A xenotransfusão, que envolve a administração de produtos sanguíneos de uma espécie para outra, especialmente de cães para gatos, se mostra uma ferramenta importante na medicina veterinária de emergência. Em situações onde o sangue felino compatível é escasso ou indisponível, como em casos de hemorragias graves ou anemias agudas, essa abordagem pode estabilizar o paciente felino. Além de ser uma opção em cenários de restrições financeiras, ela minimiza o risco de transmissão de doenças felinas específicas, já que cães não são portadores de retrovírus como FeLV e FIV, um benefício significativo para a segurança do paciente.

Embora apresente desafios, como a possibilidade de reações hemolíticas agudas ou tardias, a compreensão aprofundada desses riscos permite que os veterinários gerenciem a transfusão com cautela. A vida útil mais curta dos glóbulos vermelhos caninos nos gatos significa que esta é uma solução temporária, mas que abre uma útil janela de tempo para diagnósticos e tratamentos definitivos.

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