
O Brasil está envelhecendo. As projeções do IBGE mostram que, de 2000 para 2023, a proporção de pessoas com 60 anos duplicou no País — passou de 8,7% para 15,6%. Em números absolutos, o total de idosos subiu de 15,2 milhões para 33 milhões. Em 2070, a estimativa é de que cerca de 37,8% da população do País seja composta por idosos.
E como é que você imagina esse idoso? Hoje, na faixa etária de 60 anos ou mais, se somarmos quem se declara analfabeto aos que sabem decodificar letras e números mas são incapazes de compreender um texto simples (o chamado analfabetismo funcional), chega-se à metade da população com mais de 60 anos sem o direito pleno à leitura e à escrita.
São dados que fazem soar um alarme. Porque, além de consequências psicológicas, estar afastado do conhecimento leva à maior e mais precoce incidência de casos de demência.
Neste episódio, vamos entender o impacto dos hábitos de leitura para a cognição de idosos. Quem nos acompanhará nessa conversa é a professora Carolina Godoy, que atua numa organização que atua no letramento de idosos, a cientista Lilian Hubner, que tem conduzido os mais importantes estudos da área no Brasil.
Os resultados mostram que, mesmo a pessoa sendo bastante idosa e tendo baixa escolaridade, se ela manteve os hábitos de leitura e escrita, tem uma boa habilidade de contar textos, a conectividade da fala dela é excelente. Então, mais importante do que ter estudado muitos anos é ter continuado lendo e escrevendo ativamente.
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