Nossa evolução como espécie – Homo sapiens sapiens – aconteceu em um ambiente hostil, com acesso limitado aos alimentos. Sendo caçadores-coletores, nossa dieta era baseada na ingestão de frutas, grãos e vegetais. Comer carne/proteínas era raro, acontecendo apenas quando havia caça, sendo esta uma atividade perigosa, que poderia custar a vida.
O açúcar era presente apenas na forma de frutose e carboidratos presentes nos grãos e vegetais disponíveis. Com isso, podemos imaginar que o consumo de fibras também era elevado. Neste contexto de restrição calórica, nosso metabolismo evoluiu de maneira a estocar o máximo possível de energia, principalmente na forma de glicogênio e gordura. Podemos afirmar, portanto, que nosso corpo é um exímio acumulador deste macronutriente.
Vamos agora viajar alguns milhões de anos no tempo, chegando aos tempos atuais. Nas prateleiras: uma oferta infinita de calorias, na forma de açúcar, bebidas doces, farinhas brancas. Na rotina: estresse sempre presente, cortisol elevado de forma crônica, sono e ciclo circadiano desregulados. Na alimentação: cada vez menos ingestão de fibras, consumo exagerado de açúcar, gorduras saturadas, fast food. Soma-se a tudo isso um metabolismo que se especializou primorosamente em acumular energia. O resultado? Obesidade crescendo em todo mundo a níveis alarmantes.
Neste contexto, as dietas Low Carb vêm ganhando os holofotes, galgando cada vez mais adeptos que buscam reduzir a ingestão calórica e de açúcares, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de sua alimentação. Mas, as Low Carb são tudo isso mesmo? Servem para qualquer indivíduo? Existem malefícios? Neste episódio eu te conto tudo o que você precisa saber sobre este tipo de dieta que vem ganhado destaque por tentar voltar nossa alimentação às nossas origens ancestrais!
Entre Nutrientes e Neurônios, ciência que se ouve, resultado que se vê!
