
Algumas mães não deixam os filhos crescerem — e chamam isso de amor.Por trás dessa ternura melancólica, há uma recusa em perder: a mãe autoritária, o pai frouxo e o filho que vira espelho do seu vazio.A partir do livro O Inferno do Dever, analiso como essa estrutura dá origem à neurose obsessiva, se repete na histeria e se esgarça nos quadros limítrofes.Falamos da mãe que culpa, da que se vitimiza, e da que faz do filho seu parceiro simbólico.No fim, três vinhetas clínicas mostram como isso aparece no consultório — e o que o analista pode escutar além da obediência e da culpa.