
Deus ama você de uma maneira pessoal e incondicional. Deus criou o homem, por amor, à sua imagem e semelhança. Chamando-o à existência por amor, chamou-o ao mesmo tempo ao amor.
Infunde Deus no homem o espírito de vida e o destina à felicidade.
O homem pode gozar de toda a criação, dominar tudo o que existe sobre a terra e é convidado a manter uma relação pessoal com o Criador. Deus é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem e conservando-a continuamente no ser, Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão. O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano.Como consequência da comunhão íntima com Deus, tudo é: harmonia – equilíbrio – felicidade.
Deus é infinitamente bom com todos os homens:
+ com o gago Moisés ou com o pequeno Zaqueu;
+ com o pobre Amós ou com o instruído Nicodemos;
+ com a singela Maria de Nazaré ou com o desobediente Jonas;
+ com o ladrão condenado à morte, renegado pela sociedade, para qual não havia outro remédio senão a morte.
Vejam os pássaros do céu. Eles não semeiam nem ceifam e Deus lhes dá a cada dia seu alimento. Nós valemos para Deus muito mais que as aves e todos os animais juntos. Vejam os lírios dos campos, eles não tecem nem fiam, e Deus os veste com beleza inigualável; quanto mais a nós que somos seus filhos, mesmo que sejamos pecadores. Mais ainda, ama-nos de maneira especial. O pior de todos os pecadores é o mais amado por Deus, pois onde abunda o pecado superabundo seu amor misericordioso. O mais pecador é quem pode experimentar mais perdão, gozo e esperança, porque é o mais necessitado. Se alguém perdoasse dois devedores: um devendo uma quantia pequena e o outro devendo uma quantia imensa. Poderíamos perguntar: a quem foi dado o maior perdão? Responderíamos: a quem devia mais. Assim é, quem muito necessita mais experimentará o amor misericordioso de Deus.
Deus o ama e a única coisa que lhe pede é que: creia em seu amor; creia nele; confie em seu plano, mais do que no seu. A primeira coisa que Deus nos pede não é que o amemos, e sim que nos deixemos amar por ele. Ele só quer que você experimente o seu amor por você. Não se trata de chegarmos a ele, é ele que quer chegar até nós. Não se trata de o alcançarmos, e sim, deixarmo-nos alcançar por ele.
Antes de começarmos a buscá-lo, ele já andava nos buscando. Ele tomou a iniciativa e veio ao nosso encontro.
O amor não consiste em que nós amemos a Deus, senão em que ele nos amou primeiro. Não fomos nós que o elegemos, ele nos elegeu primeiro.
Não somos nós a favorecer Deus com nosso amor, é ele quem nos favorece com seu amor, porque seu amor é eterno.
Nós buscamos a Deus e queremos amá-lo, entretanto, ninguém pode amá-lo sem antes ter experimentado seu amor. Devemos parar, deter-nos e desejarmos ser alcançados por ele, pelo seu amor que é eterno. Deus ama todos os homens, porque somos seus filhos, obra de sua mão. Ama os bons e os maus, católicos e protestantes, ateus e perseguidores da Igreja, sacerdotes, líderes sindicais, prostitutas. Ama-nos a todos porque somos seus filhos. Deus não nos ama pelo que fazemos, mas pelo que somos: seus filhos amados. Deus nos ama não porque somos bons, e sim, porque bom é ele.