Por que será que ver desenho animado é tão bom?
Hoje o tema é Reconhecimento x Descrédito. O que vem à sua mente quando alguém fala em reconhecimento? Eu aposto que você pensou no mundo do trabalho. Isso! Você não está errado. Mas esse reconhecimento é apenas um modelo já replicado dos primeiros momentos, das primeiras experiências de reconhecimento (ou descrédito) que você teve ao longo da sua infância. É pessoal, o buraco é bem mais embaixo. Bora!
É gente....a brincadeira da minha infância virou realidade! Venderam pra gente que “A união faz a força” era bullshit/bobagem/besteira, a gente comprou, e já tá vivendo e sofrendo as duras consequências dessa compra.
O que lideranças femininas tem a ver com saúde mental afinal? TUDO.
Essa é a reflexão que eu proponho hoje. Precisamos de representatividade? Sim! Mulheres na liderança? É claro!
Mas acredito que, mais do que NUNCA, é importante que tenhamos Lideranças FEMININAS. Que o FEMININO seja levado, e bem estabelecido, à liderança das organizações.
Essa é minha mensagem de Ano Novo para você!
Avaliar individualmente um trabalhador não ajuda a resolver os problemas de uma empresa.
Avaliar individualmente uma pessoa não traz mais rentabilidade pra empresa. E ao contrário disso, pode ajudar a piorar as coisas.
Criar um ambiente onde haja cooperação, sinergias e possibilidade de discussão dos pontos contraditórios, de sofrimento ou até de sucesso, é necessário. Um ambiente de confiança mútua, de lealdade, onde ninguém tem medo de falar.
Christophe Dejours, com a Psicodinâmica do Trabalho, mostra isso cientificamente, e na prática.
Pelas palavras de Christophe Dejours: “É por causa da nossa vulnerabilidade que, às vezes, somos capazes de desempenhos profissionais extraordinários. A falha psicológica e a vulnerabilidade não podem, então, ser consideradas apenas como um obstáculo ao trabalho. São elas também que conferem à inteligência sua característica”.
Por isso, a Psicodinâmica do Trabalho se interessa tanto pelas nossas vulnerabilidades!
Todos os seus gestos no trabalho – gestos esses que, invariavelmente, tem origem na sua infância ou em raízes socioculturais – engajam o seu corpo. Muito embora, os seus gestos no trabalho possam funcionar, ou devessem funcionar, como uma fonte de estabilização entre mente e corpo, quando você sofre um assédio moral, sendo criticado, humilhado, culpabilizado repetidamente, o tempo todo, os efeitos traumáticos para sua psique, o impasse entre seu trabalho, o seu corpo ali engajado e uma possível elaboração mental se torna insolúvel. E se você não pode pedir demissão, seja por motivos financeiros, sociais, ou qualquer outro, sua possibilidade de fuga é obstruída, e então acontece o colapso depressivo.
Tudo o que eu falei até aqui leva em conta uma idéia básica: não basta você sentir na pele, o burnout, a depressão, a ansiedade para que você conheça e reconheça um sofrimento no trabalho, e então consiga se proteger.
É preciso que você entenda, conheça seja apresentado aos mecanismos psíquicos, aos meios pelos quais você sente a sua relação com o trabalho, as suas relações no trabalho. A sua sensibilidade não depende só de sentir. A sensibilidade é apurada quando você passa a conhecer conceitualmente como as coisas funcionam. Então é assim, eu apresentei aqui, na primeira metade dessa temporada, alguns conceitos da psicodinâmica do trabalho, com o objetivo de contribuir com a sua sensibilidade para perceber o que acontece a sua volta, todos os dias, o tempo todo em que você está no trabalho, ou até mesmo quando volta pra casa.
Do ponto de vista da saúde mental, os resultados da abertura de um espaço de discussão sobre a Organização do Trabalho – do ponto de vista físico, mas ainda mais importante, do ponto de vista cultural - os resultados da abertura de um espaço para esse tipo de troca, são visíveis, e incontestáveis. As pessoas, o grupo, você fica particularmente feliz em participar do trabalho, participar da elaboração da Organização do Trabalho, uma vez feliz, você quer estar presente, e estando presente e feliz, o grupo produz melhor, você produz melhor.
E se eu te disser que o reconhecimento do seu colega de trabalho é mais importante para você do que o reconhecimento do seu gestor, do ponto de vista subjetivo e para que você tenha prazer no trabalho?
Surpreso? Então vem comigo, e vamos juntos nessa!!!
Sabe o cafezinho que você toma com o seu colega de trabalho, entre uma reunião e outra, ou logo depois do almoço... exatamente... a discussão sobre a organização do trabalho tem um papel fundamental na sua saúde mental. Trocar truques, bisus, dificuldades que você encontrou no seu dia a dia, com pessoas que desempenham o mesmo trabalho que você, no mesmo ambiente é essencial para sua saúde mental.
Se você ouviu os dois primeiros episódios dessa temporada, você já deve ter se ligado que seu trabalho se apropria da sua subjetividade, seu trabalho bebe na fonte de quem você é – não apenas do que você sabe, da sua técnica. – Lembra a inteligência precisa ser mobilizada para virar zelo. E para ter mobilização tem que ter vontade, desejo, e isso vamos combinar não tem nada de técnica.
Mas a novidade que eu tenho pra você hoje é: essa via é de mão dupla! Seu trabalho se apropria da sua subjetividade, mas sua subjetividade também se apropria do seu trabalho.
Vamos Juntos Nessa!
Em qualquer atividade, seja ela qual for, sempre tem uma lacuna entre a Organização Prescrita do Trabalho e a Organização Efetiva do Trabalho. Diretrizes, objetivos, ordens, instruções, metas constituem a Organização Prescrita do Trabalho.
Mas fato é que ninguém respeita a organização do trabalho prescrita, na sua totalidade.
Quer saber o resultado disso?
Qual é o seu trabalho? Ao falar sobre saúde mental e trabalho, o primeiro pensamento que vem à mente é Adoecimento Psíquico. Mas por que? Será que a nossa relação com o trabalho ainda é vista e estudada sob esse prisma?
Esse é um episódio especial. Especial, porque é entre temporadas (a próxima temporada está prevista para junho), e especial também, porque partiu de um pedido especial. Um querido amigo que pediu que eu falasse um pouquinho sobre uma questão que é mais presente no nosso dia a dia do que eu gostaria, mas que não teve início hoje, e infelizmente parece ter método. Burnout ou Esgotamento Emocional.
Vamos Juntos Nessa!
Na semana passada, eu comentei aqui sobre alguns dos importantes desafios encontrados, quando você busca melhorar sua Autopercepção.
Um deles é, no processo de introspecção, você ficar totalmente fechado se perguntando o “porquê” das coisas. Os exemplos que eu dei foram bem cotidianos: Por que eu gosto mais da fulana do que da beltrana? Por que eu não tenho paciência com o meu filho? Por que eu reagi assim? Por que minha gestora me tira do sério?
Mas se o “porquê” é um desafio, pode não ajudar tanto, ou até mesmo atrapalhar, o que pode te ajudar? Exatamente “o que” pode te ajudar.
Nas duas últimas semanas eu registrei aqui algumas sugestões para te ajudar a melhorar sua Autopercepção. Mas como eu falei na semana passada, eu sei que esse caminho geralmente não é fácil, principalmente porque você tende a se defender do que não é agradável para você mesmo. Diga-se de passagem, bem natural!
Se você Escuta Atentamente esse podcast já deve ter ouvido o binômio: Autopercepção e Escuta Atenta. Escutar Atentamente está de mãozinhas dadas com Autopercepção. Mas o contrário também é verdadeiro. Vou te mostrar de que eu estou falando.
Vamos juntos nessa!
Para a psicanálise, por exemplo, o sujeito, a pessoa, se constitui nas suas relações.
E assim como a psicanálise, outros domínios que estudam a nossa psique também falam sobre a importância dos outros e das nossas relações para a nossa construção enquanto indivíduos.
Então ao falar sobre melhorar sua Autopercepção, eu não podia deixar de te convidar a refletir sobre como as pessoas que te cercam, as pessoas com quem você toma café todos os dias, a sua família, te veem, te escutam, e é claro, como você as escuta.
Ao longo dessa segunda temporada eu venho percorrendo um caminho com você, um caminho que levará a uma melhor Autopercepção, por meio de uma Escuta Atenta.
Até aqui eu apresentei especialistas que estudam e apresentaram resultados contundentes sobre os benefícios de desenvolver uma melhor Autopercepção. Então hoje é hora de começar a colocar a mão na massa!
Como Se Autoperceber melhor ?