
García Márquez usa realismo mágico para revelar absurdos jurídicos reais da história latino-americana, mostrando como o massacre de três mil trabalhadores da banana é imediatamente apagado da memória oficial, demonstrando que poder econômico manipula narrativas legais para proteger interesses privados às custas de vidas humanas. A "solidão" representa isolamento político de povos cujas lutas são sistematicamente excluídas da história oficial, revelando como Estado se alia ao capital estrangeiro usando aparatos jurídicos não para fazer justiça, mas para legitimar injustiças através do esquecimento forçado - uma crítica que ilumina como grandes projetos econômicos no Brasil contemporâneo operam com violência sistemática contra comunidades tradicionais, contando com conivência ou omissão de instituições jurídicas que deveriam proteger direitos fundamentais.