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Didascália
Luís M. Figueiredo Rodrigues
53 episodes
6 days ago
O substantivo “didascália”, no Novo Testamento, significa “ensino”. Entendido quer como ensino ou instrução em geral (cf. Mt 15, 9); quer como ensino conforme à doutrina dos Apóstolos (cf. 1Tm 15, 7). Foi este último caso que mais nos inspirou. Atualmente, “didascália” significa também as anotações que numa peça ou guião, não fazendo parte do diálogo, servem para dar instruções aos atores, encenador, cenógrafo ou outros intervenientes na produção. É este o objetivo deste podcast: sendo fiel ao verdadeiro ensino, ajudar os diversos atores a viver o seu discipulado cristão.
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O substantivo “didascália”, no Novo Testamento, significa “ensino”. Entendido quer como ensino ou instrução em geral (cf. Mt 15, 9); quer como ensino conforme à doutrina dos Apóstolos (cf. 1Tm 15, 7). Foi este último caso que mais nos inspirou. Atualmente, “didascália” significa também as anotações que numa peça ou guião, não fazendo parte do diálogo, servem para dar instruções aos atores, encenador, cenógrafo ou outros intervenientes na produção. É este o objetivo deste podcast: sendo fiel ao verdadeiro ensino, ajudar os diversos atores a viver o seu discipulado cristão.
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Do ecrã ao coração: Educar a escuta no ruído digital
Didascália
38 minutes 58 seconds
4 months ago
Do ecrã ao coração: Educar a escuta no ruído digital

Resumo da conferência (até 3900 caracteres com espaços)

Vivemos submersos num ruído digital que desafia a atenção e a interioridade. Esta conferência, inserida no projeto educativo “A Escola que Queremos” das Irmãs Doroteias, propõe uma pedagogia da escuta como resposta a este desafio contemporâneo. Para isso, articula três pilares fundamentais: a sociedade em rede (Castells), a mediologia (Debray) e o conectivismo (Siemens).

1. A Sociedade em Rede: o contexto da escuta

No paradigma atual do informacionalismo, a informação substitui o carvão como motor da sociedade. Vivemos em redes digitais globais, onde tudo se conecta, mas nem sempre se comunica com profundidade. A atenção dá lugar ao clique; a escuta, ao scroll. Como lembra Castells, estas redes não são neutras — incluem, excluem e hierarquizam. A educação, neste contexto, deve capacitar os alunos para uma escuta crítica, ajudando-os a resistir à lógica da dispersão e a cultivar sentido.

2. A Mediologia de Régis Debray: transmitir no tempo

Debray distingue comunicar (espacial, efémera) de transmitir (temporal, cultural). A escola deve ser um lugar de transmissão: de conteúdos interiorizados, de símbolos encarnados, de heranças vividas. A mediologia destaca a importância dos meios — a escuta é mediada por ambientes, rituais, dispositivos.

Debray propõe dois conceitos-chave:

  • Matéria Organizada (MO): tecnologias, suportes, códigos.

  • Organização Materializada (OM): instituições, professores, comunidades.

A escola deve articular MO e OM para ser eficaz na transmissão. O digital não basta por si: sem projeto pedagógico e corpo docente coeso, não há herança possível. A escolha dos suportes também importa: o livro (grafosfera) estrutura o pensamento; o ecrã (videosfera) fragmenta-o.

A escola é, pois, território e guardiã de símbolos. Organiza sentidos, cria pertença e assegura continuidade cultural — algo que as redes digitais, por si sós, não garantem.

3. O Conectivismo de George Siemens: aprender em rede

Siemens propõe uma aprendizagem distribuída, participativa e situada em redes. O conhecimento já não reside apenas nos livros, mas na interação entre sujeitos, media e comunidades. Aprende-se a saber onde encontrar, como avaliar e com quem dialogar. A autoridade é relacional, não imposta.

Este paradigma sintoniza-se com a proposta das Irmãs Doroteias: formação centrada na pessoa, cidadania ativa e interioridade. Educar na rede, sem se dissolver nela, é hoje condição de transformação significativa.

4. Educar a escuta: do ruído à ressonância

Educar a escuta é formar sujeitos atentos, críticos, sensíveis e contemplativos. Não se trata apenas de atenção, mas de uma escuta integral: racional, sensível, espiritual e política. Em tempos de aceleração e fragmentação (Bauman, Lipovetsky), educar para a escuta é resistir à superficialidade e recentrar-se no essencial.

A escuta educativa assume três movimentos:

  • Educar a pergunta, antes da resposta.

  • Centrar-se na pessoa, mais que nos conteúdos.

  • Narrar a experiência como saber vivido e partilhado.

Neste sentido, a liturgia escolar (tempo, corpo, Mistério) é mediadora privilegiada da escuta:

  • Diacrónica: insere a vida numa história maior.

  • Sapiencial: devolve o ritmo e o sentido.

  • Tradicional: liga passado, presente e horizonte escatológico.

A escuta torna-se, assim, gesto fundante da educação, pois educar com o coração é escutar com profundidade.

Conclusão

A escola é chamada a ser instância de transmissão simbólica e cultural, não apenas de comunicação técnica. Deve usar a mediação digital para formar sujeitos enraizados, atentos, críticos, capazes de escutar e transformar. A Escola que Queremos é uma escola da escuta: espiritual, cultural, relacional. Porque só quem escuta com o coração poderá transformar o mundo com sentido.

Didascália
O substantivo “didascália”, no Novo Testamento, significa “ensino”. Entendido quer como ensino ou instrução em geral (cf. Mt 15, 9); quer como ensino conforme à doutrina dos Apóstolos (cf. 1Tm 15, 7). Foi este último caso que mais nos inspirou. Atualmente, “didascália” significa também as anotações que numa peça ou guião, não fazendo parte do diálogo, servem para dar instruções aos atores, encenador, cenógrafo ou outros intervenientes na produção. É este o objetivo deste podcast: sendo fiel ao verdadeiro ensino, ajudar os diversos atores a viver o seu discipulado cristão.