O volume de vendas do varejo registrou pequena alta de 0,2% em relação a julho. O resultado interrompeu uma sequência de quatro meses seguidos de queda, mas não apresentou um alívio ao setor, onde a média móvel trimestral ficou exatamente em 0,0%. Na comparação com agosto do ano passado, as vendas cresceram 0,4%, quinta taxa positiva consecutiva nessa base de comparação. Com isso, o varejo acumula alta de 1,6% no ano e de 2,2% nos últimos 12 meses.
O comércio varejista ampliado, que inclui, além das oito atividades do varejo tradicional, os segmentos de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e, o atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, apresentou um crescimento de 0,9%. Apesar disso, na comparação com agosto de 2024, houve queda de 2,1%, e no acumulado do ano, o resultado segue negativo (-0,4%). No acumulado em 12 meses, o crescimento é de 0,7%.
O desempenho positivo de agosto foi sustentado por cinco das oito atividades pesquisadas pelo IBGE. O maior avanço ocorreu no grupo de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que cresceu 4,9% após dois meses de retração. Também contribuíram positivamente: Tecidos, vestuário e calçados (1,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%); Móveis e eletrodomésticos (0,4%); e, Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). Por outro lado, três setores tiveram retração: Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%); Combustíveis e lubrificantes (-0,6%); e, Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%).
Na comparação com agosto de 2024, seis das oito atividades do varejo apresentaram crescimento. O destaque ficou com Móveis e eletrodomésticos (2,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,1%). O setor de Tecidos, vestuário e calçados registrou alta de 0,7%, revertendo a queda do mês anterior, enquanto Livros, jornais, revistas e papelaria (0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%) completaram o grupo de setores em alta. As quedas vieram de Hiper e supermercados (-0,5%) e de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,7%).
No varejo ampliado, frente a julho desde ano, o destaque positivo foi o segmento de Veículos e motos, partes e peças, que registrou alta de 2,3%, seguido por Material de construção, com leve variação de 0,1%. Já na comparação com agosto de 2024, o quadro é mais desafiador. O setor de Veículos e motos, partes e peças teve queda de 7,7%, sendo o principal responsável pelo recuo de 2,1% no indicador agregado. Também registraram retração Material de construção (-6,1%) e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,9%), este último com 13 meses consecutivos de queda.
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação apresentaram crescimento nas vendas do varejo em agosto, com destaque para Rio Grande do Norte (2,6%), Maranhão (2,5%) e Paraíba (1,9%). No campo negativo, os maiores recuos foram observados no Amapá (-4,3%), Rondônia (-1,5%) e Espírito Santo (-1,2%). No comércio varejista ampliado, 13 estados tiveram altas nas vendas, especialmente Goiás (4,8%), Maranhão (2,3%) e Rio Grande do Norte (2,2%). Entre os resultados negativos, destacaram-se Amapá (-4,8%), Rondônia (-2,9%) e Amazonas (1,3%).
O varejo tem apresentado um desempenho fraco nos últimos meses, fruto de uma desaceleração econômica mais forte, causada por uma Selic bastante elevada, que tem sido confrontada por aumentos de crédito e gastos do governo. A população, mais endividada e com inadimplência recorde, tem diminuído o consumo como consequência.
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