
Estará conosco o estudioso Gabriel Garcia (MG), integrante do Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora (MG), a presença, nos debates, de Ricardo Sardinha (MG) e a tradicional moderação de Marcelo Henrique (SC). A temática tem duplo viés, em duas circunstâncias que estão correlacionadas: O Espiritismo é o Consolador Prometido? O Espiritismo é a Terceira Revelação? A Filosofia Espírita, na abordagem de temas das realidades física (material) e espiritual, nas 32 obras de Kardec pretendeu ser uma abordagem universalista, SEM qualquer propósito de SER uma religião, nem tampouco ficar circunscrita a proposta do Cristianismo (considerado como o guarda-chuvas sob o qual estão albergadas inúmeras doutrinas, seitas e religiões ditas cristãs). Neste escopo, cabem alguns questionamentos: 1) Por que Kardec majoritariamente se baseou nos ensinos e palavras atribuídos a Yeshua (Jesus de Nazaré)? 2) Kardec acertou ao "assumir" o substantivo Cristo e o adjetivo Cristão para os textos e as afirmações de teor espírita? 3) Ao escrever "O evangelho segundo o Espiritismo", Kardec não contribuiu para que o Espiritismo se tornasse uma religião, ao contrário do que ele desejava e realizou (entre 1857 e 1869)? 4) Haveria um único Paráclito (Consolador Prometido)? 5) Em que consiste e em que se fundamenta a ideia de um Consolo? 6) A ideia de "Revelação", presente em Moisés e em Jesus, é compatível com a Doutrina dos Espíritos a ponto de ser, essa última, uma "terceira" delas? e, 7) O que dizem os adeptos de outras seitas ou religiões, inclusive os dois terços da Humanidade atual que não são cristãs, sobre esse "protagonismo" do Espiritismo? Questões como essas derivam daqueles que ESTUDAM o Espiritismo, com o mesmo caráter dialógico e dialético que teve Kardec a seu tempo, lembrando, ainda, da premissa de Erasto, de ser "preferível rejeitar dez verdades do que aceitar uma só mentira".