 2016, foi eleita vereadora — a única mulher daquela legislatura. Em 2020, se tornou a mais votada de toda a cidade. E fez história: foi a primeira mulher a presidir uma sessão de posse na Câmara Municipal de Campinas.Em 2024, eleita, novamente a mais votada. Mas o compromisso de Mariana ultrapassou fronteiras.Em 2025, ela integrou uma missão humanitária internacional à Faixa de Gaza, junto a ativistas de mais de 40 países. A iniciativa, de caráter civil e não violento, buscava levar alimentos e medicamentos à população palestina. A embarcação foi interceptada em águas internacionais por forças israelenses. Mariana foi detida, interrogada, privada de sono. Em setembro, uma comissão da ONU classificou as ações israelenses em Gaza como genocídio. A Corte Internacional de Justiça também determinou que Israel permita a entrada de auxílio no enclave, onde mais de 60 mil pessoas morreram desde 2023.Mariana, que pediu licença não remunerada e custeou todos os gastos da viagem, de volta ao Brasil, enfrenta um pedido de cassação de mandato. A análise do pedido de abertura da Comissão Processante está marcada para o dia 29 de outubro, às 18h, na Câmara Municipal de Campinas.Apoio a Mariana: https://marianacontipsol.com.br/estou-com-mariana/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAadVc49fzkd-6eQq5xQ4o-3UsZfhdqN7FEBIhYSDqbnWrwwKTt_oYusLSkP28g_aem_N1GPvam7OQUToEDSb0B1tw#assinar